Olympo 1x05 – A ti no se te puede decir nada
O ataque a Roque.
Preciso
dizer que eu estou adorando os rumos que “Olympo”
está tomando e como ela está crescendo
a cada episódio. “A ti no se te puede
decir nada” já começa de maneira intensa e mostrando que pode, sim, haver
consequências… depois da denúncia inicial de Amaia, dos exames antidoping no C.A.R. Pirineos e de sua
segunda denúncia quando droga é encontrada em sua bolsa, Isabel é encontrada na
França e vai presa, com direito à imprensa em cima dela e o risco iminente de
fechar o C.A.R. Como a Olympo não quer correr esse risco (por motivos que vão
muito além da legalidade), a marca manda Jana para assumir a direção do Centro,
e mudanças estão prestes a acontecer – é uma máfia muito grande, uma
organização que se recusa a perder seu poder.
Amaia está
“brincando” com gente grande.
Fico
revoltado com a maneira como tantas pessoas parecem se voltar contra Amaia… o
risco de fechar o C.A.R. é uma responsabilidade que não lhe cabe: como é culpa
dela, por ter denunciado, mas não das pessoas que estavam usando o Centro para
ministrar doping a atletas de alto
rendimento, para conseguir resultados melhores? Zoe é uma das pioneiras na
perseguição a Amaia, mas ela não é a única… as meninas do time de natação a
excluem, o Cristian tem sido um babaca desde o seu retorno, a mãe a cobra de
maneira nada saudável… infelizmente, eu não vejo como a Amaia conseguiria
seguir adiante com a sua carreira se todos os lados parecem sabotá-la por dizer
a verdade, mas eu espero que, por se tratar de uma série, ela consiga.
São várias
histórias se desenvolvendo paralelamente para construir a grande figura de “Olympo”. Amaia lida com a retaliação e
acaba descobrindo um colar da Olympo nas coisas de Núria, depois de uma festa
detida por policiais, na qual drogas são descobertas. Cristian se torna um
completo babaca em muitos sentidos. E conhecemos mais da história de Renanta –
é bom ouvi-la falar, e ela é a personagem que ajuda Zoe a ser alguém de quem
gostamos mais… Renata conta sobre os níveis de testosterona mais altos do que
os permitidos para uma atleta mulher no atletismo que a levaram a descobrir que
ela é intersexual, e sobre como desde então ela está fazendo um tratamento para
baixar esse nível de testosterona, mas isso
a está matando.
Falemos de
Roque? Ele é O MELHOR PERSONAGEM DA SÉRIE. Eu gosto demais de como sua história
tem um lado pessoal e íntimo que gera um romance gostoso de acompanhar com
Sebas (inclusive, coloca “gostoso” nisso), mas como ele também tem uma faceta
pública que está sendo importantíssima na denúncia da homofobia no meio
esportivo… não sei o que ele conseguirá, se haverá avanço real em algo, mas é importante que se esteja falando sobre isso, ao menos. E se está. A Olympo trouxe uma equipe
para o C.A.R. Pirineos para fazer um documentário que, rapidamente, descobrimos
que não é sobre rúgbi… é muito mais sobre a homofobia denunciada por Roque em
uma tentativa desesperada de limpar a imagem do Centro.
Não acho que
Roque faça exatamente o que a Olympo quer dele… O QUE É ÓTIMO. Charlie tem a
cara-de-pau de mentir em seu depoimento no documentário sobre como o rúgbi é um
esporte sobre respeito, mas eu fiquei com ainda mais raiva da dissimulação do treinador, um homofóbico que finge que
“o que acontece fora do campo não o interessa”. Roque não fica em silêncio
sobre isso… é muito corajoso de sua parte falar sobre como as pessoas ficam com
raiva porque o melhor do time é gay, mas eles estão contra ele – então, um
deles pisa em sua mão propositalmente, a machucando para que ele não possa voltar a jogar. É o que
informam a Roque na enfermaria: sua recuperação deve durar de quatro a cinco
meses, então ele está fora do mundial.
Roque está
fora da competição, graças à homofobia.
Já o romance
com Sebas ganha desenhos interessantes… durante uma festa dos atletas do
C.A.R., Sebas percebe o olhar de Roque enquanto ele está com uma garota, e
quando o Roque sai, ele não demora dois segundos para ir atrás dele… ele pode
até tentar negar que o estava procurando, mas Roque sabe que ele está mentindo.
Infelizmente, a vontade latente de um contato ainda apavora Sebas, e ele deixa
que o medo vença e ele sai sem beijar Roque. Gosto da conversa que Sebas tem
com Zoe, porque ele vê Zoe com garotas e percebe que ela não se importa com o
que as pessoas vão dizer, e Zoe dá conselhos certeiros para ele… sobre como ele
vai se arrepender se ele gostar de alguém de verdade e não fazer nada a
respeito por causa disso.
É complexo,
porque Sebas tem medo… e toda a história de Roque o faz ter ainda mais.
Ainda assim,
depois que Roque é machucado e, consequentemente, está fora do mundial para o
qual ele ajudou a classificar o país, Sebas vai falar com ele para dizer que
sabe quem foi – não é uma grande surpresa ter sido o Charlie. Mas ele não está
ali só para isso… ele quer saber como ele está, e isso leva ao beijo mais quente que “Olympo” nos entregou até aqui, e uma cena intensa e bonita na
sequência, quando eles fazem sexo pela segunda vez. Dessa vez, quando Roque
pega a camisinha e entrega para Sebas, Sebas a devolve e Roque entende com um
sorriso o que Sebas quer. Posso
dizer? O Sebas sendo passivo naquela cena é, provavelmente, a coisa mais linda
que a série nos entregará: a intensidade, a entrega, o prazer no encontro
daqueles corpos, as expressões e os gemidos de Sebas ao ser penetrado…
Uma cena de
tirar o fôlego. Sebas espetacular. ARTE!
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