Star Trek: Discovery 4x04 – All is Possible

A despedida de Tilly.

Assisti a esse episódio inteirinho com a sensação de que ele estava tentando estabelecer um spin-off – inclusive, um spin-off que eu adoraria acompanhar, com a Tilly sendo professora na Academia. “Star Trek: Discovery” se despede, em “All is Possible”, de uma das personagens mais queridas da série, em um episódio repleto de momentos emocionantes: Sylvia Tilly sempre foi uma das melhores partes de “Star Trek: Discovery” e eu não estou preparado para me despedir da personagem dessa maneira… esperando seu retorno em episódios futuros ou, quem sabe, um spin-off mesmo na Academia, porque parece que tudo ficou muito preparado para isso, mas não encontrei, na internet, nenhum plano para isso, até porque a franquia está com várias séries no ar ou prestes a estrear: além de “Discovery”, também temos “Picard” e a estreia próxima de “Strange New Worlds”, por exemplo.

Desde o episódio passado, Tilly esteve em destaque enquanto “tentava sair de sua zona de conforto”. Ela ganhou alguma ajuda de Saru e, agora, ela é enviada a uma missão treinando cadetes da Academia, em uma história interessantíssima que acaba colocando a vida de Tilly em perigo, assim como a de todos os cadetes sob a sua responsabilidade – e ela vai fazer de tudo para levar todos eles de volta para casa em segurança. Todo o cenário para a missão de Tilly é muito bem preparado, porque estamos em uma Federação tentando se reconstruir depois da Combustão, que foi o centro da terceira temporada, e é importante que os cadetes saibam trabalhar em equipe e confiar uns nos outros… o que não está acontecendo, já que, durante a Combustão, os “mundos” passaram muito tempo isolados uns dos outros… as diferentes espécies não interagiram.

Então, Tilly tem uma missão difícil em mãos, e eu acho um máximo vê-la se esforçando, porque a Tilly sempre dá tudo de si quando ela precisa cumprir uma missão – quando as coisas não saem como o planejado, a nave cai em uma lua gelada com formas de vida perigosas, e eles precisam chegar a um lugar para entrar em contato com a USS Armstrong para sair dali, Tilly mantém o controle e é uma excelente líder, fazendo não apenas com que todos eles permaneçam juntos e em segurança, mas também que eles se conheçam, porque é a única maneira de fazê-los aprender a confiar um no outro. Além de Adira, funcionando como cadete nessa missão, também conhecemos Sasha, Gorev e Harral, todos personagens interessantes que poderíamos acompanhar em um spin-off, como comentei, que acompanhasse a Tilly como professora na Academia…

Porque é assim que o episódio termina: depois de uma missão bem-sucedida, Tilly é convidada a ficar na Academia como professora, e ela retorna para a USS Discovery pensativa… aquela sempre foi a sua casa, ela tem uma relação muito bonita com o Saru e com a Michael, mas, também, ela estava buscando por algo novo, e talvez ser professora na Academia seja algo o que ela buscava, no fim… tudo é muito rápido e me pegou bastante desprevenido, porque eu não estava preparado para ver Tilly se despedir de todo mundo daquela maneira… assim, ganhamos uma sequência linda e emotiva enquanto ela se despede, especialmente de Michael Burnham, e então a vemos arrumar a mala e deixar a USS Discovery – espero que isso não signifique que a atriz está se desvinculando da série totalmente… afinal de contas, agora a ação não se passa mais toda na Discovery.

Mas, de qualquer maneira, a veremos com menos frequência…

Torço por algumas participações especiais, ao menos.

Falando em outros cenários, a quarta temporada de “Star Trek: Discovery” está se saindo muito bem ao estabelecer essa reconstrução da Federação depois da Combustão, e, nesse episódio, acompanhamos uma negociação entre a Presidente Rillak e a Presidente T’Rina, enquanto Ni’Var cogita voltar a fazer parte da Federação – mas quer incluir uma cláusula que permite seu desligamento imediato e sem consequências assim que decidir, o que a Federação não julga justo. De maneira astuta, a Presidente leva Michael e Saru na missão, porque sente que eles podem “ajudar a resolver esse problema”, e é muito legal ver a Michael tomando a frente junto à Presidente Rillak, enquanto Saru conversa com T’Rina e, aos poucos, Michael e Saru conseguem chegar a um meio-termo que parece satisfatório para todos… “Star Trek” sempre foi sobre diplomacia.

Por fim, acompanhamos também um pouco mais de Boom, enquanto ele busca a ajuda do Dr. Culber ainda para lidar com o luto de Kwejian. Apesar de termos tido uma sequência lindíssima de Book com a Presidente T’Rina no episódio anterior, aquela paz que tomou conta dele naquele momento não foi o suficiente, e ele precisará de um tratamento contínuo para se recuperar do luto, o que é natural. Essa é a parte com menos destaque no episódio dessa semana, mas gostei de ver a interação de Book com o Dr. Culber, especialmente depois de ele ter tido um episódio com Stamets na semana anterior, e eu acho que pode surgir uma amizade interessante entre eles, especialmente a julgar pelo fim do episódio, quando Book aceita a ajuda do Dr. Culber e aproveita para perguntar sobre ele, sobre os seus problemas e “se ele gostaria de conversar”. Culber responde que “um dia”.

Gostando dessa temporada… mas sentindo que ainda está em ritmo de introdução.

 

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