O Cavaleiro da Luz e da Sombra
Depois de
1.000 anos em Avalon, chegou a hora de Yuri, a Espada da Luz (?), voltar ao
mundo real e tentar se adaptar a tudo o que mudou desde então… como Touma
Kamiyama perdeu todos que ele chamava de “amigos” (cara, o Touma não merecia
isso!), parece que Yuri será sua nova companhia constante – o que faz com que a
temporada se assemelhe mais a
“Kamen
Rider”, de certo modo, com o Touma acompanhado apenas de Yuri e Mei.
Destaque, também, para o fato de Touma e Yuri não necessariamente concordarem
com tudo, especialmente agora que os Megiddos apresentam uma nova
característica, e cada um tem uma decisão a respeito de como eles devem ser
vencidos… pode ser uma construção bacana ao longo dos próximos episódios, mas
eu não posso deixar de estar decepcionado com a maneira como os “amigos” de
Touma o trataram.
Gosto de
como o episódio não ignora o fato de que
a
amizade parecia tão importante antes, e era amplamente valorizada por Touma
– em algum momento Rintaro e os demais terão que perceber a burrada que estão
fazendo e vir pedir desculpas… mas confesso que também gostei do fato de o
episódio dar uma trégua no embate direto entre Saber e os demais Kamen Riders,
porque não era o que eu queria ver. Em alguns momentos, Touma relembra a
promessa que ele e os amigos fizeram (de que sempre confiariam um no outro e sempre
ajudariam uns aos outros), um pouco dos momentos que eles passaram juntos, e
tudo o que os demais jogaram no lixo por causa de uma intriga, de uma
manipulação da Base do Sul… vemos brevemente a Base do Sul e a maneira como
Rintaro parece começar a questionar a suposta “traição” de Touma, mas ninguém
lhe dá ouvidos.
Em paralelo,
acompanhamos Touma, Mei e Yuri… e o resultado é bem bacana. É sacanagem o que o
Yuri fez com a livraria de Touma em busca de conhecimento, mas a dinâmica do
trio funcionou bem, de uma maneira estranha – Yuri ainda parece diferente,
deslocado, mas ele está lentamente se integrando, como naquela sequência
incrível na qual ele imita as roupas das pessoas no parque para tentar “passar
mais despercebido”. Eventualmente, as diferenças surgem quando um Megiddo ataca
a cidade, porque essa não é uma batalha como todos as outras que Touma
enfrentou até agora como Kamen Rider Saber… ao contrário das outras vezes, não
houve uma parte da cidade sendo “sequestrada”, o que quer dizer que aquele não
pode ser um Megiddo…
ou, o que Touma
acaba não pensando, que os Megiddos já não são mais como costumavam ser.
Esse Megiddo
em particular é Yuki, a editora-chefe de Touma e Mei – uma humana convertida em
Megiddo, algo similar ao que acontecera em outras temporadas de
“Kamen Rider”. Agora, os vilões usam
livros alteráveis os unindo a pessoas que se conectaram com o Mundo das
Maravilhas, exaurindo sua energia vital para fabricar novos livros até que o
humano deixe de existir… Touma sabe que precisa impedir que isso aconteça e
encontrar uma maneira de salvar a pessoa “dentro” do Megiddo, mas como fazê-lo
sem, de fato,
destruir a pessoa?
Touma precisa encontrar uma nova forma de lutar, enquanto Yuri não parece muito
preocupado com as consequências de seus atos… sua missão sempre foi atacar
Megiddos, e ele o faz, independente de ser um humano ou não. Assim, o episódio
mostra bastante de Yuri lutando como o novo Kamen Rider Saikou.
O Kamen
Rider Saikou tem, conforme vimos agora, duas formas… é toda uma proposta diferente
e inusitada, como vimos no fim do episódio anterior. Quando se transforma,
Yuri, na verdade,
se transforma na
própria Espada da Luz, e então ele luta como uma espada senciente, sem
humano que a segure. Nesse episódio, ele apresenta uma nova característica do
Kamen Rider Saikou, que tem uma forma de
sombra
também, e então ele se parece um pouco mais com um Kamen Rider, alguém de fato
empunhando uma espada, embora ele ainda
seja inusitado – afinal de contas, é uma sombra, levemente translúcida e incorpórea.
Estou curioso para ver como Touma e Yuri vão trabalhar em equipe, como os seus
poderes vão se complementar, como as diferentes formas de pensar se unirão,
eventualmente… podemos focar nisso e deixar Rintaro e os demais de lado.
Pelo menos até eles entenderem o que estão
fazendo.
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