Schmigadoon! 2x02 – Bustin’ Out

“I’m bustin’ out!”

Isso não poderia estar mais interessante! Recriando, agora, a atmosfera mais sensual, violenta e trágica da próxima grande era dos musicais, predominantemente das décadas de 1960 e 1970, a segunda temporada de “Schmigadoon!” levou Josh e Melissa para Schmicago, uma cidade repleta de referências a musicais como “Chicago” e “Cabaret”, com as quais “Schmigadoon!” consegue brincar com maestria, em um roteiro que mescla a sátira e a homenagem de uma forma surpreendente, e uma trilha sonora impecável. No episódio passado, Josh foi acusado de assassinato após encontrar o corpo de Elsie Vale em um cabaret, e ele e Melissa descobriram que não tinham como fugir de Schmicago – não até eles “encontrarem seu final feliz” ou algo assim.

Mesmo com essa atmosfera mais dark que nos remete aos musicais da época, “Schmigadoon!” brinca com o humor com competência, trazendo um quê do deboche e da provocação da época, com a sua forma única e inteligente de fazer humor que tanto nos conquistou. Se não tem como escapar de Schmicago, Josh e Melissa precisam encontrar uma maneira de tirá-lo da prisão antes que ele vá parar na cadeira elétrica… ele não sabe se pode realmente morrer em Schmicago, mas ele não vai querer testar, certo? E o Narrador parece acreditar que sim. Então, Josh ganha um companheiro de cela inusitado, enquanto Melissa vai atrás de uma advogada e conhece “a jogada padrão” para, talvez, descobrir o verdadeiro assassino de Elsie Vale e salvar a vida do marido.

Gostei muito de ver Josh receber Topher como seu companheiro de cela, porque isso abre possibilidades não exploradas na primeira temporada de “Schmigadoon!”, já que, lá, o personagem de Aaron Tveit interagiu muito mais com Mel. E, falando de Topher, tenho duas coisas a dizer: a) o Aaron Tveit, por quem eu sou apaixonado desde “Next to Normal”, estava absurdamente LINDO; e b) a vibe “Hair” que ele traz para a série é muito bem-vinda! Da mesma época e tendo como similaridade a questão mais trágica e sem final feliz na narrativa, “Hair” é um musical um pouco diferente de “Chicago” e “Cabaret”, e é um musical que eu ADORO. Topher canta “Doorway to Where”, e é sempre um prazer imenso ouvir o Aaron Tveit cantar, então isso já vale o episódio!

Melissa, enquanto isso, vai atrás de uma advogada e chega a Bobby Flanagan – que claramente é uma referência PERFEITA a Billy Flynn, de “Chicago”, e é um máximo como o episódio brinca com os elementos que compõem a personagem: a maneira como ela se apresenta para Melissa; como ela é recebida na cadeia pelos demais presos que já a conhecem (“Help us, Bobby!”), e, é claro, toda a cena da coletiva de imprensa de Josh, que ela quer transformar em um verdadeiro espetáculo, assim como Billy fez com Roxie (em uma das minhas cenas favoritas de “Chicago”, por sinal). E é hilário como Bobby escreveu um discurso a ser lido por Josh durante a coletiva de imprensa, na qual ela quer que ele coloque a culpa pelo assassinato de Elsie Vale no jazz… e ele sai do roteiro.

O que automaticamente o coloca em perigo.

Com uma advogada contratada com muito dinheiro (20 dólares), Melissa segue seu conselho e tenta se infiltrar no cabaret onde Elsie Vale trabalhava: é a melhor forma de descobrir pistas que podem levar até o verdadeiro assassino e, consequentemente, salvar Josh. E, aqui, ganhamos uma das cenas mais surpreendentes desse segundo episódio, porque eu realmente não estava esperando por aquela AUDIÇÃO MARAVILHOSA que é uma referência mais que perfeita a todo o conceito de “A Chorus Line” (eu ri muito quando, durante a audição, as meninas foram convidadas a irem à frente e “contar sua história”), e Melissa surpreendentemente ganha o papel… talvez porque tenha nocauteado as demais concorrentes, talvez porque tenha chamado a atenção do dono do estabelecimento.

De todo modo, Melissa está dentro – e isso nos proporcionará uma série de cenas interessantes, eu acredito, além de ela estar perto de Jenny Banks, que não pode estar mais empolgada com o fato de Melissa ter se juntado à companhia, a ponto de convidá-la para morar com ela, já que Elsie Vale não vai mais usar o quartinho mesmo… e Melissa sabe que essa é uma oportunidade perfeita para tentar descobrir algo, como ela descobre que Elsie Vale era muito “próxima” do assustador Sr. Kratt, e que agora Jenny Banks a “substituiu” como a “favorita”. Destaque para o personagem de Jaime Camil, o Sargento Rivera, que parece suficientemente misterioso, e que compartilha uma cena rápida com Melissa que conta com uma versão instrumental e discreta de “Suddenly”.

Discreto… mas fez meu coração disparar!

Eu amo “Suddenly”.

O episódio termina com uma sequência MARAVILHOSA ao som de “Bustin’ Out”, que é a primeira apresentação oficial de Melissa ao lado de Jenny Banks e da Emcee no Kratt Klub – e elas arrasam! Além de a apresentação delas ser, por si só, um espetáculo, o episódio ainda brinca com o tema da música, que fala sobre “escapar”, com o que está acontecendo com Josh na cadeia, quando os amigos hippies de Topher aparecem no “Ônibus da Felicidade” para tirar o amigo de lá… e Josh tem a opção de ir com ele. Ele até fica meio receoso, mas ele não sabe como as coisas funcionam em Schmicago, e ele sabe que a coletiva de imprensa não foi lá das melhores… então, ele aceita a “carona”, e foi MUITO BOM vê-lo feliz cantando “Doorway to Where” com o grupo de Topher no final.

Temporada está incrível! Ansioso por mais!

 

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