Cidade Invisível 2x01 – É Tudo o que eu Mais Desejo

Acordo com Matinta Perê.

Mais de dois anos se passaram desde os acontecimentos do fim da primeira temporada de “Cidade Invisível”. Agora, Luna e Inês estão no Pará, em busca de Eric, e a série ganha um novo e bem-vindo cenário, explorando um pouco da cultura indígena, dos garimpos ilegais e, é claro, das criaturas do folclore brasileiro, que foi o que vendeu “Cidade Invisível” em primeiro lugar – e não demora muito para encontrarmos o Boitatá, que infelizmente é capturado e assassinado por pessoas perversas que não estão nada contentes com o fato de que ele está tentando sabotar o garimpo ilegal e que causa tantos danos… sombrio e instigante, “É Tudo o que eu Mais Desejo” é um ótimo episódio de estreia para essa segunda temporada curtinha de “Cidade Invisível”.

Gosto do tom de mistério que acompanha a trama de “Cidade Invisível” – e de como ainda existe tanta coisa que não conhecemos e que precisaremos explorar durante os episódios seguintes, como toda a ideia do garimpo e de quem está por trás dele. Enquanto isso fica ainda como uma incógnita, acompanhamos a trama protagonizada por Luna, que foi cuidada por Inês (a Cuca!) durante esses dois anos de ausência do pai, e que passou a ter sonhos que ela acredita que são dicas que eventualmente a levarão até o pai… ela até acredita ter encontrado o lugar onde o pai está quando elas chegam a Marangatu, mas trata-se de um lugar sagrado dos indígenas no qual Inês sabe que elas não podem entrar… pelo menos não ainda. Luna, por sua vez, só quer reencontrar o pai.

Assim, Luna faz algo estúpido ao invocar uma entidade nada confiável: Matinta Perê. Parece que ganhamos, aqui, uma das antagonistas dessa temporada de “Cidade Invisível”. Macabra, Matinta Perê parece capaz de realizar qualquer desejo que Luna tenha, mas ela vai querer algo em troca – e Luna aceita o acordo, mesmo sem saber o que terá que dar em troca, porque quer poder ver o pai de volta… e, quando o acordo é selado, Eric desperta sob as águas às quais a Cuca o entregou para que ele fosse cuidado e curado. E, como todos bem sabemos, Marco Pigossi é ABSURDAMENTE LINDO, então é necessário agradecer ao responsável por colocá-lo seminu durante uma parte desse episódio de estreia, que já se mostrou inevitavelmente empolgante.

Foi muito bom acompanhar o despertar de Eric e as suas “aventuras” por Belém do Pará, enquanto tentava entender o que estava acontecendo, onde estava e quanto tempo tinha se passado. Eric é o responsável pela explosão do garimpo ilegal no qual ele acaba indo parar (!), e termina preso no hospital, como se tivesse alguma relação com as atividades, mas ele acaba escapando com a inesperada ajuda de um garoto chamado Bento: um garoto que parece ter informações a respeito de sua filha. Na verdade, a intenção de Bento é puramente egoísta, porque, como lobisomem, ele quer que Eric lhe retire essa maldição, mas a sua ajuda é, movida por egoísmo ou não, essencial para que Eric consiga escapar do hospital e da polícia, então é bem-vinda.

Aparentemente, agora Eric tem o poder de sugar a maldição alheia – como se absorvesse para si as características e maldições de quem toca. Bento é salvo da maldição de ser um lobisomem, mas Eric pode ter assumido esse papel agora… embora a absorção não venha, ainda, com uma transformação, Eric ganhou a audição e o faro aguçados do lobisomem, e é isso que lhe permite farejar as ruas de Belém do Pará e encontrar a filha. Um reencontro emocionante entre pai e filha, com Eric percebendo como Luna cresceu (agora uma adolescente com uma mecha de cabelo verde e um skate embaixo do braço!) e, consequentemente, o quanto ele perdeu, no tempo em que passou desacordado, e que a filha acaba de lhe informar que foram mais de dois anos

Toda a sequência final do episódio é eletrizante. Luna leva Eric para ver Inês, e a Cuca conta a Eric o que fizera depois daquela noite: como ele o entregara, como um filho das águas, às águas para que cuidassem dele, mas sem saber quando ou onde elas o devolveriam. Existem ressalvas de Eric sobre Inês, mas, naquele momento, isso pouco importa, porque eles são surpreendidos por um grito de Luna e o seu consequente desaparecimento… isso porque Matinta Perê avisara que podia conceder a Luna o seu desejo, mas pediria algo em troca e, quando aparece no quarto de Luna para cobrar a promessa, ela pede a própria Luna. Eric tem tempo de ver uma coruja no quarto de Luna quando entra, mas nem um vestígio da filha… a busca por Luna ainda não chegou ao fim.

E, assim, começamos uma nova temporada de “Cidade Invisível”!

 

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