Os Ricos Também Choram – A morte de Don Alberto

“Dios te bendiga, querido amigo. Dios te bendiga, querido hermano. Amén”

O casamento de Mariana e Luis Alberto encerra a primeira parte da trama de “Os Ricos Também Choram” – o que quer dizer que é hora de novos conflitos aparecerem… e bastante sofrimento está à frente. Durante o primeiro mês, Luis Alberto e Mariana saem de lua-de-mel, aproveitam o amor um do outro e, quando retornam, Luis Alberto recebe a proposta de assumir um cargo importante na empresa, agora que conquistou a confiança do pai… e se isso não bastasse para que Luis Alberto ficasse radiante, Mariana ainda tem uma notícia: sua menstruação está atrasada, e isso normalmente não acontece com ela. No entanto, ela não quer se precipitar e contém um pouco a alegria do marido frente à possibilidade de uma gravidez, pelo menos até que ela tenha feito um teste e possa saber com certeza que está grávida… e, como sabemos, ela está!

Ali, as coisas já começam a ficar “estranhas”. Depois da morte do pai, Luis Alberto é tomado novamente pela raiva que sentia de Santiago e que era presente nos primeiros capítulos da novela, e qualquer proximidade de Mariana com ele parece lhe causar ciúmes – inicialmente, são pequenos momentos que passam rapidamente, mas mostram traços de uma toxicidade preocupante que só tende a se agravar, infelizmente… é angustiante, por exemplo, quando, depois de alguns meses, o bebê chuta pela primeira vez, e quem está com Mariana na hora é o Santiago, e não o Luis Alberto, e então ele fica todo enciumado ao ver os dois juntos, perguntando a Santiago “por que ele está tocando a barriga da sua esposa”… sem querer ajudar, Betito não chuta dentro da barriga de Mariana quando Luis Alberto está tentando sentir também.

Mas o ponto de virada na relação de Luis Alberto e Mariana vai mesmo ser a morte de Don Alberto. Com a saúde frágil desde o início da novela, Don Alberto cai em mais uma armação de León, que o direciona a um “tratamento milagroso” que é claramente uma enganação, mas ele sempre é capaz de convencer o Don Alberto, e ele faz toda uma encenação com um suposto médico reconhecido internacionalmente e tudo o mais… Don Alberto deveria, então, ser submetido a uma cirurgia, mas ele é apenas sedado e ninguém faz nada – quando ele desperta, lhe contam que a cirurgia supostamente “foi um sucesso” e que em breve ele poderá voltar a viver normalmente… comendo o que quiser, fazendo exercícios físicos e tudo. Durante os três meses seguintes, acreditando que está bem, Don Alberto volta a “levar uma vida normal” e se sente feliz…

Mas está à beira da morte.

Quando León convence Don Alberto a participar de uma competição de tênis com o Santiago, sabíamos que algo daria muito errado – e é o que acontece. No fim do jogo, o coração de Alberto não aguenta: ele passa mal, desmaia, e enquanto o desespero toma conta de todo mundo que está assistindo, enquanto assimilam os acontecimentos, Don Alberto morre ali mesmo na quadra de tênis, e os médicos não conseguem reanimá-lo. É uma morte rápida e traumatizante para todos os presentes… e Luis Alberto está particularmente furioso e se sentindo culpado com o fato de que a sua última “conversa” com o pai foi uma briga idiota por qualquer motivo sem importância, enquanto com Santiago foi um abraço comemorando porque eles ganharam a partida. Então, toda a raiva que Luis Alberto passou a vida sentindo de Santiago voltam à tona mais fortes do que nunca.

Luis Alberto entra em uma espiral perigosa que envolve raiva, frustração, culpa, ciúme… o clima no funeral de Don Alberto é tenso, cheio de brigas e provocações, Luis Alberto tenta culpar o Santiago pela morte do pai, Mariana também está se sentindo mal, porque sente que “todo mundo que ela ama acaba morrendo”, já que ela perdeu o pai há tantos anos, depois a madrinha, e agora o Don Alberto, que tinha se convertido em uma importante figura paterna para ela nos últimos meses… o funeral, que antecede alguns dos momentos mais tensos, tristes e revoltantes de “Os Ricos Também Choram”, é um momento emocionante, marcado pela presença e pelo breve discurso do Padre Guillermo, que era amigo de Don Alberto desde a infância, e que é o único dos três amigos que ainda está vivo. Foi emocionante ouvi-lo falar no funeral.

 

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