Uma convenção sinistra.
“Os Colecionadores” é uma daquelas
raras edições de
“Sandman” que fogem
ao número de páginas padronizado da revista e, ao invés das regulares 24
páginas, temos 38 nas quais Rose Walker e Gilbert estão presos a um hotel no
qual uma
sinistra convenção está
acontecendo, e eles nem imaginam os tipos de riscos que correm… a edição é
bastante macabra, com todo o horror que
“Sandman”
às vezes traz, e eu fiquei angustiado enquanto a lia… embora o Sonho tenha
feito uma participação lindíssima no fim da edição, e tenha restaurado parte da
esperança disso tudo. Nesse arco,
enquanto observa de perto Rose Walker, um vórtice, Sandman também precisa
buscar os arcanos que escaparam do Sonhar durante sua ausência, e lidar com as
coisas que eles estão fazendo –
coisas
que afetam diretamente a vida dos mortais quando estão acordados.
Nesse caso,
o Coríntio.
Rose Walker
continua em busca de seu irmão, Jed, que ela não vê há 7 anos, mas ela acaba
ficando “presa” em um hotel com Gilbert quando liga para a casa dos tios para
avisar da sua chegada e, surpreendentemente, quem atende é a polícia –
e a polícia pede que eles não saiam de onde
estão. Os tios horríveis de Jed foram mortos (!), e não se sabe sobre o
garoto. Enquanto isso, uma série de
pessoas
estranhas começam a chegar no hotel para uma “Convenção dos Cereais”, que é
um trocadilho infame com o fato de
todos
ali serem serial killers. Os convidados atendem pelos nomes mais sinistros
e mais misteriosos, como “Homem dos Doces”, “Colecionador de Lábios”, “Flagelo
da Noite”, “Bicho-Papão”, e todos eles se autodenominam “colecionadores”.
E rapidamente conseguimos entender o que
isso tudo quer dizer.
É doloroso
ler às páginas da convenção, sinceramente. É uma revista de horror explícito, e
percebemos o quanto é
perturbada a
mente daquelas pessoas, que não se sentem vilões, no fim das contas. Eles
conversam sobre o que fazem, fazem mesas-redondas, compartilham experiências,
mortes… e ficamos o tempo todo apavorados, porque não sabemos o que mais pode
estar à frente, e tememos pela vida de Rose Walker. E, como “convidado de
honra”, temos o Coríntio, aquele mesmo que escapou do Sonhar durante a prisão
de Sandman, e que Sonho agora quer encontrar… quando Gilbert o vê no elevador,
ele se dá conta
do que está acontecendo
nesse hotel, então ele deixa Rose Walker sozinha por um tempo, mas lhe
deixa um nome escrito em um papel, um nome que ela pode chamar caso precise de
ajuda, mas só em último caso…
Morfeus.
Felizmente
ele fez isso, na verdade, porque Rose Walker é atacada em uma sequência
desesperadora, e é um alívio ouvi-la chamar por Morfeus, que vem para
interferir na vida dos mortais mais uma vez, porque
não pode permitir que seus arcanos estejam fazendo isso. Foi a fuga
de Coríntio, um pesadelo defeituoso criado por Sonho, há tanto tempo, que
instigou humanos a se tornarem
serial
killers, que os convenceu de que não havia nada de errado com eles, e que
causou todos os horrores sobre os quais lemos ao longo da edição, e foi um
alívio ver Rose ser salva por Morfeus, que, de quebra, ainda captura Coríntio e
desmantela toda aquela convenção de
serial
killers, mandando as pessoas embora, agora conscientes de seus atos, dos
horrores que cometeram, para terem que lidar com suas próprias consciências
e/ou serem tragados pelas trevas.
Gilbert,
enquanto isso, encontra Jed.
Que rumo a
história de Rose Walker vai tomar agora?
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