The Sandman 2x01 – Chapter 11: Season of Mists
“Dreams are
constantly shifting… evolving”
Comecei a
segunda temporada de “The Sandman” e
tudo em que eu consigo pensar, nesse momento, é em como eu amo esse universo… “Season of Mists” é o primeiro episódio
da segunda temporada da série, e começa a adaptar o arco das HQs no qual
Morpheus desce novamente ao Inferno, dessa vez para libertar Nada, um antigo
amor, e se depara com a surpresa de um Reino vazio. Gosto muito de como esse
primeiro episódio é uma adaptação direta das páginas do quadrinho e, ainda
assim, tem um gostinho tão notável de “temporada nova”, contando com uma
(re)apresentação dos Perpétuos, conforme o Destino convoca cada um dos seus
irmãos para os seus domínios, porque encontros precisam acontecer para que
eventos sejam colocados em movimento.
Morpheus
está refazendo o seu castelo no Sonhar quando recebe o convite de Destino. Toda
a primeira parte do episódio me colocou de volta no universo de “The Sandman”, e eu estava sorrindo de
orelha a orelha com o que via… eu amo o tom sombrio, eu amo os conceitos em
torno dos Perpétuos, eu amo a peculiaridade da construção das relações, como
cada um fala, como eles interagem entre si. Morte e Sonho são os primeiros a
chegar aos domínios de Destino para o “jantar”, mas eles são logo seguidos por
Desejo, Desespero e, por fim, a mais nova dos Perpétuos: Delirium. O sétimo
Perpétuo, que foi embora há muito tempo e pediu que não o procurassem, é
representado por um quadro coberto e uma cadeira vazia. Sua ausência presente.
Destino
informa os irmãos sobre a visita que recebera das Graças, na forma das Mulheres
Cinzentas, e elas falaram enigmaticamente sobre um rei que abandonará seu reino
e a maior das batalhas que está prestes a começar novamente… algo importante
vai acontecer, algo que causará uma cadeia de eventos e muitas mudanças. Eu
gosto de como o Destino fala isso com uma seriedade e se silencia, porque sua
missão está cumprida: agora, eles estão liberados para beber, comer e conversar. É justamente no ato de conversar que o primeiro evento se
desenrolará, e a conversa aqui rende uma cena excelente, dando-nos a sensação
de que poderíamos passar o episódio todo acompanhando aquele jantar –
conversas, provocações, desafios – e seria incrível!
A construção
dos Perpétuos, em todos os sentidos, é fantástica. Eu gosto do visual
característico de cada um, da maneira como eles impõem a voz, as coisas que são
ditas por cada… é um prazer assistir a algo tão bem construído em cena. E é no
meio das brigas e provocações constantes de Sonho e Desejo que surge o tema
mais importante da noite: Nada. Nada
era a governante do Primeiro Povo, alguém que o Sonho sentenciou ao Inferno há
10 mil anos para toda a eternidade, e cuja decisão agora ele é convidado a
repensar… afinal de contas, Sonho leva muito em consideração a opinião da
Morte, e Desejo pode ter seus defeitos, mas não mentiu ao falar de Nada. Talvez
Morpheus tenha mesmo sido um grande idiota.
A história
de Morpheus e Nada é apresentada em flashbacks
durante um diálogo de Sonho e Morte. Morpheus, como Senhor dos Sonhos, se
encantou por Nada a partir de seus sonhos… diferente da maioria das pessoas,
seus sonhos não eram sobre si mesma, mas sobre a cidade pela qual ela se sentia
responsável – e, em suas horas despertas, Nada trabalhava para fazer de seu
sonho realidade. A determinação e a devoção de Nada ao seu povo e aos seus
deveres fizeram com que Morpheus ficasse cada vez mais encantado, a ponto de
chegar a procurá-la fora de seu Reino, o que talvez ele nunca devesse ter
feito. E ela o buscava em seus sonhos, até o momento em que ele permitiu que ela o encontrasse… e,
ali, os dois confirmaram que se amavam.
Nada sempre
soube, no entanto, que Mortais não podem se apaixonar por Perpétuos, e que
coisas ruins podem acontecer se eles insistirem. Por isso, quando Morpheus pede
que ela se case com ele e reine sobre o Sonhar ao seu lado, ela sabe que não
pode fazer isso. Ela o beija, completamente entregue naquele momento, mas ela desperta com um meteoro tendo destruído
sua cidade e seu povo… se eles insistirem no romance entre uma Mortal e um
Perpétuo, coisas piores vão seguir acontecendo a ambos os reinos, por isso Nada pede que Morpheus a esqueça: ela
encara como seu dever encarar uma eternidade de sofrimento por seu egoísmo que
levou à destruição e morte de sua cidade e de seu povo. E Morpheus não fez
nada…
Talvez ele a
tenha condenado ao Inferno por não aceitar casar-se e viver no Sonhar ao seu
lado.
“Dream is
returning to Hell. It has
begun”
Convencido de
seu erro e sabendo que 10 mil anos são absurdos, Sonho decide resgatar Nada, e
era exatamente o que o Destino queria. Antes de partir, Sonho faz todos os
preparativos possíveis… ele deixa tudo organizado no Sonhar e Lucienne a cargo
de seu Reino, sabendo que o Sonhar vai sobreviver, mesmo que ele não sobreviva,
e envia Caim ao Inferno com uma mensagem para Lucifer avisando de sua ida, com
ou sem autorização… Caim retorna apavorado, falando sobre como não apenas
Lucifer o está esperando, mas todos…
um exército de milhões e milhões de demônios. Ainda assim, Sonho tem uma missão
que não pretende abandonar, aconteça o que acontecer. Gosto particularmente da
cena em que ele se despede de Hob…
Gosto da relação deles.
“The
Dreaming will survive… even if I do not”
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