Round 6 3x01 – Chaves e Facas

Temporada final!

Chegamos à última temporada de “Round 6”, e eu vou começar esse texto dizendo o que eu já disse em outras oportunidades: foi o sucesso estrondoso e talvez inesperado da série que lhe garantiu uma segunda temporada, quando ela tinha claramente sido pensada para apenas uma. Diferente do que algumas pessoas pensam, a série não precisava de continuação porque era fechada em si e tinha um propósito, uma história e uma mensagem muito clara. Quantas vezes vimos no cinema sequências que foram encomendadas por causa do sucesso de um primeiro filme? Sempre assisto à série com isso em mente, sabendo que é um “espichamento” da ideia original e que nada vai apagar o impacto e a importância daquela primeira temporada com uma crítica social f*da.

Dito isso, eu também digo: eu gosto muito da segunda temporada. A segunda e a terceira temporadas de “Round 6”, produzidas simultaneamente, contam uma mesma história dividida em duas partes… com “Chaves e Facas”, somos lançados de volta a esse universo depois da “revolta” que aconteceu após o terceiro jogo e que resultou em 35 mortos. Tivemos baixas significativas, um momento ainda mais traumatizante para Seong Gi-hun, e agora o vemos retornar para o dormitório dentro de uma caixa, sem entender por que ele foi mantido vivo… o que eles querem dele, afinal? Por que não o matam de uma vez? E é angustiante ver o 100 batendo palmas e dizendo que, por culpa dele, o prêmio aumento e o time do “O” ganhou de lavada.

É um começo interessante de temporada para Gi-hun/456. Nós nunca o vimos tão em silêncio. É diferente da animação ingênua da primeira temporada, e da determinação confiante da segunda. Aqui, ele parece ou ter desistido ou ter se dado conta de que não tem nada a perder… é uma linha tênue entre “inerte” e “capaz de tudo”. Na manhã seguinte, quando se dá prosseguimento aos jogos e se anuncia o 4º jogo, os 60 sobreviventes que ainda competem são levados para uma arena e, no meio do caminho, se deparam com os corpos ensanguentados daqueles que “se rebelaram” no dia anterior, expostos com um discurso sobre como esse é o destino daqueles que se opõem ao “processo democrático” e à “justiça” do que estão fazendo ali.

Em paralelo, vemos Kang No-eul, a guarda 011, poupando a vida do Jogador 246, Park Gyeong-seok, e eu gosto de como ainda é difícil ler suas intenções… aparentemente ajudando os guardas que estão no esquema de tráfico de órgãos, No-eul é levada até o local onde os órgãos são retirados, e é ali que ela habilmente se volta contra todos, matando um a um em uma cena de tirar o fôlego, deixando apenas um sobrevivente: o homem que ela obrigará a salvar a vida de Gyeong-seok – se Gyeong-seok morrer, ele também morrerá. E quando ele fala sobre a necessidade de uma transfusão de sangue, No-eul o deixa usar o seu… a insistência dela em salvar a vida dele mostra que ela não o vê apenas como “o Jogador 246”, e que significou algo a menina da temporada anterior.

Ela está tentando devolver-lhe o pai.

Também acompanhamos a busca liderada por Hwang Jun-ho pela ilha na qual Gi-hun está, e ele sabe que precisa chegar até o local antes do fim dos jogos… já é o quarto dia de busca e, até o momento, eles não encontraram nada – e no que depender de In-ho, eles não encontrarão. O Capitão Park, responsável pelo barco com o qual Jun-ho está fazendo as suas buscas, trabalha para In-ho e as instruções são claras: não permitir que a ilha seja encontrada até que os jogos terminem. Se alguma coisa der errado, ele pode matar todos. As ações são suspeitas, mas Jun-ho não consegue perceber as atitudes do Capitão Park nem mesmo quando sua atenção é chamada para isso, porque ele o vê como a pessoa que salvou a sua vida, então ele ainda confia nele.

E enquanto a ajuda do lado de fora não vem, os jogos continuam do lado de dentro. Os 60 jogadores são divididos em dois grupos por sorteio para uma brincadeira aprimorada de esconde-esconde. De um lado, o time azul, que recebe uma chave cada um e que terá que se esconder e sobreviver durante 30 minutos; de outro, o time vermelho, que recebe uma faca cada um e que terá que caçar, encontrar e matar o time vermelho. As regras são claras, a matança é uma questão de tempo, e nenhum tipo de protesto, porque ambos os lados parecem achar que o outro tem algum tipo de vantagem, é o suficiente. Toda a reta final do episódio é construída na tensão que antecede o jogo, enquanto algumas pessoas tentam “trocar de equipe” e, por fim, a arena é liberada…

Que os jogos reiniciem!

 

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