Vencer o Desamor – O sequestro de Santi

Os pais de Nestor.

A realidade de Dafne é desesperadora… ela está sem emprego, com dois filhos para criar, perdeu o marido que era um grande parceiro dela e que ela amava profundamente, herdou uma parte da casa dos Falcón, mas a casa está hipotecada e ela está tendo que dividir o teto com Bárbara, uma mulher que a detesta e faz de tudo para transformar sua vida em um inferno, e ela não pode contar com a própria mãe, que foi uma péssima mãe durante toda a sua vida e escolheu fechar os olhos quando ela foi assediada pelo padrasto. Agora, ela ainda tem que lidar com Martha e Eugenio, os pais de Nestor, que também foram péssimos pais a ponto de Nestor não querer saber nada deles, e que aparecem na casa dos Falcón atrás do neto, porque “é a única coisa que restou do filho deles”.

É angustiante.

Toda a sequência do rápido sequestro de Santi, o bebê de Dafne, é uma cena importantíssima para “Vencer o Desamor”, porque parece ajudar a estabelecer uma conexão entre Dafne, Ariadna e Gemma – embora tenha sido Gemma quem, inocentemente, acabou dando a Bárbara a informação dos pais de Nestor, e foi Bárbara quem entrou em contato com eles para contar onde Dafne estava… quando Martha e Eugenio aparecem na casa, Bárbara está radiante e determinada, querendo levá-los para ver os netos, contando que eles vão levar as crianças e Dafne embora da sua casa de uma vez por todas. Tudo o que Bárbara quer é se livrar de Dafne, ela não parece se importar com o que é certo e o que é errado… pelo menos não até perceber do que eles são capazes.

Eugenio distrai Dafne enquanto Martha “entra para ver os netos”, mas eles já tinham avisado que levariam as crianças “por bem ou por mal”, e é exatamente o que eles tentam fazer. Quando Dafne percebe o que está acontecendo, já é quase tarde demais, e a tensão toma conta das cenas em um suspense muito bem construído, e que conta com o envolvimento de todo mundo que mora na casa… Bárbara parece até perceber que cometeu um erro quando vê Martha e Eugenio tentando tirar as crianças de Dafne, mas ela está em choque e não faz nada enquanto o sequestro se desenrola na frente dos seus olhos. Dafne, por sua vez, grita desesperada anunciando o sequestro, enquanto Ariadna tenta defendê-la dizendo que Dafne é a mãe e, portanto, a única que tem direito sobre as crianças.

Adoro que ela aproveita para jogar a informação de que é jornalista.

A única ajuda de Bárbara na trama toda, para tentar remendar um erro que ela mesma cometeu é quando ela também ajuda a empurrar o Eugenio para tirá-lo do caminho enquanto Martha entra em um carro e foge com Santi – e as outras não conseguem impedi-la. Dafne grita e chora, pedindo que alguém pare o carro, Ariadna tira uma foto da placa do carro… a sequência é forte, e brilhantemente conduzida, porque nos deixa vidrados do início ao fim. Certamente, um grande momento de “Vencer o Desamor”. Dafne se volta contra Bárbara, dizendo que roubaram o seu filho por culpa dela (!), e como Eugenio ficou para trás, Ariadna o enfrenta até fazê-lo perceber o erro que estão cometendo, e ele mesmo liga para Martha e manda ela voltar com o neto, no fim das contas…

Ele sabe que não podem fazer isso com o Nestor… eles não podem destruir a família que ele construiu. Martha é mais resistente que Eugenio, e ela não está agindo de acordo com a razão, chegando a chamar o bebê ao seu lado de “Nestor”, como se ela acreditasse que aquele é seu filho e que eles podem começar de novo, e fazer melhor dessa vez. Mas Martha também sabe que está encurralada e a polícia está ali – então, ela devolve o neto. Tudo isso parece INTENSIFICAR o embate já conflituoso que acontece diariamente entre Dafne e Bárbara – e a Dafne tem todos os motivos do mundo para estar furiosa… por isso, eu realmente não a julgo por ela tentar “se vingar” de Bárbara meio que armando um encontro entre ela e Josefina, sua mãe, com quem Don Joaquin traiu Bárbara.

Dafne não pensou em detalhes, mas ela sabia que a presença de Josefina naquela casa irritaria a Bárbara, e permitiu o encontro, que gera uma discussão que quase diverte Dafne, talvez – afinal de contas, ela detesta a Bárbara e tampouco tem uma boa relação com a mãe! Bárbara e Josefina capricham nos gritos e nos insultos, e depois Josefina também se volta contra a própria Dafne, quando percebe que a filha a usou para tentar atingir a Bárbara… quando Josefina tenta vir cheia de cobranças para cima da Dafne, no entanto, Dafne devolve com a mesma intensidade, jogando na sua cara como ela era assediada pelo padrasto e ela nunca fez nada por ela. Josefina realmente não tem nenhum direito de cobrar nada de Dafne… mas é uma pena que Dafne esteja tão sozinha.

Com quem ela pode contar?

 

Para mais postagens de “Vencer o Desamor”, clique aqui.
Para outras produções da franquia “Vencer”, visite nossa página.

 

Comentários