Deception 1x03 – Escapology



“Some people doodle hearts on napkins. My brother and I... we plan escapes. Comes with being a magician, I guess, and kind of ironic now that he's stuck in prison. But on some level, don't we all dream of escaping? Not from prison, maybe, but from our everyday lives? We feel trapped. We dream about leaving a dead-end job or breaking free from our daily routines. That's why people love magic, because we crave surprise, an escape from the predictable... that one moment when we genuinely don't know what'll happen next. That's how we know we're alive”

A cada episódio mais APAIXONADO por “Deception”. Eu acho fantástica a maneira como a série coloca Cameron Black, um antigo astro da mágica, para trabalhar como consultor no FBI, e como os casos são extremamente cabíveis a alguém especializado em mágica. Assim, se no episódio anterior falamos sobre “perspectivas”, aqui falamos sobre a “arte de escapar”, e Cameron Black é ótimo nisso. O episódio traz momentos memoráveis e ainda reforça uma teoria que está circulando pela internet: de que Cameron e Jonathan trocam de lugar quando um vai visitar o outro na cadeia… estou cada vez mais convencido de que isso é verdade. Vide aquela primeira cena de “Cameron” no episódio (uma delícia naquela cama!), e embora eu só o conheça há três episódios, eu acho que não parecia muito o Cameron. Parecia muito mais o jeito de ser do Jonathan.
Mas, de todo modo… um dos dois, ou Cameron ou Jonathan, é recrutado pelo FBI quando um caso inusitado se desenrola em um museu. Quatro pinturas valiosas são acopladas a explosivos, e Joan, uma funcionária do museu, fica presa em uma sala prestes a explodir, como “garantia”. Um homem em ligação misteriosa exige 120 milhões de dólares para liberar a mulher e as pinturas, e Kay imediatamente convoca “Cameron” para ajudar, porque ele é meio que um expert em fugas. A confiança excessiva de Cameron, no entanto, pode ser problemática e fazê-lo agir de forma impulsiva, fazendo promessas que não sabe se pode mesmo cumprir, e durante grande parte do episódio eu não consegui não pensar que estávamos acompanhando o Jonathan em ação, e não Cameron. Afinal de contas, eles ainda são os “mestres da enganação”, não são?
Depois que o primeiro quadro valioso é explodido, para mostrar que “o homem não está para brincadeiras”, o FBI e o Team Deception têm 90 minutos para resolver o problema, salvar Joan e, se possível, os quadros. Então tudo começa a ser planejado, e eu adoro o que “Deception” está fazendo nesses planos, construindo tudo como um grande show de mágica eletrizante que adoramos acompanhar. Então, enquanto “Jonathan” fala na cadeia com o ladrão que foi o único que conseguiu sair daquela jaula no museu, “Cameron” faz todo o planejamento que envolve o antigo truque dos espelhos. Então, Cameron Black tem apenas 10 minutos para colocar o seu plano de escape em ação e “fazer o impossível”, em uma sequência impressionante repleta de suspense e nervosismo, mas extrema competência mágica que nos encanta.
A entrada de Cameron na “jaula”, o lance do espelho no chão, o ponto cego da câmera, a reconstrução da sala e de Joan em outra parede para “enganar” quem estiver observando… o truque é maravilhoso e detalhado. Gosto da delicadeza com que “Deception” trata a sua narrativa, com extrema competência e inteligência! Joan é a primeira a escapar, e depois vêm Cameron e Kay, salvando os valiosos quadros, enquanto o cara no telefone explode a sala toda, no último segundo. Devo dizer que eu AMO a trilha sonora de vitória, que nos faz pensar que estamos no meio de um bem-sucedido show de mágica. Então, depois que Joan e os quadros foram salvos, descobrimos que esse caso era muito mais COMPLEXO do que se imaginava. A pintura explodida era falsa, afinal de contas, e Gunter encontra um transmissor na bomba que pode levá-los até o criminoso.
Quando o FBI chega até o homem, ele está morto, e o caso começa a ficar mais confuso e repleto de detalhes. Tudo era uma armação, parte de um plano maior que não tinha nada a ver com essa situação de “refém”, mas que era um roubo que trocou o quadro verdadeiro por um falso, explodido logo em seguida. Uma grande encenação, um grande “truque de enganação”, e Joan é a principal suspeita… quando Kay e Cameron se dão conta disso, pode ser tarde demais, porque os homens que estão vindo matar Joan porque os planos saíram de controle pegam ela e Cameron, e a verdade é que, PELA PRIMEIRA VEZ, isso não estava nos planos de Cameron… agora, diferente dos episódios anteriores, ele terá que improvisar… ainda bem que ele é mesmo um mestre da fuga, e sabe o que está fazendo. E sendo um mestre da fuga, por que ele não liberta Jonathan?
Isso lhe passou pela cabeça.
Não sei qual irmão era qual nesse episódio. Por vezes achei que Jonathan estava do lado de fora, com o FBI. Por vezes achei que fosse ele mesmo lá dentro, sendo maravilhoso ao roubar de volta a caneta do ladrão e ao soltar aquele “Don’t ever threaten me again!” ameaçador. Mas a verdade é que eu não sei. De todo modo, com um belíssimo truque de escapismo, “Cameron” Black foge com Joan diretamente ao FBI e ao museu, onde eles descobrem quem estava por trás de toda a armação de roubo: Charlie, o filho do dono dos quadros. Adorando a maneira como “Deception” constrói seus episódios inteligentemente, mesclando a investigação de “casos semanais” com os temas da mágica, e aquele discurso final de “Cameron”, olhando e pensando em Joan, me fez pensar muito na fala de Jonathan lá no primeiro episódio, quando ele estava “preso em uma vida que não queria”.
Cada vez mais desconfiado de que os irmãos REALMENTE trocam de lugar.

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