Reverie 1x09 – The Key



“You can be with her right now”
AS COISAS FICAM SÉRIAS EM “REVERIE”. Essa série certamente foi uma das melhores surpresas do ano. Estamos perto de fechar a primeira temporada em 10 episódios, todos muito bem conduzidos, “brincando” com casos semanais interessantes que fazem com que nos importemos com os personagens presos dentro dessa realidade virtual, ao mesmo tempo em que não deixa de desenvolver uma trama complexa fora do reverie, e embora tenhamos tido um interessante plot twist nesse episódio (eu realmente não esperava por aquilo!), eu acredito que é possível que o último episódio ainda nos guarde surpresas, no momento em que Mara finalmente vai poder conversar com Ray, depois de tudo o que aconteceu – tanto o que já sabíamos, em relação à morte de sua irmã e de sua sobrinha, quanto o que descobrimos agora, da morte do próprio Ray!
Desde o fim do episódio passado, Mara sabe que a sua situação é grave. Ela tem visto Chris onde não existe, e antes de desaparecer no fim do episódio passado, ele se transformou brevemente em Ray – ela até tem um momento em que se volta contra Paul e pede que ele não lhe diga que “tudo vai ficar bem”, pois ela tem feito tudo o que ele pediu que ela fizesse para isso, mas “não está bem” ainda. “I don’t even know if any of you are real”. E ela teria ficado ainda mais destruída, mas nao teve tempo para isso, porque tudo acontece ao mesmo tempo. Oliver Hill, usando tecnologia roubada e com um plano para tomar/destruir a Onira-Tech, entra no REVERIE e é encontrado caído no meio de um bar, com uma mensagem escrita no peito: “Deliver me to Mara Kint”. Afinal de contas, ele sabe que ela vai ajudá-lo… e ela, realmente, decide tentar!
Quando Mara entra e o encontra em uma praia, ele propõe um acordo: ele vai ajudá-la se ela o ajudar também. Ele quer que ela convença Alexis a vir se encontrar com ele ali dentro, “no mundo que eles construíram juntos” – em troca, ele lhe dá a informação de que extrair o BCI de seu cérebro vai acabar com toda a confusão entre ficção e realidade, mas isso também significa que ela nunca mais vai poder entrar em um reverie. E isso significaria que ela não poderia mais ajudar pessoas como vem ajudando ultimamente. Assim, para não precisar fazê-lo, e seguindo a teoria de Paul de que, talvez, essas “derealizations” todas tenham algum sentido, como se o programa estivesse desenterrando algo em que ela não quer mexer, ela decide se abrir com ele, contar sobre a noite da morte de sua irmã e sua sobrinha, para que eles possam entender juntos o que o programa quer…
Enquanto isso, Oliver arma e cresce como UM GRANDE VILÃO. Alexis aceita entrar para falar com ele, e embora tenhamos efeitos brilhantes, como da praia se transformando em um lugar do passado de Alexis e Oliver juntos, conseguimos notar o quanto ele é perverso. Quando ele lhe dá um “presente de aniversário”, por exemplo, e esse presente é o Dylan dentro do reverie. Tudo isso, no entanto, é uma distração para que, enquanto Alexis está lá dentro com ele, outra pessoa possa roubar-lhe uma “chave” – ou pen-drive com códigos importantes que darão a Oliver Hill acesso à Onira-Tech e aos reveries, o que parece bastante perigoso. E é irritante ver a sua risadinha convencida de quem logrou o que queria, e ele sai impune e com o que veio buscar – agora, depois de matar o homem que o ajudou, ele planeja ACABAR COM A EMPRESA.
O grande destaque do episódio, no entanto, está no ESCLARECIMENTO do que aconteceu naquela noite em que Ray morreu. Ela achou que conhecia toda a história, mas não sabia de uma informação crucial, que ficou (convenientemente) gravada no celular de Charlie quando ela ligou para ele sem querer naquela noite. Depois de matar a esposa e a filha, Ray diz: “I’m so sorry. It wasn’t supposed to happen this way”, o que já é um choque para Mara, pois ela não se lembra de ele ter dito nada antes de se matar. Mas essa não é a surpresa. A surpresa é que ELA TAMBÉM FALOU COM ELE. E foi ela quem, de alguma maneira, o incentivou a se matar – “You can be with her right now”. É bastante doentio e perturbador como ela sorriu e repetiu “It’s okay. It’s okay”, enquanto o conduzia por seu suicídio, e isso recria a personagem de Mara assustadoramente! Uma dolorosa e pesada memória suprimida!
Agora, ela precisa entrar e falar com Ray…
sabendo disso tudo.

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