Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 12) – Despedida

O Bairro do Limoeiro de luto!

CHEGOU O FATÍDICO MOMENTO – e a “Turma da Mônica Jovem” teve coragem mesmo de matar um de seus personagens, na edição mais triste e melancólica que tivemos na publicação até agora. “Despedida” é a conclusão do segundo arco na nova série da “Turma Jovem” e, aqui, eu devo me redimir pelas vezes em que critiquei as histórias curtas na segunda parte de cada edição. Ao longo dessas 6 edições, percebemos a maneira como essas histórias curtas foram bem utilizadas para enriquecer a história que estava sendo contada no arco principal, seja de maneira mais direta, ao aprofundar a história de Ramona com os pais, por exemplo, ou mais simbólica, valorizando o tema da família através de outras histórias, protagonizadas por outros personagens…

A Magali e a avó. A Xabéu e a mãe. O Cascão e o pai. O Cebola e a família.

Agora, percebemos como tudo faz sentido e como tudo foi bem usado.

“Despedida” traz o último capítulo de “Uma Luz Que Se Apaga”, e Magali estava certa quando percebeu que a vida que a Ceifeira ia levar era a de Ramona, durante aquela tempestade… Ramona está perto do magno que adora no Jardim Botânico do Bairro do Limoeiro quando acontece o seu encontro com a Morte, e ela só percebe tarde demais que ela não devia ter saído de casa com aquela tempestade. Em uma conversa bonita e sentimental com a Ceifeira, Ramona não demora a perceber o que está acontecendo, e toda a sua vida passa em frente aos seus olhos – e relembramos momentos de Ramona valorizados no arco, desde a leitura das cartas de tarô na “Festa da Morte”, na primeira edição da história, às histórias dela com o pai e a mãe no Jardim Botânico.

Chorando, Ramona é atingida por um raio e se despede desse mundo antes que Magali e os demais possam chegar até ela… quando chegam, já é tarde demais: eles encontram apenas a Ceifeira, na forma de Ramona, e ela também já está partindo. Afinal de contas, o seu trabalho infeliz está realizado. Sinceramente, eu nunca achei que leria um funeral em “Turma da Mônica Jovem”, e temos o funeral de Ramona em destaque nessa última edição do arco, com momentos bastante emotivos. Exploramos as expressões e reações de vários personagens, e destaco o Antenor, que saiu do hospital e, antes de despertar, viu Romina sendo levada para onde ele não foi, e de onde teve a chance de voltar. Ela vai além, mas fica tempo o suficiente para “se despedir”.

Ou para assistir enquanto os outros se despedem.

Sinto que dificilmente “Uma Luz Que Se Apaga” vai ser um arco isolado dessa nova fase da “Turma da Mônica Jovem”. É uma história potente que deve gerar consequências, e não sei se a história em si chegou ao fim… vários pequenos elementos sugerem uma retomada, seja em breve ou mais tarde. Além do luto eminente pelo qual todo o Bairro do Limoeiro terá que passar, ainda teremos a Viviane, a Bruxa da Lua, inconformada com o fato de que a Morte e a Ceifeira levaram a sua filha, e aquele pequeno mistério em relação à Ceifeira que é introduzido tanto na conversa dela com o Cebolinha, sobre ela “não ter uma aparência própria”, quanto mais tarde, quando Romina se despede dela definitivamente e deixa um último comentário sobre como ela é bonita.

Pensaremos nisso mais tarde.

Encerrada a trama principal desse arco, acompanhamos duas histórias pequenas… a primeira delas é “A Floresta dos Mistérios”, e traz a Magali e o Dudu em uma viagem com a avó para uma formatura que está prestes a acontecer na Ordem dos Cozinheiros. O que era para ser um evento de comemoração, no entanto, acaba virando uma missão de resgate quando a Magali precisa resgatar a Lavínia, que é sequestrada por uma Entidade do Caos. Agora que eu sei que as histórias curtas não precisam ser tão “separadas” das tramas principais, vide a atenção dada a Ramona, Viviane e Acácio Félix nelas, eu fico me perguntando se a Ordem dos Cozinheiros virá à tona como o centro da narrativa de algum arco mais voltado ao sobrenatural na trama principal.

Por fim, temos “Arquivos Xabéu”, e eu vou começar dizendo: EU AMEI. Xabéu retornou para a Terra recentemente, depois de passar dois anos no espaço, como vimos em uma edição recente, e agora ela quer ficar um tempo por aqui, com a família. Por isso, ela é colocada para trabalhar no arquivo morto da BRASA – eu adoro as referências diretas a “Arquivo X”, bem como as possibilidades de narrativa que essa pequena história abre… afinal de contas, enquanto lida com um monte de papeis, Xabéu recebe mensagens que despertam seu interesse e curiosidade e ela vai investigar, se deparando com um acampamento de seres extraterrestres bem habituados ao planeta. Curiosamente, a história termina sem uma resolução, quando eles desaparecem e Xabéu não sabe por quê.

Mas ela quer descobrir.

Eu, particularmente, espero ver uma “sequência” dessa trama aqui, hein? Acho que foi só uma pequena provocação… mas devemos ver mais em algum momento!

 

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