Turma da Mônica Jovem (2ª Série, Edição Nº 45) – O Mistério do Farol

Um jogo de mistério.

O ANIVERSÁRIO DE CARMEM EM UM IATE. Gostei bastante de “O Mistério do Farol”: um pouquinho de aventura, mistério, terror… não é nenhuma Supersaga do Fim do Mundo nem nada, mas é interessante e um avanço em relação a algumas edições que lemos durante a 2ª Série da “Turma da Mônica Jovem”. A edição começa com Mônica, Cebola, Cascão e Magali em um iate com Carmem (o que não faz sentido é que ela não tenha convidado outros personagens como o Quinzinho ou a Maria Cascuda, já que Magali e Cascão estão lá… pelo menos a ausência da Denise, melhor amiga de Carmem, é explicada com um suposto “medo de barco” da Denise), para uma megafesta de aniversário que promete ser “o evento do ano”, mas que não conta com nenhum convidado além deles… segundo a Denise, eles estão esperando os “convidados mais importantes” chegarem de helicóptero.

Entre eles o “iútuber” “Felipe Beto”.

A turma está no lago de uma represa próximo ao Limoeiro, mas uma névoa muito baixa impede o pouso do helicóptero, por isso os personagens acabam se distraindo com outras coisas… principalmente com um farol que veem por perto e uma ilha misteriosa que eles não sabiam que existia ali – e que, é claro, eles não podem deixar de investigar. Cebola é o único ressabiado, porque leu na internet sobre a ilha ser assombrada (adoro a alfinetada que vai muito além da história presente quando Magali chama a atenção de Cebola dizendo “Cebola! Não pode acreditar em tudo que vê na internet! Tem muita fake news!” e o Cascão comenta “Mentira mudou de nome?”), mas ninguém lhe dá atenção, e eles acabam se empolgando cada vez mais com o lugar… e quanto mais assustador tudo fica, mais eles querem continuar explorando para ver o que descobrem!

Claro que isso tudo também se deve ao fato de o lugar já ter sido, em algum momento do passado, um parque temático – assim, a turminha (menos o Cebola) acredita que eles estão ali prontos para resolver um mistério que ninguém resolveu antes, mas tudo parte de um grande jogo e tudo o mais… eu adoro o cenário! O lance de “parque temático abandonado e assombrado” me interessa demais, e eu realmente não posso julgar a Mônica e os demais por quererem explorar o lugar – eu provavelmente estaria morrendo de medo, mas querendo fazer o mesmo que eles estavam fazendo! A história da edição caminha com Mônica, Magali e Cascão encontrando pistas do antigo parque abandonado, enquanto o Cebola, exasperado, tenta tirar todo mundo dali e levá-los de volta para o iate de Carmem, falando sobre o quanto aquilo é real e perigoso…

Uma das coisas que sempre me encantou na “Turma da Mônica” são as referências com nomes trocados, e essa edição traz alguns bem divertidos, como o próprio “Felipe Beto”, mas destaco, também, a aparição em flashback de “uma equipe que foi chamada para testar o mistério da ilha”, cujos desenhos eram claramente uma referência a “Scooby-Doo” – bem, eu ADORO “Scooby-Doo”, e é impossível não pensar nos personagens no filme de 2002… afinal de contas, no filme, eles também acabam em uma ilha misteriosa e assombrada, com um parque temático assustador, com a única diferença de que ele não foi abandonado. Entre piadas bem colocadas, mistério bem conduzido e um toque macabro, “O Mistério do Farol” é a melhor das últimas edições que li da “Turma da Mônica Jovem”, mostrando que a publicação ainda tem boas histórias a oferecer.

Eventualmente, o resto da turma também percebe que aquilo tudo não é apenas um jogo, mas então eles já estão envolvidos demais com o mistério, com a garotinha Samantha e com um dos fundadores do parque que eles encontram lá para ir embora… a edição tem todo um tom místico quando o Cebola sobe o farol sozinho e acende velas que iniciam uma espécie de ritual, enquanto o fundador do parque conta para Magali, Cascão e Mônica sua versão da história e de como a inauguração do parque nem aconteceu e foi um fiasco, e como eles invocaram fantasmas de verdade para dar um toque “mais real” ao parque. No fim, a turminha consegue libertar os fantasmas que estavam presos naquele lugar, com o Cebola servindo como um mediador entre os fantasmas, que têm uma mensagem da filha do fundador, e Antônio, o cara que está “preso” naquela ilha há tantos anos…

Edição bem interessante!

 

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