[Series Finale] Lost in Space 3x08 – Trust

“Trust, Will Robinson”

Chegamos ao fim da jornada da Família Robinson – ou pelo menos da jornada que podemos acompanhar durante “Lost in Space”. Depois de três temporadas, a série foi finalizada com uma temporada que encerra todas as tramas de modo satisfatório, entregando um último episódio bonito que mostra que uma batalha contra os Robôs não era possível e, talvez, necessária, no fim das contas: Will Robinson estava certo o tempo todo, e a única maneira de “vencer” SAR e os outros Robôs era se conectando com eles, “mudando sua programação”, algo muito menos agressivo do que o termo sugere: tudo o que eles precisam é forjar laços para que os Robôs sejam livres e decidam o que eles querem fazer agora… Alpha Centauri está prestes a ser atacada, e todos estão desesperados em busca de alternativas depois que as turbinas foram sabotadas…

E são os Robinsons que dão uma ideia que pode funcionar: eles vão usar os motores de toda Júpiter para se tornarem “novas turbinas”, novos geradores de energia que podem subir novamente a proteção que foi derrubada depois das ações comandadas por SAR no episódio anterior: e, assim, a proteção em torno de Alpha Centauri é levantada, mas alguns robôs ainda conseguem chegar ao solo… e cada um terá que fazer sua parte agora. Adoro como Will manda Penny partir para a ação e lhe diz que ela não tem tempo de avisar Judy sobre o plano de SAR, porque isso obriga Penny a assumir a liderança de parte da missão, para que ela entenda algo que sempre soubemos e que Vijay tentou avisá-la há pouco tempo: que ela não precisa de ninguém para salvá-la, que ela é sua própria heroína. Chegou, então, o momento de Penny entender isso.

O plano de SAR tem a ver com a destruição completa do planeta, assim como fizeram com os criadores deles no passado, por isso eles precisam impedir SAR de colocar as mãos no motor alienígena, e Penny consegue uma ajuda inusitada nessa missão, fazendo algo muito parecido com o que Will fez lá no início de “Lost in Space”, dando início à história da série: ela ajuda uma Robô a se salvar, e então elas se tornam amigas e, quando ela faz com “Sally” o mesmo que Will fez com o Robô, ela consegue provar que o Robô não é uma “anomalia”, e que humanos e robôs podem, sim, viver em harmonia… assim, Vijay e os demais também salvam uma série de robôs que estão, então, do seu lado, e dispostos a enfrentar SAR e os demais para mantê-los em segurança e impedir que o planeta seja destruído… e, então, a batalha de robôs vs robôs se torna grandiosa.

O grande momento heroico final do episódio traz várias coisas interessantes, como o Robô ajudando a Dra. Smith a não cometer algo de que ela se arrependeria para sempre, conta com a Dra. Smith ajudando pilotando uma nave até outro lugar, e conta com o Robô se sacrificando para salvar a vida de Will, e colocando, literalmente, algo em seu coração que é, de certa maneira, uma parte dele – isso é bastante simbólico e significativo por si só, e ainda se torna a chave para que Will destrua SAR no fim das contas, quando SAR novamente tenta atacá-lo no coração; dessa vez, no entanto, o seu coração é mecânico, protegido pelo sacrifício do Robô, e Will está fazendo justamente o que o Robô pediu que ele fizesse: que confie nele. Assim, a colônia consegue se livrar de SAR, os robôs conseguem conquistar sua independência e o Robô retorna para Will.

É um final utópico e bonito cheio de momentos significativos, uma bela maneira de encerrar “Lost in Space”. Agora, eles só precisam “reconstruir” Alpha Centauri, mas provavelmente eles poderão viver em paz de agora em diante, sem se preocupar com ataques de SAR. O episódio ainda conta com uma espécie de “epílogo”, que é escrito/narrado por Penny, a escritora da família… todos parecem estar bastante bem: a Dra. Smith foi presa depois de escrever a própria confissão, mas acredito que sairá da prisão uma mulher melhor e com uma família a esperando; Maureen e John nunca estiveram em tanta paz; Judy está praticando medicina; Will está saindo em aventuras de exploração com seu eterno melhor amigo, o Robô… é um final bastante bonito que nos deixa com vontade de conhecer um pouquinho mais do universo, mas também é bom nos despedirmos por aqui.

“Lost in Space” fez uma bela caminhada. Gostei bastante!

 

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