A Tale of Thousand Stars | 1000 Stars – Episode 1
“Casa é onde nos sentimos felizes”
FINALMENTE
INICIANDO “1000 STARS”. “1000 Stars”, ou “A Tale of Thousand Stars”, foi um dos BLs mais comentados de 2021.
Dirigido por Aof, o mesmo diretor de “Bad
Buddy”, e protagonizado por Earth Pirapat e Mix Sahaphap, “1000 Stars” ganhou o prêmio de melhor
série LGBTQIA+ produzida na Ásia e conquistou o coração de fãs pelo mundo todo.
O primeiro episódio, mesmo com uma hora de duração, é bastante introdutório e
nos entrega bastante de um dos protagonistas, enquanto ansiamos pela interação
de Tian com Phupha nos episódios seguintes, mas percebemos, já de cara, a
proposta interessante da série: estamos falando de segundas chances, e “1000
Stars” tem uma série de mensagens a desenvolver em paralelo ao romance que
certamente ainda vai me deixar suspirando, chorando, torcendo… me emocionando.
O episódio
começa com uma narração bem interessante a respeito da vida, e sobre como Tian
sempre pensou na vida como se ela fosse um videogame: como se, depois de morrermos, tivéssemos uma nova chance de recomeçar e
pronto. Muitas vezes não pensamos na finitude da vida até que estejamos em
uma situação que nos obrigue a olhar para ela, mas, caso vivêssemos como em um
videogame e realmente tivéssemos uma
segunda chance, o que isso mudaria em nós? Tian tem um problema de coração que
carrega há muitos anos, e ele sabe que a
sua hora está chegando… assim, vindo de uma família rica na qual “o
dinheiro compra tudo”, ele vive uma vida desenfreada apostando valores altos em
cassinos, por exemplo, pouco se importando com as coisas ao seu redor. E é na
saída de um cassino que, um dia, ele passa mal e pode não sobreviver.
Em paralelo,
conhecemos brevemente Torfun Chareonpon, uma mulher que era professora
voluntária em uma aldeia pobre na fronteira do país, e que está voltando para
casa quando sofre um acidente… na
tentativa de resgatar uma foto que voa do seu caderno/diário, ela acaba se
distraindo e sendo atropelada – e é ela quem vai dar a Tian a sua segunda chance. A ideia inicial de
“1000 Stars” é a nova vida que alguém
ganha quando recebe um transplante de
coração. Tian está no hospital, sem muitas esperanças de vida, quando o
coração de Torfun aparece para ele, e os dois compartilham um momento quase
místico de conexão bastante interessante porque, enquanto está desacordado
naquele hospital, Tian tem uma experiência extracorpórea não qual conhece
Torfun e um homem que ele não sabe quem é, e então Torfun toca seu peito e
pede: “Cuide dele por mim”.
Se ela está
falando do coração ou do homem, não sabemos…
Possivelmente de ambos.
Gostei
bastante dessa primeira parte do episódio – e é, inclusive, a minha sequência
favorita da estreia da série. Achei toda a parte do transplante bastante
dramática e novelesca, mas é justamente o que eu adoro… sem contar que já
podemos sentir a tensão nesse
primeiro “encontro” de Tian e Phupha, embora não seja, de fato, um encontro.
Temo um pouco como isso será desenvolvido, se Phupha era apaixonado por Torfun,
mas eu confio em Aof e eu acho que se “1000
Stars” ganhou prêmios e reconhecimento foi por uma razão. Bem ansioso para ver como será o romance de
Tian e Phupha e, por enquanto, vibrando com cada pequeno momento, como
quando os dois passam um do lado do outro em um restaurante e, quando as mãos se
encostam sem querer, Tian olha para ele e o reconhece como o homem que viu
quando estava morrendo…
Mas ele não tem tempo de segui-lo. Não ainda.
De qualquer
maneira, a história de Tian agora é olhar para a sua vida, para a futilidade
construída pela sua família, pelo tom asqueroso de quem acredita que o dinheiro
compra tudo – inclusive um doador. Não sabemos bem ao certo as circunstâncias
em que Tian ganhou o coração de Torfun, mas sabemos que ele não era o primeiro da fila de doação, e os pais conseguiram que
ele recebesse o coração fazendo uma generosa doação monetária ao hospital.
Agora, Tian não pode deixar de lado a curiosidade para saber um pouco mais
sobre a pessoa a quem o coração pertencia, e embora ninguém queira lhe contar o
nome da sua doadora, porque “é contra as regras”, ele encontra suas próprias
maneiras de descobrir, ouvindo comentários aqui, observando coisas ali e
entrando no escritório do pai para encontrar os documentos que o viu receber no
hospital.
Agora, Tian
tem um nome: Torfun Chareonpon. Acho que é uma curiosidade natural, e isso vai mudar a vida dele – não de uma maneira
mística do tipo “Tian está se tornando Torfun” (pelo menos espero que não), mas
porque, ao trilhar os passos de Torfun para “conhecê-la”, Tian vai fazer
reflexões que também o transformam de alguma maneira. Ele não tarda em
descobrir onde Torfun morava e, em uma visita à sua casa, ele consegue
descobrir um caderno com “O Conto das Mil
Estrelas” escrito na capa, e ele o leva consigo, esperando que aquilo seja
o suficiente… e é. Dentro do caderno, Tian descobre um crachá que lhe conta
mais sobre Torfun: ela era professora voluntária em Pha Pun Dao, e talvez seja
para esse lugar que ele precisa ir se quiser saber mais sobre a sua vida. E é aí que a “transformação” de Tian começa
a acontecer lentamente.
Gostei
bastante das cenas em que Tian leu o diário de Torfun, entendendo o que ela
estava dizendo, pensando sobre isso e fazendo paralelos com a sua vida
insignificante de antes, cheia de bebidas e jogos. Torfun, em sua estadia em
Pha Pun Dao, aprendera a valorizar pequenos momentos e alegrias que o dinheiro
não pode comprar, e a direção do episódio é extremamente competente em retratar
essas duas realidades distintas, alternando entre uma cena da aldeia enquanto
Torfun ensinava as crianças, falava sobre consertar o chão ou regava a horta na
frente de casa, e uma cena do Tian subindo as escadas da sua casa
exageradamente grande e, de certo modo, vazia.
Aquelas primeiras leituras do diário o incentivam a buscar o mesmo que Torfun
buscou, então ele decide partir a Pha Pun Dao, sem contar nada aos pais, mas se despedindo deles à sua maneira.
Então, vemos
Tian no caminho da aldeia – no mesmo ônibus que Torfun estava voltando para
casa no dia em que morreu: ele está se preparando para ser o novo professor voluntário da aldeia, enfrentar os desafios que
estiverem pela frente, e aprender com eles… e ele vai provar para qualquer um
que duvidar dele que ele dá conta. A
sua chegada à aldeia já é uma cena e tanto, e me deixou EMPOLGADO pelo que está
por vir. O carro que vai buscá-lo acaba estragando no meio do caminho e ele
precisa andar os últimos vários quilômetros a pé, o que o deixa cansado… afinal
de contas, não faz muito tempo desde que ele fez um transplante de coração, e
embora ele tenha se exercitado diariamente desde então, ainda é um esforço.
Tudo bem que ele tem o timing
perfeito para “desmaiar” bem na hora que o Phupha está ali para segurá-lo…
…mas você
pode culpá-lo?
É uma cena
clássica de BL e que sempre me faz suspirar – já senti as primeiras borboletas
no estômago, e fiquei muito feliz pelo episódio não acabar ali e ainda termos
um pouquinho mais de interação entre Tian e Phupha antes do fim do episódio! É
a primeira noite de Tian ali, é evidente que o Phupha não acredita que ele vai ficar por muito tempo, mas, de certa
maneira, também é evidente que o Phupha tem uma pose de durão que não é bem a
personalidade dele – quando o Tian não está olhando, ele sorri satisfeito com a
determinação do rapaz, por exemplo! E o que foi aquela cena do Tian quase
colocando fogo na casa, gritando por ajuda e o Phupha vindo jogar água nele e
se divertindo com isso? A estreia de “1000
Stars” é, sem dúvida, promissora… mas estou ansioso pelo próximo episódio,
onde poderemos ver mais de Tian e Phupha juntos.
Para mais
BLs, clique aqui.
Que incrivel sua visão e sua escrita! To chegando no Ep 6 agora, tenho certeza que você vai gostar. Até aqui, tá tudo coerente. Espero que ate o fim não se perca, mas como você disse, foi uma serie muito reconhecida, então, acredito que venha coisa boa por ai! Continue escrevendo!
ResponderExcluirObrigado, Mariana!!! Eu assisti ao segundo hoje ainda, e também gostei bastante! Pode deixar que continuarei escrevendo e postando :)
ExcluirAmei muito o primeiro episódio de 1000 stars. Uma pegada diferente dos outros BLs que já assisti, realmente mais dramático e novelesco, como você bem disse. Gostei desse tom mais dramático, me deu a impressão de estar assistindo uma novela ou até mesmo um filme. Só de assistir o primeiro episódio, já dá para entender o porquê da série ter sido tão aclamada e premiada. Ela trata com sensibilidade de temas tão profundos, e ainda tem como protagonistas dois atores tão lindos! Suspirei no fim do episódio, com o Tian desmaiando e o Phupha o segurando em seus braços. Me identifiquei com o que você disse sobre ter sentido as primeiras borboletas na barriga nessa cena, pois o mesmo me aconteceu. É engraçado que, por mais que esse tipo de situação seja recorrente em BLs, a gente sempre é afetado por uma cena assim.
ResponderExcluirAmei muito tudo nesse primeiro episódio, e amei também sua review, que sempre descreve com exatidão o que se passa no coração de quem está assistindo. Mesmo que com um certo tempo de atraso, espero partilhar com você mais esse BL.
Amigo, eu estou TÃO FELIZ que você vai assistir "1000 Stars" que eu mal sei dizer!!! Faz sim, um tempinho que eu vi, mas eu vou reviver a série dando uma olhada nas minhas próprias reviews e nos comentários que a gente vai compartilhar, acho que vai ser uma grande obra para a sua listinha de BLs haha <3
ExcluirEpisódio é lindo, né? Phupha e Tian são incríveis! E se você gostou desse tom mais dramático, se prepare, que vai ter bastante drama do início ao fim KKKKK Quero ver suas reações com as interações, provocações e aproximação do casal principal (que, sim, são dois lindos, meu Deus!).
Obrigado pelo comentário!!! 😍
❤❤❤❤
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