Power Rangers Turbo – Passing the Torch

“We welcome them now into the Power Rangers Family!”

Um importante momento na história de “Power Rangers”. Aqui, no meio da temporada “Turbo”, personagens que estavam conosco desde Mighty Morphin, como Tommy e Adam, deixam a equipe. A não ser por Justin, que segue sendo o Power Ranger Turbo Azul, a equipe é inteiramente reformulada… talvez seja o primeiro passo para as reformulações anuais que sempre marcaram o “Super Sentai”, e que ainda viriam a marcar “Power Rangers” também. Eu gosto, mas fico totalmente dividido… eu gosto das mudanças, eu me empolgo com o novo chegando, mas ao mesmo tempo eu me entristeço em ter que me despedir, e dessa equipe eu sinto mais falta de Adam. Porque dos Rangers originais, eu sempre sentirei falta do Billy, em primeiro lugar, e um pouco da Kimberly. Dos Rangers que ficaram conosco até agora, o Adam, certamente.

Já conhecemos, em episódios passados, Carlos e Ashley, que viriam a substituir Adam e Tanya, respectivamente, e “Passing the Torch, Part I” nos apresenta os substitutos vermelho e rosa: T. J. e Cassie. A primeira parte do episódio foi ar no dia 10 de Setembro de 1997, com a segunda parte exibida no dia seguinte. Aqui, o plano de Divatox, aconselhada por sua mãe, é “remover o líder” para que os Turbo Rangers caiam, e enquanto ela tenta colocar esse plano em prática, nós conhecemos um ônibus a caminho de Angel Grove. Ali, Cassie está cantando, e incomodando um pouco, e T. J. é quem lhe dá um toque para que ela pare… ele está indo para Angel Grove, ela para Stone Grove. Ele quer ser jogador de beisebol, ela quer ser cantora. E os destinos dos dois serão desviados de seu curso original para que possam se unir aos Power Rangers.

Tudo começa em um acampamento dos Power Rangers, com Adam, Tanya e Justin. Tommy e Kat, ainda a caminho, são atacados por piranhatrons, e Tommy é vencido. Do outro lado da história, o Flamite ataca Justin, e Adam e Tanya precisam defendê-lo, e eu fico pensando no quanto eu sempre amei ver o Adam lutando. Nesse episódio de despedida, ele estava todo fofinho, e eu percebi o quanto sentiria falta dele. Enquanto todos os Rangers estão em apuros, T. J. deixa que o ônibus parta sem ele, e fica para trás ao ouvir que “alguém precisa de ajuda”. Cassie, mesmo contra sua vontade, fica para trás por ele. Ali, quando T. J. e Cassie, juntos, veem a batalha perdida por Tommy e Kat, nós temos a primeira luta dos dois. É um episódio muito bom e ágil, repleto de ações simultâneas, e eu gosto muito de ver T. J. e Cassie lutando ao lado de Kat.

“This is crazy! I don’t want to be involved in this!”

A apresentação de Cassie é diferente. Ela não é automaticamente carismática, embora eu goste dela desde o começo. Mas ela não se importa tanto com os outros quando fica cantando no ônibus, por exemplo, e ela não quer mesmo ser parte de nada disso. Ela acaba se envolvendo sem querer. Afinal de contas, ela quer ir embora, mas eles não podem deixar Kat sozinha, agora que viram o que está acontecendo. E eu gosto muito do cenário construído, porque ele deu a sensação de que tudo era muito mais sério do que o normal. Tommy está caído e desacordado, e o carro em que vieram está em chamas. Eles estão sujos, sem poder morfar, e isso deixa tudo muito mais sério e muito mais real. No fim do episódio, para cumprir o plano de Divatox, Tommy é levado pelo monstro da semana, e, dessa vez, ele não vai poder se salvar sozinho.

“Passing the Torch, Part II” começa bem num clima de Season Finale. Adam, Justin e Tanya morfam, e as últimas lutas têm cara de despedida. São mais sérias, como se fossem “a batalha de suas vidas”, e me lembra grandes finalizações de outras temporadas de “Power Rangers”, como o “Força Animal”. Quando os três chegam para ajudar Kat, parece que T. J. e Cassie estão liberados… mas ainda não é o caso. Tommy está preso e os Rangers estão ocupados lutando contra Flamite, novamente. Gosto de como o clima se constrói, de como T. J. confessa a Cassie que sempre quis ser um Power Ranger, e ele tem o espírito para isso. Cassie só quer sair dali, ir a Stone Grove e ser como Tina Turner, o mais depressa possível, mas T. J. não consegue ficar indiferente quando vê o rastro que o monstro deixou, e que pode ajudá-lo a chegar até Tommy.

Enquanto não sabemos o que pode acontecer ali, no deserto, os Power Rangers estão na cidade, evacuando prédios do fogo, e Carlos e Ashley estão presentes, ajudando, E É TÃO BONITO. Dá a sensação de que realmente começou. Uma nova era para os “Power Rangers”. Porque enquanto os dois já se provaram e estão ajudando os Turbo Rangers, Cassie e T. J. estão fazendo o seu “teste”. Cassie não tem coragem de ir embora sem T. J., e acaba ficando para ajudá-lo, e ambos encontram Tommy e o salvam da condenação eterna (?) no último momento. T. J. segura a corda e o Tommy sozinho, e Cassie o ajuda a trazê-lo de volta à segurança… ali, os dois provaram que são dignos do poder dos Power Rangers, embora nada ainda seja comentado. Essa transição não é escolhida pelos Rangers, como Kimberly escolheu Kat, mas presumo que pela própria Dimitria, Alpha e Zordon.

A cerimônia de transferência é bem emotiva. Somos conduzidos para uma caverna onde encontramos “velhos amigos que se juntam à celebração”. Revemos Zordon e o Alpha, além de Dimitria. Todos agradecem aos Rangers por seu trabalho e coragem, mas dizem que “é hora de libertá-los” para descobrir “tudo o que o mundo tem a oferecer”. Por isso, eles precisaram escolher pessoas excepcionais que seriam seus sucessores, e essas pessoas são recebidas de braços abertos na família Power Rangers: T. J. Cassie. Carlos. Ashley. E É UMA CENA LINDA. Eles aparecem no topo daquela pedra, já de uniformes, capacetes nas mãos… cada um dos quatro velhos Rangers faz um pequeno discurso e passa o poder adiante. Justin é conduzido para o topo da pedra, seguindo como o Ranger Azul, e assim se inicia uma nova fase não só em “Turbo”, mas em toda a série “Power Rangers”.

Bem-vindos, novos Rangers!

“Power Rangers… the legacy continues!”

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