Lost 2x05 – …and Found

Buscas.

EU ADORO SUN E JIN – E TODOS OS EPISÓDIOS SOBRE ELES. “Lost and Found”, exibido em 19 de outubro de 2005, é um lindíssimo episódio da segunda temporada de “Lost” – e diferente do que, talvez, algumas pessoas esperam. Não é um episódio cheio de ação, não traz novas informações sobre a Dharma e os grandes mistérios da ilha, mas, como eu disse milhões de vezes, “Lost” não é sobre isso, no fim das contas: é sobre as pessoas. “Lost and Found” funciona lindamente para mostrar um pouquinho mais de quem Jin e Sun foram no passado e quem eles são agora, enquanto eles são colocados na situação de estarem separados desde que Jin entrou na balsa tentando sair da ilha – sem sucesso. Além disso, ainda conseguimos acompanhar um pouco mais dos demais sobreviventes, com destaque ao Eko, hoje, e uma rápida e misteriosa visão dos Outros.

Nem sempre os acontecimentos da Ilha são inteiramente centrados nas pessoas cujos flashbacks estamos acompanhando naquele episódio – quer dizer, essas pessoas tendem a ter muita importância na narrativa da ilha, é claro, mas temos outras histórias paralelas acontecendo, e não foi o que vimos em “Lost and Found”: esse é um episódio inteiramente dedicado a Sun e Jin. Além dos flashbacks, vemos a Sun lidar com o desespero quando percebe que perdeu a aliança, por exemplo, e ela passa o episódio todo procurando por ela, só vindo a encontrá-la quando, seguindo o conselho de John Locke, ela “deixa de procurar”; em paralelo, no lado dos demais sobreviventes do Voo 815, vemos Michael sair sem rumo e descuidado na floresta, chamando por Walt e se recusando a voltar enquanto não encontrar o filho, e Jin resolve procurar por ele.

Os flashbacks nos levam de volta a um momento antes de Sun e Jin se conhecerem – e eu acho um flashback extremamente importante para a construção dos personagens, especialmente do Jin, porque nos conta/relembra o fato de que ele não era mau – Jin é uma boa pessoa e tem um coração incrível, e a sua pior fase, condenável de fato, foi desencadeada pela influência do pai de Sun. Eles seriam muito felizes sem a interferência dele… justamente por isso, apesar de todas as condições controversas que encontram na ilha, talvez essa seja realmente a chance de “eles começarem de novo”. Nesse momento, estou esperando ansiosamente pelo retorno de Jin e os demais ao acampamento na praia, porque eu mal posso esperar para assistir ao reencontro deles. Chorei na despedida, no fim da primeira temporada, e provavelmente chorarei de novo no reencontro.

Como os flashbacks são compartilhados por Sun e Jin, é interessante acompanhá-los sem que eles se conheçam, mas o caminho deles se cruzando o tempo todo. Sun está em um encontro arranjado pela família e, pela primeira vez, o cara não parece ser assim tão ruim – mas ela descobre que ele está apaixonado por uma americana e vai embora em alguns meses; Jin, por sua vez, consegue um emprego de porteiro em um hotel chique, hotel que pertence ao cara com quem Sun está se encontrando, e ela passa por Jin na porta do hotel, ele de cabeça baixa e eles nem chegam a se ver. No fim do dia, Sun está decepcionada com o encontro e Jin pede demissão depois de ter uma boa atitude e ser condenado por seu chefe que adora humilhá-lo, e os dois se esbarram na rua, e pode ser clichê e tudo o mais, mas a maneira como os olhos se encontram e tudo.

ELES SÃO LINDOS DEMAIS, EU ADORO ESSES DOIS.

Que casal incrível!

No presente da Ilha, Sun não está lidando apenas com o fato de ter perdido sua aliança: isso é apenas simbólico. Na verdade, ela está lidando com o fato de que Shannon e Claire lhe trouxeram, no último episódio, a garrafa com as mensagens dos sobreviventes que Jin e os demais levaram com eles na balsa, e ela não sabe o que isso significa, o que aconteceu com Jin, Michael e Sawyer… de qualquer maneira, ela enterra a garrafa para não gerar pânico e acabar com a esperança dos demais, mas é triste vê-la tentando lidar com isso sozinha enquanto destrói o seu próprio jardim em busca da aliança perdida, por exemplo. Kate é uma das que mais a acompanha, a apoia e a escuta falar – e quando Sun conta sobre a garrafa e leva Kate até o lugar onde a enterrou, então a aliança reaparece. A emoção de Sun chorando ao colocar aquela aliança de volta no dedo é contagiante!

Jin, por sua vez, está às voltas com os demais sobreviventes do 815, e eu adoro como, mesmo com Ana Lucia sendo toda durona e impondo coisas, ele se recusa a ir embora (eles estão indo de volta ao acampamento da praia) se não for com Michael, que saiu para procurar Walt no meio da floresta… e foi muito legal como Eko acabou permitindo que ele fosse, mas, mais do que isso, resolveu ir com ele: adorei ver Jin e Eko juntos na mata, e toda a atitude de Jin fez com que eu me apaixonasse um pouquinho mais por ele – isso mais os flashbacks mais o fato de que o Jin estava incrivelmente lindo nesse episódio (e em todos) explica meu crush. Inclusive, Jin e Eko se escondem a tempo de ver os Outros passarem, mas tudo o que vemos deles são os seus pés descalços na mata… no fim, Jin consegue encontrar Michael e convencê-lo a voltar com eles…

UM DOS EPISÓDIOS MAIS LINDOS E EMOTIVOS DE “LOST”.

 

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