Vale o Piloto? – A Lenda do Tesouro Perdido: No Limiar da História 1x01 – Eu sou um Fantasma

Iam Phasma.

No início dos anos 2000, a franquia “A Lenda do Tesouro Perdido” lançou dois filmes protagonizados por Nicolas Cage, que fizeram um sucesso tremendo – afinal de contas, esse gênero de ação e aventura que envolve segredos antigos e caças ao tesouro sempre são interessantes. Agora, a Disney+ lança mais uma produção da franquia, dessa vez no formato de série: “No Limiar da História” conta a história de Jess, uma garota que não sabe muito sobre quem foi o pai ou o que ele fazia da vida, mas que acaba envolvida na busca por um valioso tesouro justamente por causa de um colar que o pai deixara com ela há 21 anos… felizmente, Jess sonha em conseguir a cidadania estadunidense para poder tentar um emprego no FBI, investigando coisas, então ela já está envolvida nesse universo.

A oportunidade bate à sua porta, na verdade, por causa da necessidade de pagar o aluguel. Jess trabalha como recepcionista em um depósito, mas seu chefe reconhece seus dons investigativos e pede que ela descubra a verdadeira identidade de um tal “Iam Phasma”, um inquilino que não paga o aluguel há 6 meses, e como ela quer conseguir uma promoção e, consequentemente, um salário maior, ela aceita a missão – além disso, ela não pode deixar passar um desafio como aquele. Então, Jess começa a observar as coisas que encontra no depósito abandonado e cheio de teias de aranha, e consegue descobrir rapidamente (ok, talvez rápido demais, mas vamos tentar relevar isso) quem é o dono daquele lugar: Peter Sadusky. E ela decide ir falar com ele pessoalmente.

Foi muito interessante trazer Harvey Keitel para reprisar o papel que interpretou em “A Lenda do Tesouro Perdido”, de 2004, e em “A Lenda do Tesouro Perdido: Livro dos Segredos”, de 2007. Se na época Peter Sadusky era um agente do FBI, agora ele é um agente aposentado, e isso gera uma interação bacana com Jess, uma vez que é justamente com isso que ela sonha. Toda a interação dos dois funciona de maneira interessante, e Peter parece verdadeiramente interessado no colar que Jess traz no pescoço, porque aparentemente é algo passado de um protetor do tesouro ao próximo. Jess não sabe do que Peter está falando, tenta negar uma carta que ele tenta entregar para ela, por exemplo, mas Peter é ágil o suficiente para colocá-la na sua bolsa…

O que se mostra extremamente importante, no fim das contas. Na manhã seguinte, Jess descobre que Peter Sadusky morreu (!), e dois impostores se passando por agentes do FBI a interrogam perguntando justamente sobre a carta… que ela tem a sagacidade de responder que ela nunca pegou. Gosto de personagens que sacam detalhes que ninguém mais percebeu, então Jess sabia que eles não eram agentes de verdade e, portanto, que precisava mentir. E, quando a curiosidade toma conta dela e da amiga, ela resolve abrir o envelope que era direcionado a Liam – dentro dele, ao invés de um “mapa do tesouro”, Jess encontra uma foto de Peter com o neto… falhando em perceber a importância da foto, Jess resolve tentar entregá-la para Liam, o neto de Peter.

Mas Liam não tem interesse algum.

Eventualmente, Jess percebe que a foto não é apenas uma foto – mas uma pista, que a leva até uma loja maçônica na qual ela consegue encontrar uma importante e antiga relíquia, que é o que precisa ser impedido de cair nas mãos erradas de qualquer maneira. A sequência é interessante, seguindo o estilo de histórias como o próprio “A Lenda do Tesouro Perdido” ou os livros de Dan Brown protagonizados por Robert Langdon, como “O Código da Vinci”. Acredito que a série ainda vai encontrar seu rumo e seu ritmo, mas teve um primeiro episódio interessante e curioso, com um elenco jovem carismático: o grupo formado por Jess e seus melhores amigos – Tasha, Oren e Ethan – pode ter histórias interessantes para contar, a dinâmica funciona!

Ainda vou decidir se continuo ou não.

 

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