Eternal Yesterday – Episode 2

The Walking Dead.

Esse plot é tão inusitado e, consequentemente, eu estou TÃO CURIOSO que eu nem sei! O segundo episódio de “Eternal Yesterday” mantém o tom melancólico da estreia e é quase tão introdutório quanto o primeiro: se aquele episódio nos apresentou Koichi e Micchan e a relação entre os personagens, esse segundo episódio traz as consequências da aparente morte de Koichi, nos colocando de fato dentro da história da série. Enquanto caminhavam para a escola em uma manhã chuvosa, com Koichi sempre à esquerda de Micchan para servir como escudo e protetor, Koichi foi atingido por um caminhão – em um piscar de olhos, tudo estava mudando. Micchan vê o corpo do amigo jogado longe por causa do impacto, em um momento bastante doloroso.

Só que as coisas não são exatamente o que ele pensa… Koichi está morto, sim, mas não “um morto convencional” – na verdade, é quase como se ele não estivesse. Enquanto observa Koichi, chama por ele e se aproxima do corpo, Micchan se surpreende quando ele abre os olhos, como se nada tivesse acontecido… ele diz que se sente bem, pede que Micchan não chame a ambulância, porque “não é necessário”, e embora esteja cheio de hematomas e com alguns ossos fraturados, ele se levanta e começa a “colocar as coisas de volta no lugar” com um sorriso no rosto, como se morrer fosse algo que ele fizesse rotineiramente… e Micchan não consegue nem mesmo ficar radiante, porque não seria mesmo do seu feitio, apenas confuso e tentando entender.

Gosto de como “Eternal Yesterday” baseia seu roteiro em uma possibilidade bizarra que poderia se tornar algo sem-noção facilmente, mas com um tratamento tão peculiar e inteligente que acaba nos envolvendo e nos enchendo de curiosidade… Micchan se aproxima de Koichi, tenta sentir ou ouvir seus batimentos cardíacos e, sem nenhum aparente, ele bate o martelo: Koichi está morto. Como e por que isso aconteceu ainda é algo a ser explorado nos próximos episódios, mas já sabemos que não estamos lidando com um caso de espírito nem nada assim, porque não há mais corpo no lugar do acidente (Koichi saiu andando, afinal de contas), e mais pessoas além de Micchan podem vê-lo normalmente… por isso, Micchan acredito que o melhor é “fingir que nada aconteceu”.

Levá-lo para o hospital poderia gerar uma série de problemas, como transformá-lo em um “rato de laboratório”, e não é isso o que ele quer. Por isso, Micchan conta com a ajuda de dois colegas de classe, embora logo decida que é melhor que toda a sala fique sabendo da verdade – assim, todos poderão ajudar de alguma forma, enquanto eles tentam seguir com a vida normal. Eventualmente, no entanto, Micchan muda de ideia, assim que vê que Koichi não está almoçando como sempre fazia, porque “está sem fome”: coisas mortas tendem a apodrecer com o tempo, e se isso acontecer, não terá como eles continuarem fingindo que nada está acontecendo… além disso, o que isso significaria para Koichi, vivendo em um corpo em processo de decomposição?

Por isso, Micchan resolve levar Koichi até o hospital da família – mas fazendo o mínimo de alarde possível. Ele usa a informação de que uma das médicas está tendo um caso com o pai dele para chantageá-la e convencê-la a examinar Koichi sem contar para ninguém a respeito dele… e é o que ela faz, constatando, na verdade, aquilo que Micchan já sabia desde o momento do acidente: ele está morto, mas age como se não estivesse. Ao menos ela tem uma informação acalentadora: embora não entenda como isso é possível, e parte dela esteja assustada com tudo o que viu, ela diz que o corpo de Koichi parece estar descartando a ideia de tempo… embora algum tempo tenha passado desde o acidente e a morte, o corpo permanece como naquele momento.

Sem sinal de decomposição.

Gostei bastante desse segundo episódio de “Eternal Yesterday”, e toda a proposta se desenhando com mais clareza, embora eu acredite que ainda teremos surpresas nos próximos episódios… também é muito interessante ver a aparente inversão de papéis, já que Koichi sempre foi como um guarda e um escudo para Micchan, e agora é Micchan quem está cuidando dele. Vai ser interessante acompanhar esse romance (os dois saindo do hospital e segurando a mão um do outro na rua, enquanto conversam, por exemplo), mas não sei se é possível que ele tenha um final feliz, no fim das contas… de todo modo, é uma história promissora, cheia de mistério e drama, e tenho a sensação de que será um daqueles BLs impactantes que vai me marcar para sempre.

Espero estar certo!

 

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