Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 40) – O Mistério do Bumerangue

“Já falei que é só a minha prima. Não é a Laura Craft!”

Confesso que eu estava mais esperançoso por essa edição, mas não devia estar esperando muito dos roteiros dessa segunda fase de “Turma da Mônica Jovem” – repetidas vezes eu já comentei como os roteiros no estilo da primeira fase (“Quatro Dimensões Mágicas”, “Monstros do ID” e “Umbra”, para citar alguns) fazem falta. É uma pena… os ritmos das edições da “Turma da Mônica Jovem” são gostosas de se ler, com desenhos e letras grandes e tudo o mais, mas falta um trabalho no roteiro que por vezes nos desanima a continuar. E essa segunda fase está numa insistência na questão do “intercâmbio” (quer dizer, a última edição foi sobre a Aninha, não foi?) que eu sinceramente não gosto – acho bacana a coisa de conhecer novos lugares e novas culturas, mas eu acho que é distante da realidade de muitas pessoas, e me incomoda um pouco como a “TMJ” trata isso como se fosse a coisa mais normal do mundo… como se todo jovem brasileiro tivesse a chance de fazer um intercâmbio.

Mas de todo modo, vamos à história…

A edição 40 dessa segunda fase começa com o conceito de “Predador Alfa”, e descobrimos que existe um animal no Bairro do Limoeiro que parece estar atormentando a paz dos animais da região… ninguém na turminha o viu ainda, mas o Monicão e o Mingau estão bastante alvoroçados e assustados, e até os passarinhos que costumavam cantar nas ruas e no parque parecem ter desaparecido – enquanto eles pensam brevemente sobre esse “mistério”, ainda sem dar muita atenção a isso, Cebola fala sobre sua prima, Rebeca Parsley, que está para chegar da Austrália para passar um tempo no Brasil… quer dizer, isso é o que ele acredita, porque quando ele resolve verificar a data da chegada da prima, para contar para os amigos, ele descobre que a prima já devia ter chegado HÁ TRÊS SEMANAS. E, ao que tudo indica, ela realmente chegou.

Ninguém sabe dela no entanto.

A proposta da edição, então, é unir essas duas histórias enquanto o perigoso e imenso animal vai dando as caras e Mônica descobre um bumerangue no parque – ao que tudo indica, Rebeca está caçando esse animal desde que chegou, e é por isso que o Cebola ainda não viu e ela passa em casa apenas para dormir ou para comer, sem conversar com ninguém… sem nem ser vista, na verdade, porque ela quer resolver o problema do animal. O assustador animal é chamado de “dinossauro” em um primeiro momento, porque é realmente o que ele parece ser, e o Cebola fala sobre como ele parece ser um Dragão-de-Komodo, mas muito maior do que eles deveriam ser… eventualmente, quando Cebola e Mônica finalmente conseguem encontrar Rebeca e fazê-la falar o que está acontecendo, eles descobrem que se trata de um megalania, e foi ela quem trouxe da Austrália por acidente.

Rebeca conta que quis trazer um presente para seus tios no Brasil, e acabou escolhendo uma pedra bastante bonita que, quando ela chegou no Brasil, se revelou ser um ovo – que acabou de chocar. O estrago ambiental pode ser imenso, e gostei de como a edição aproveitou para falar sobre os estrangeiros que levaram coelhos para a Austrália e isso quase causou a extinção dos cangurus, e é sabendo disso tudo que Rebeca agora está trabalhando dia e noite na caça de “Meg” para poder consertar a burrada que fez. No fim, ela tem que entender que ela não precisa resolver tudo sozinha, porque Mônica e toda a turma estão dispostos a ajudá-la, e o grupo consegue capturar Meg no aterro sanitário… a edição é superficial e peca ao não saber ser uma edição com os pés na realidade e tampouco uma aventura de fantasia empolgante. Fica em algum lugar no meio, e o resultado é desanimador.

 

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