Peter Pan (2015)


Uma gostosa e empolgante aventura através de uma Terra do Nunca não vista.
Eu sou e sempre fui um grande entusiasta de Peter Pan – a história me fascina desde muito cedo; toda aquela magia do garoto que nunca crescia, morador da Terra do Nunca, que veio visitar Wendy e levou ela e os irmãos para morarem com ele, naquele universo tão mágico e quase perfeito, não fossem as ameaças do Capitão Gancho. Um garoto que voava! As mensagens bonitas e os belos visuais me fizeram crescer com a história fazendo parte da minha imaginação, e então não foi surpresa que eu tenha ficado profundamente entusiasmado com o anúncio de Pan, um filme protagonizado por Levi Miller que contaria uma outra versão da história do garoto que não queria crescer – a versão de como ele, um simples garoto comum, foi parar na Terra do Nunca, como virou aquele que conhecemos, e como, no início, o Capitão Gancho (na época apenas o James Gancho) era um grande amigo seu, que tanto o ajudou.
O filme me encantou profundamente. Não é a história que conhecemos, e em nenhum momento eles tentaram nos vender isso… é a proposta de um início para tudo aquilo! Peter é um garoto que foi abandonado pela mãe na porta de um lar para crianças, e 12 anos mais tarde ele mora ali com todos seus amigos, quase passando fome e sem ter muito com que se divertir. Em plena Segunda Guerra Mundial, bombardeios e mais bombardeios sobre Londres, temos um início bem sem cor, mas que não nega a magia do que está por vir. Eu adorei a introdução do filme, a maneira como eles escolheram criar toda aquela atmosfera para depois substituí-la por uma colorida Terra do Nunca. Não uma colorida como Oz ou o País das Maravilhas, porque assim como as outras, a Terra do Nunca tem seu próprio encanto, sua magia fascinante. E quando os garotos do lar começam a ser seqüestrados por piratas em um barco voador…
…Peter vai parar na Terra do Nunca. O momento de transição ficou incrivelmente bem feito. Eu adoro os visuais – tudo é tão gostoso e tão bonito de se assistir, e o 3D, embora eu não seja fã da tecnologia, deixa tudo tão vívido e próximo que foi bonito. Me fez viajar, e eu acho que essa é a proposta desse tipo de filme. Te envolver e te fazer voltar a ser criança, ou algo assim. Adorei a transição, porque depois de muito subir, Peter se viu numa espécie de Espaço Sideral, no qual o filme pôde brincar, liberá-lo flutuando em um universo sem gravidade, jogando Saturno como se fosse uma bola de praia, e então eles chegam. A Terra da Nunca, a primeiríssima visão que temos dela, é de um universo fantástico! Bolas de água flutuantes com peixes dentro, uma Ilha fantástica e bela, mas então Peter e os demais garotos são escravizados por Barba Negra como mineradores em busca de Pó de Fada, mas Peter não perde sua determinação constante.
Adorei Peter e toda a construção do personagem que o levou a ser, por fim, o famoso Peter Pan. Tivemos uma antiga profecia, a qual ele conheceu através de Barba Negra, que dizia que ele podia ser o escolhido – okay, meio batido, mas ainda assim foi bom! Falava sobre um garoto, filho de um Príncipe Fada com uma garota humana, que foi levado daquele mundo, mas um dia retornaria, e retornaria para liderar uma revolução contra ele. E esse garoto podia voar. Cada cena de Peter voando é simplesmente maravilhosa de se ver! Eu também gosto muito de como Peter conhece James Gancho nas minas, de como eles se tornam bons amigos e fogem juntos, chegando aos Nativos que os conduzirão até o Reino das Fadas, que não foram extintas como Barba Negra acreditava, e onde então Peter poderia cumprir seu papel em toda a profecia.
Uma das coisas mais gostosas de ver no filme, como não temos a história clássica sendo contada, são as constantes e gostosas referências à obra de J. M. Barrie; como em uma das primeiras conversas de Gancho e Peter, na qual Gancho colocou uma mina na cela, constantemente fazendo tique e taque. ADOREI a determinação e a força de Peter, grande demais para um garoto de 12 anos! Uma menção ao termo “garoto perdido” (introduzindo o final do filme e o grupo de Peter Pan no original), o “I believe” de Peter, falando sobre poder voar, mas que lembrou DEMAIS a cena do “I believe in fairies” do original; ainda tem o crocodilo e a cena do Gancho com a mão na água, as sereias, a Sininho, e a fala do Barba Negra quando está prestes a matar Peter: “Pense em coisas felizes”. Bem, como é que as crianças conseguiam voar mesmo em Peter Pan? THINK A HAPPY THOUGHT.
E Peter se torna Peter Pan.
Foi tudo muito bem construído, muito bem colocado – eu saí do cinema satisfeito e encantado. Adorei a união dos personagens, adorei essas diferenças em relações interpessoais, e gostei da força que Peter Pan ganhou rumo ao Reino das Fadas, se tornando um personagem incrivelmente intenso e poderoso, voando LINDAMENTE em meio àquelas fadas, com uma determinação no rosto muito bem colocada por Levi Miller, em uma belíssima atuação para um garoto tão novo! Foi um clímax e tanto, sem sombra de dúvidas! E uma finalização repleta de carisma, colocando Peter indo buscar Nibbs e formando o seu grupo de Garotos Perdidos, enquanto apresenta uma bonita amizade com James Gancho, ao qual descreve como um não-pirata. “Pelo menos ainda”. E então ele o chama de “Capitão Gancho” pela primeira vez, enquanto em resposta ele o chama de Peter Pan, e eles se perguntam: “Nós vamos ser amigos pra sempre?”
“O que poderia dar errado?”
Eu ADORARIA ver mais filmes, mas as críticas e bilheterias vão afundar o projeto. Infelizmente.

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