Young Sheldon 6x15 – Teen Angst and a Smart-Boy Walk of Shame

Frustração.

Que episódio interessante! Há muito tempo eu venho comentando a respeito do tipo de narrativa de “Young Sheldon”, que não é realmente uma série de comédia tradicional – e está tudo bem! Apesar de conter momentos divertidos (esse episódio se sobressai com o John Sturgis cantando para animar o Sheldon, por exemplo!), a série é a história da Família Cooper, o que pode, mais do que comédia, gerar momentos muito interessantes repletos de drama, e sinto que “Teen Angst and a Smart-Boy Walk of Shame” é um grande exemplo disso. “Young Sheldon” se tornou uma dramédia familiar, e eu adoro acompanhar esse tipo de história, porque temos uma galeria fascinante de personagens com quem nos importamos, então é impossível ficar indiferente ao drama que Missy está enfrentando, por exemplo.

Sobre Missy, que é, em parte, o destaque do episódio, fico feliz ao perceber que aquela história de “ela ser esquecida na escola” no episódio anterior não foi algo solto naquele episódio, mas a introdução para uma história maior para a personagem, que está se sentindo esquecida. Ser esquecido na escola pelo pai é apenas a ponta do iceberg, mas Missy está sobrecarregada com a história do pai com Brenda, agora com a mãe morando com a Meemaw, e a impressão de que ela foi esquecida a sua vida inteira… as coisas sempre foram sobre o Sheldon, e agora o Georgie teve uma filha, e parece que nunca é a sua vez de estar em destaque, de ter alguém olhando para ela e prestando atenção nela. É profundamente doloroso quando ela externa esses sentimentos para o pai.

E, mesmo assim, ninguém parece dar a devida atenção.

Até porque George está com outras preocupações na cabeça, agora que o seu casamento com Mary parece estar indo por água abaixo. Mary aproveita o nascimento de Constance para passar umas noites na casa da mãe, com a desculpa de que “está ajudando a cuidar do bebê”, mas a verdade é que ela não quer voltar para casa até que ela e George tenham acertado as coisas entre eles… se é que vão acertar. No único momento em que eles conversam, depois de terem que ir juntos buscar a Missy na escola por causa de algo que ela disse a uma professora, algumas coisas vêm à tona, tanto sobre Brenda quanto sobre o Pastor Rob, e ambos percebem que eles não sabem o que fazer a seguir, mas uma coisa é certa: algo se quebrou permanentemente no seu casamento.

Constance, por sua vez, está sendo um grande desafio para Georgie e Mandy, e eu gosto de toda a sinceridade da série ao apresentar, com leveza, um diálogo muito bom entre os dois, quando Connie está cuidando da bisneta e eles se perguntam se conseguirão ser bons pais… Georgie confessa que teve um surto quando chegou ao hospital e quase foi embora, mas agora ele está segurando as pontas porque Mandy não está bem e “eles não podem surtar os dois ao mesmo tempo”, e ele quer estar bem para ela. Georgie está se mostrando um cara incrível! E a angústia e as dúvidas que ele e Mandy compartilham é natural da situação em que se encontram, mas eu tenho certeza de que eles se sairão bem… e, felizmente, eles têm uma rede de apoio muito bonita.

Mesmo com seus problemas.

O único plot um pouco mais leve e divertido do episódio vem de Sheldon – mas, no fim das contas, nem ele mesmo parece tão leve e divertido assim. Como o lançamento do banco de dados não saiu exatamente como o Sheldon estava planejando, agora ele está tentando lidar com o fracasso, algo com o qual ele nunca teve que lidar antes, nessas proporções, e portanto não está preparado. Foi engraçado ver o Sheldon buscando experiências nas quais ele pudesse se frustrar, mas falhando miseravelmente em se frustrar, no fim das contas, porque ele acaba se saindo bem em coisas que jamais acreditou que conseguiria: como arremessar uma bola de futebol com o pai, ou fazer Constance, a sua sobrinha, se acalmar, quando poucas pessoas conseguem isso.

Apesar do tom mais leve dessa parte da história, a verdade é que Sheldon está realmente sofrendo por causa do banco de dados, e não é um exagero nem nada assim, seus sentimentos têm que ser levados em consideração, e o roteiro o faz na conversa do Sheldon com a mãe, na qual ele expressa sua tristeza e sua confusão, e é uma cena bonita, com um abraço merecido. Infelizmente, no entanto, isso faz com que Missy se sinta ainda mais excluída e esquecida, fechando o ciclo desse episódio com Missy fugindo de casa… não acho que ela vai conseguir passar muito tempo longe, no entanto, tendo em vista que ela levou o carro da família, mas eu mal posso esperar para ver a personagem ser colocada novamente em primeiro plano: há uma boa história a contar ali.

Essa série se tornou mesmo uma série incrível!

 

Para mais postagens de Young Sheldon, clique aqui.

 

Comentários