Star Trek: Strange New Worlds 3x02 – Wedding Bell Blues
O desejo de
Spock.
QUE DELÍCIA
DE EPISÓDIO! Também exibido em 17 de julho de 2025, junto à estreia da
temporada, “Wedding Bell Blues” é o
segundo episódio da terceira temporada de “Star
Trek: Strange New Worlds” e, algum tempo depois do confronto da tripulação
da USS Enterprise com os Gorn, as coisas parecem mais calmas pela primeira vez… esse é um episódio propositalmente
mais leve e divertido, que apresenta o salto temporal esperado de uma nova
temporada e novos visuais que, por sinal, me agradaram bastante (Nyota Uhura
estava deslumbrante!). As consequências do confronto com os Gorn ainda podem
ser sentidas na USS Enterprise,mas todos estão se preparando para o Centenário
da Federação, e algumas surpresas nos aguardam no evento.
Gosto de
como alguns elementos são apresentados ainda que não sejam o centro da
narrativa. A iminente partida de Batel ganha destaque em uma conversa com o
Capitão Christopher Pike que nos revela que o
seu tratamento deu certo, por exemplo, e conhecemos o irmão mais novo de
Erica Ortega, Beto, que pode render uma boa história com Uhura… quer dizer,
pode ser apenas um jogo de flerte ou uma maneira de provocar a Ortegas, e eu
não julgaria, mas a dinâmica dos dois é tão maravilhosa que eu não me
importaria de ter um episódio dedicado à consolidação de um romance ali – e “Star Trek: Strange New Worlds” é
conhecida por dar o protagonismo a diferentes personagens a cada episódio,
então talvez possamos esperar por algo assim.
O destaque
dessa vez, no entanto, é de Spock e Christine Chapel… ainda que ela tenha
reiterado no episódio anterior que passaria três meses fora e que não era para
ele fazer “nada que julgasse romântico, como esperar por ela”, Spock faz
exatamente o contrário do recomendado. Não apenas Spock espera por Chapel como
se prepara todo para a sua chegada, com direito a um presente significativo,
aulas de dança com La’An e certa vaidade na maneira como escolhe a sua roupa
(duas camisas exatamente idênticas são sua dúvida, diga-se de passagem) ou olha
a sua aparência em superfícies refletoras. Eu gosto do absurdo que se
estabelece quando Chapel retorna para o Centenário da Federação com um convidado: Dr. Roger Korby, o seu
novo namorado.
A ideia é
que todos percebam um pouco antes de Spock o que está acontecendo, e é como se
ninguém soubesse o que fazer… afinal de contas, Spock não foi nada sutil em
relação aos seus sentimentos e às suas expectativas com o retorno de Christine
à USS Enterprise, e ninguém estava esperando que ela aparecesse com um novo
namorado, sabe? Mas eles estão juntos e parecem apaixonados, com direito a
histórias românticas e tudo, e isso vai se tornando cada vez mais pesado e mais
difícil para o Sr. Spock – é curioso perceber a emoção quase transbordando de
seus olhos enquanto olha para os dois. É com a tristeza dentro dele que, ao
beber algo oferecido por um forasteiro que entrou de penetra no evento, Spock
faz com que toda a realidade ao seu redor mude.
E, a partir
de então, é um espetáculo!
Esse é
justamente o tipo de episódio que eu gosto de assistir, e mais uma vez eu digo
o que já disse tantas vezes comentando “Star
Trek: Strange New Worlds”: eu gosto de como a série consegue dançar por
gêneros e estilos de narrativa de um episódio para o outro… Spock desperta em
uma realidade na qual Chapel desperta ao seu lado e fala sobre o casamento deles que acontecerá naquele dia,
e então temos uma espécie de “recriação” do dia anterior – dessa vez, no
entanto, o evento para o qual todos estão se preparando não é o Centenário da
Federação, e o motivo das aulas de dança de Spock com La’An é a cerimônia
iminente. Mas aquela não é, de verdade, outra realidade… é a mesma realidade de
sempre, que foi propositalmente modificada.
O Dr. Roger
Korby, convertido em padrinho de Christine, parece ser a única pessoa que
entende que algo está errado, mas
nada do que ele faz para tentar sabotar o casamento dá certo – até que o
próprio Spock acabe “despertando” para a realidade e se lembrando de como as
coisas realmente são. Isso acontece não porque o Dr. Korby lhe diz a verdade,
mas porque, ao dizê-la, Spock reage lhe dando um soco e a raiva e a adrenalina
parecem ser o suficiente para devolver as coisas aos eixos. Ainda que ele
quisesse que aquilo fosse verdade e tudo tenha partido, mesmo sem que ele
soubesse, de um desejo dele, Spock não pode viver uma mentira… fazer com que os
demais despertem para a realidade não parece ser a coisa mais fácil do mundo,
no entanto…
E isso rende
cenas divertidamente maravilhosas.
Spock e
Korby descobrem a entidade por trás de toda a confusão, mas precisam seguir o
jogo para que ele não cumpra as ameaças de acabar
com todo mundo ou qualquer coisa assim – e é bonita a maneira encontrada
por Spock para fazer com que Christine Chapel desperte para a realidade no
discurso que são os seus votos… felizmente, eles ganham tempo o suficiente até
uma resolução tão cômica quanto o episódio, quando o pai daquela criança de 8,020 anos vem buscá-lo com
uma bronca e devolve tudo ao normal. A USS Enterprise segue na celebração… não
do casamento de Chapel “com o homem errado”, mas uma celebração deles pelo
Centenário da Federação, e sabe o que eu fiquei pensando ao assistir àquilo? No
quanto eu gosto dessa tripulação.
É por isso
que eu gosto tanto da série!
Curioso pelo
que essa terceira temporada tem a contar!
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