Mila no Multiverso 1x02 – Eu odeio esse lugar, mas essa comida é ótima

Instituto Alquímico de São Paulo.

Se o primeiro episódio de “Mila no Multiverso” apresentou a ideia dos infinitos universos paralelos que coexistem e o dispositivo criado por Elis que possibilita saltos de consciência entre diferentes versões suas espalhadas pelo multiverso, “Eu odeio esse lugar, mas essa comida é ótima”, o segundo episódio da série, é o momento de explorar um pouquinho mais do Universo D07P8, para onde a consciência de Mila foi depois de encontrar o dispositivo em um cofre no laboratório de sua mãe. Mais especificamente, estamos no INSTITUTO ALQUÍMICO DE SÃO PAULO, um internato cheio de possibilidades e aulas diferentes, no qual as crianças entram aos 11 anos de idade e do qual só saem (e só voltam a ver os pais) quando completam 18 anos e se tornam alquimistas.

A ideia é interessante… histórias de universos paralelos sempre me fascinaram, como comentei em meu primeiro texto de “Mila no Multiverso”, e parte da magia essa proposta é justamente poder explorar o que é diferente em um universo que não conhecemos – destaco, por exemplo, o comentário de Juliana a respeito de Ludmila e como “não é saudável alguém conviver com os pais depois dos 11 anos”, porque isso é algo tão natural no Universo D07P8. Também exploramos os diferentes tipos de roupas, as pochetes, as experiências que Mila não entende muito bem, aquela aula fascinante de botânica que fala sobre a comunicação das plantas, e a comida, que é bastante prática e, ao que tudo indica (foi até para o título do episódio!), uma delícia.

Por enquanto, acredito que Pierre vai se tornar o meu personagem favorito da série. Gosto de como sua “excentricidade” começou a ser explorada quando Mila percebeu que, de alguma maneira, ele se lembrava de ter esbarrado nela e derrubado seu chá quando ela ainda estava em outro universo… por isso, Mila sabe que ele é o único que pode ajudá-la – afinal de contas, ele é o único que sabe do que ela está falando. Mesmo assim, Pierre não parece muito disposto a ajudar, até porque Mila está chamando atenção e tem uma série de perguntas que Pierre não quer responder, já que ele já tem coisas demais com que se preocupar, devido ao fato de estar simultaneamente em todos os universos, por causa de algo que ele presenciou e fez com que as mentes de todos os Pierres se conectassem.

Agora, ele é um só.

Não sei como alguém poderia sobreviver dessa maneira… afinal de contas, é como se a mente de Pierre estivesse “fragmentada” em infinitas partes, conduzindo diferentes corpos em diferentes universos, vivendo vidas distintas em cada um deles – como ele poderia dar conta?! Não me surpreende que ele não queira mais problemas se associando a Mila. Mas o conceito funciona de forma didática, e Pierre certamente será útil não apenas para fazer com que a audiência entenda algumas coisas, como provavelmente poderá “acessar habilidades” que não são necessariamente daquele Pierre… embora, ao escrever essa parte, eu me dê conta de que me aproximo demais dos conceitos que nos foram apresentados em “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

Chegando recentemente a esse mundo, sem saber ainda o que pode e o que não pode fazer, Mila está tentando “encontrar o seu lugar”, e até que se vira bem, encontrando o caminho para os dormitórios durante a noite e descobrindo sozinha qual é o seu quarto… e, agora, ela está reunindo aliados/amigos. O primeiro deles é Pierre, que acaba resolvendo responder a mais perguntas suas e, quem sabe, ajudá-la, já que ela foi legal com ele quando ele estava tendo uma espécie de crise por causa das infinitas realidades com as quais ele tem que conviver. Depois disso, ele sentiu que precisava ser legal com ela. Além disso, Mila consegue ganhar a confiança de Vinícius, o fazendo falar sobre seu ex-namorado, Felipe, e, eventualmente, da Juliana, que não é sua melhor amiga ali.

Mas Juliana quer algo que Bóris confiscou, então seus interesses coincidem.

Agora, Mila reuniu um grupo no Instituto Alquímico de São Paulo que pretende invadir uma sala nunca antes invadida e recuperar o canivete que Bóris confiscou de Juliana, e o dispositivo e comunicador que confiscou de Mila. Mas os problemas tendem a piorar… afinal de contas, os tais Operadores estão também nesse universo e não só isso: eles estão trabalhando em conluio com a Reitora, que é uma Operadora ela mesma, e eles estão deliberadamente encobrindo o que quer que tenha acontecido com a Elis daquele universo – professora do Instituto, ela supostamente “saiu de licença”, mas Mila encontra o seu escritório com a porta arrombada e as coisas reviradas, o que certamente não é normal… talvez ela tenha que salvar a mãe em mais de um universo.

 

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