Foundation 3x01 – A Song for the End of Everything

“The Mule is here. We’re out of time”

A série baseada na obra de Isaac Asimov chega à terceira temporada, e a reestreia de “Foundation” me fez pensar em como a Apple TV+ tem sido uma boa casa para todos os amantes de ficção científica – além de “Foundation”, penso também em “Matéria Escura”, baseada no livro de Blake Crouch, e em “Murderbot”, baseado na série de Martha Wells, ambas com segunda temporada confirmada, além, é claro, da maravilhosa “Ruptura”. Fico feliz em ver produções do gênero ganhando investimento e conquistando público dessa maneira! “A Song for the End of Everything”, a estreia da nova temporada de “Foundation” que foi lançada no último dia 11 de julho, é um episódio eletrizante que mostra a grandiosidade da série!

“Foundation” tem vários núcleos, várias coisas acontecendo ao mesmo tempo… já se passaram 152 anos desde a Segunda Crise, e a Terceira Crise pode ser o fim de tudo, pode ser o evento a partir do qual todos os cálculos de Hari Seldon se tornam inúteis. Nesse primeiro episódio, a narrativa acontece em diferentes lugares: Kalgan, um planeta tomado pelo Mulo conforme ele segue avançando; no Conselho Galáctico e em Trantor, onde Dawn se prepara para se tornar imperador, mas a Dinastia Cleônica perde força e o Império decai com rapidez; Novo Terminus, onde as pessoas aguardam pela nova abertura do Cofre e a próxima vinda de Seldon; e Haven, onde a Aliança de Comerciantes se prepara para uma guerra civil. E, em algum lugar, Gaal Dornick espera para despertar novamente.

Toda a sequência de abertura do episódio é eletrizante, e nos apresenta à ideia dessa guerra contínua entre o Império e a Fundação. Nos últimos anos, a Fundação avançou e tomou conta de todo o espaço exterior, cujos planetas um dia estiveram sobre o comando do Império, e eles seguem avançando rumo ao centro: Kalgan é um planeta-chave, cujo controle pode determinar a vitória ou a derrota nessa guerra contínua e duradoura. E o Mulo sabe disso… é por isso que ele quer o controle de Kalgan, para que possa consumir tanto o Império quanto a Fundação. Com um poder inigualável e aparentemente implacável, ele consegue entrar na mente das pessoas e fazer com que todo o exército que veio até ele se autoextermine atirando uns nos outros.

É chocante, mas uma sequência de ação impecável!

Com o Mulo assumindo o controle de Kalgan, talvez a prosperidade da Fundação esteja enfim sendo colocada em risco. Conhecemos Novo Terminus, um planeta que avançou e cuja civilização se formou em torno do Cofre, mas diferente do que se podia acreditar, a Fundação já passou de toda aquela fase religiosa. É nesse cenário que conhecemos o Professor Ebling Mis, alguém que conseguiu prever a chegada da Terceira Crise e vai até Hari Seldon em busca de conselhos. O Cofre vai se abrir novamente dentro de três dias, mas Ebling Mis não quer esperar para conversar com Seldon só lá… talvez ele queira, secretamente, mostrar que ele consegue chegar até ele quando bem entende – algo que Hari responde à altura ao “expulsá-lo” do Cofre.

Ebling Mis chega a perguntar a Hari Seldon se os Comerciantes são a Terceira Crise, e isso nos leva até a parte da narrativa que acontece em Haven, na Aliança dos Comerciantes, onde uma guerra civil está prestes a explodir. Afinal de contas, os Comerciantes estão divididos entre aqueles que são considerados traidores e que estão sendo secretamente armados pelo Império, e aqueles que são considerados capachos e buscam provas do envolvimento do Império para entregar para a Fundação. É um clima de tensão constante que nos apresenta a Han Pritcher, alguém de ideais bem definidos e que não segue ordens com as quais não concorda… é assim que ele desafia Indbur e deixa o planeta para fazer o que lhe parece o correto: investigar o Mulo.

Por fim, chegamos ao Império decadente, algo que parecia quase impossível na imponência em que o conhecemos na primeira temporada, mas cuja queda havia sido prevista por Hari Seldon desde sempre. Na ausência de Day e a apenas 10 dias de se tornar o próximo Imperador, Dawn é quem fala em uma reunião no Conselho Galáctico, impondo uma certeza que ele não tem, mas que é necessária… nessa época, cada novo Cleon vive com a dúvida: o Império morrerá em suas mãos ou ele é quem vai salvar isso tudo? O Império está em constante guerra com a Fundação, tentando retomar os planetas cujo controle perdeu, negociando com Comerciantes… e esse é um Dawn que ainda não consigo ler por completo, mas estou curioso.

Enquanto Dawn se prepara para se tornar Day, e o Dusk se prepara para a morte da qual não pode escapar, o atual Day está vivendo “à parte”, em um lugar afastado, quase selvagem, acompanhado de uma amante e de um camelo que é um órfão sem umbigo como todos eles. Segundo Dusk, ele está “brincando de pobre”, e Day dá as boas-vindas à sua “imundície”. Gosto de como a alteração no código dos Cleons possibilita um Day tão diferente daquele implacável que conhecemos na primeira temporada… quiçá mais perigoso, no entanto. E ele é chamado de volta por um recado de Dusk da Lady Demerzel, porque ela tem algo a mostrar: a Terceira Crise mostrada pelo Primeiro Radiante, que vai acontecer em quatro meses e pode ser o fim de tudo

O que eles vão fazer a respeito?

 

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