Vale o Piloto? – Star Trek: Strange New Worlds 1x01

 

“Space. The final frontier. These are the voyages of the starship Enterprise. Its five-year mission: to explore strange new worlds. To seek out new life... and new civilizations. To boldly go where no one has gone before”

 

“First contact is just a dream... until one day it isn't”

QUE ESTREIA SENSACIONAL! Eu sou apaixonado por “Star Trek”, e sempre fui… lembro-me de ser muito novo enquanto assistia aos episódios de “The Original Series”, e tudo sempre me fascinou nessa obra. Eu estava esperando ansiosamente pela estreia de “Star Trek: Strange New Worlds”, para poder retornar para a Enterprise, poder vê-la tendo Chris Pike como Capitão, o Spock trabalhando ao lado dele, ver versões de personagens que eu adoro, como a Uhura… e a estreia é perfeita. Com um visual belíssimo, com personagens carismáticos e com uma energia que grita “Star Trek” o tempo todo, “Strange New Worlds” estreia fazendo o nosso coração trekker bater mais forte de felicidade. Achei divertido, achei instigante, achei emocionante… e mal posso esperar para ver que mais a série vai nos oferecer na missão de cinco anos da USS Enterprise.

Assistir a “Strange New Worlds” me deixou bastante nostálgico e emotivo… eu já estava com um sorrisão no rosto enquanto a Federação tentava convencer Pike a voltar como Capitão da Enterprise em uma missão de resgate à Número Um, Una, depois de ela ter partido em uma missão de primeiro contato e não ter retornado – e então a série corta para a abertura e eu me arrepiei todo, quase chorei. Eu estava curioso pela abertura de “Star Trek: Strange New Worlds”, e de fato eles optaram pelo clássico, pelo óbvio, mas A MELHOR OPÇÃO POSSÍVEL: temos uma recriação da abertura original, e ouvir “Space. The final frontier” é algo que SEMPRE vai me arrepiar, então estou feliz que tenha sido escolhida como abertura da nova série… porque poderei ouvir essas palavras semanalmente e ficar no hype para o que quer que o episódio tem a me apresentar.

E que primeiro episódio bom! É uma missão de resgate da USS Enterprise, para a qual vemos Chris Pike retornar como Capitão, e Spock retornar como oficial de ciência, ao lado de personagens novos como a interessante La’an Noonien-Singh, que assume o cargo de Número Um enquanto Una não está presente. A série é, em parte, um spin-off de “Star Trek: Discovery”, uma vez que já conhecemos essas versões de Pike e de Spock em uma temporada dessa outra série, mas embora tenhamos comentários como o Spock mencionar “a perda da irmã” ou o fato de que o grande conflito desse primeiro episódio está diretamente relacionado a algo que aconteceu em “Discovery”, ainda assim a série consegue ser independente e ter a sua própria identidade, que está muito mais ligada à leveza serial e de exploração que marcou “The Original Series”.

Una está em um planeta depois de uma missão de primeiro contato que não deu certo… a norma da Federação é visitar planetas que desenvolveram um motor de dobra e, então, convidá-los a entrar para a Federação. O problema, que eles entendem logo que chegam ao planeta em questão, é que parece que aquele mundo ainda não está desenvolvido o suficiente para ter um primeiro contato com a Federação – suas tecnologias parecem às da Terra no Século XXI, e eles não desenvolveram, de fato, um motor de dobra, mas uma bomba usando a mesma tecnologia, e eles pretendem usá-la para destruir uns aos outros e resolver uma “guerra civil” que dura anos, talvez séculos. E, agora, a tripulação da USS Enterprise está em um dilema terrível: como descer ao planeta para resgatar Una se a Diretriz 1 (General Order 1) diz que eles não podem interferir em uma civilização que ainda não chegou ao motor de dobra?

Aqui, conhecemos Chapel e a sua função interessantíssima na USS Enterprise, que está relacionada a “disfarçar” (embora ela ficaria furiosa com a minha “simplificação”) as pessoas para interagirem com civilizações sem parecerem que não pertencem àquele lugar… “fantasiados” de nativos do planeta, então, Pike, Spock e La’an descem ao planeta em uma sequência INCRÍVEL, que tem ação, diversão, ficção científica, e funciona muito bem… destaque para os efeitos sobre Spock durante pouco, e o Capitão Pike fazendo algo inesperado quando ele simplesmente dispensa a Diretriz 1 com um chocante: “Screw the General Order 1”. Quando descobre que a tal bomba feita pelo planeta só foi possível graças a interferência de uma nave da Federação, mesmo que involuntariamente, Pike decide que ele vai precisar continuar interferindo…

Ou então toda morte de agora em diante está em suas mãos.

“Star Trek: Strange New Worlds” entrega uma conclusão satisfatória e bonita para o episódio, com direito a algo profundo e pessoal que passa toda uma mensagem que, no fim das contas, tem muito a ver com “Star Trek”. Pike e Spock interferem, conversam com a líder do planeta (dá para ver a satisfação de Pike dizendo o clichê “Take me to your leader”), mostram a Enterprise no céu, mas conseguem apelar para a razão, eventualmente, dando às duas facções que se enfrentam há séculos a opção de continuar lutando e se destruindo ou se juntar à Federação… ele faz todo um paralelo interessante com a Terra, conflitos do Século XXI, e nos mostra informações sobre guerras, destruição e a Terceira Guerra Mundial, que acaba com o planeta como o conhecíamos… as cenas são assustadoras o suficiente para que aquele planeta não escolha o mesmo caminho.

Uma excelente primeira missão: intensa e humana, ela se sobressai ao apresentar bem seus personagens, suas motivações, e agora Pike decide continuar sendo o Capitão da USS Enterprise – afinal de contas, como ele poderia deixar isso para trás? A Enterprise é a sua casa. Fico feliz porque a estreia de “Strange New Worlds” conseguiu emular o espírito e o visual da série original, e, ao mesmo tempo, ter a sua própria cara e parecer moderna e atual… as possibilidades são imensas, os mundos que podemos conhecer são incríveis, e as referências que ainda poderemos ter pela frente me fascinam de antemão! Foi emocionante ver Sam Kirk entrar na ponte, apenas por ouvir o nome “Kirk” sendo mencionado na Enterprise… imagine quando for o momento de conhecer o novo James T. Kirk? Mas isso fica apenas para a segunda temporada – temos muito que explorar antes!

 

“Captain's log. Stardate 2259.42. Earth-- the dust and sky-- is my hearth. But Enterprise is my home. We can go forward together, knowing that whatever shadows we bring with us, they make the light all the brighter. I am... a lucky man”

 

Amei cada segundo!

 

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