Doctor Who 13x05 – Flux, Chapter Five: Survivors of the Flux

“You denied me my life!”

Com algumas partes mais complexas devido ao número de informações que recebemos para serem desenvolvidas no último episódio da temporada, “Survivors of the Flux” é mais um bom episódio de “Flux” – e fico muito feliz por Chris Chibnall ter criado uma história grande para encerrar sua era em “Doctor Who”. “Flux” é uma história interessante e curiosa que está cheia de referências bacanas, ao mesmo tempo em que apresenta tramas novas e desenvolve uma história iniciada na última temporada: a Timeless Child. Continuamos conhecendo mais da origem da Doctor, uma trama que agrada a alguns e incomoda outros, e que eu, particularmente, não sei bem como avaliar: pode ser chocante, no início, mas também acredito que essa trama abre possibilidades interessantes para o futuro e para o passado (!) de “Doctor Who”.

Estou curioso para ver como Chibnall encerra isso e se RTD vai dar sequência ou ignorar.

No fim do episódio passado, em uma das sequências mais chocantes e eletrizantes da história recente de “Doctor Who”, vimos a Doctor se transformar em um Anjo Lamentador e, agora, descobrimos que ela não ficará nessa forma para sempre – na verdade, ela foi “convertida” em Anjo para ser transportada para um lugar diferente, um lugar que, ela descobre eventualmente, está fora do universo como o conhecemos – “This is Division, Doctor. Welcome back”. Os Anjos avisaram, no episódio anterior, que a Doctor estava sendo convocada novamente pela Divisão, e começamos a descobrir mais sobre ela nesse episódio, quando uma mulher misteriosa conta à Doctor que a Division nasceu em Gallifrey, embora interfira na história e não siga, portanto, as regras estabelecidas pelos Senhores do Tempo – mas a Doctor ainda tem muito a descobrir sobre a organização!

Enquanto isso, acompanhamos um pouco dos outros personagens, como Yaz e Dan, que estão em 1904 com Jericho, depois de os Weeping Angels os terem mandado para 1901 – é interessante pensar que três anos se passaram para eles sem viagens no tempo, e pensar no quanto isso significou para o crescimento deles como pessoas, como personagens e como amigos… não necessariamente como companions. Faz três anos que eles não têm notícia da Doctor, na verdade, embora estejam em uma missão passada por ela em uma mensagem holográfica que ficou com Yaz – e, por sinal, temos uma cena lindíssima da Yaz assistindo e interagindo com o holograma da Doctor, a coisa mais fofa do episódio! E se essa cena foi emocionante como foi, mal posso esperar para vê-las se reencontrarem no próximo episódio de “Flux”.

A missão de Yaz, Dan e Jericho os leva por uma viagem interessante pelo mundo, passando pelo México, por Constantinopla, o Nepal e a China, por exemplo… eles sabem que o Flux vai atacar em algum momento, e eles precisam descobrir quando isso acontece para que possam salvar a Terra – afinal de contas, é isso o que a Doctor está sempre fazendo, não é? Achei interessante como um eremita no Nepal dá uma dica que faz Dan entender o que eles possivelmente precisam fazer: mandar uma mensagem ao Karvanista responsável por Dan. Falando no Karvanista, a história dele também esbarra rapidamente na história de Bel, e Bel e Vinder continuam tendo menos tempo de tela que os demais personagens, mas não paramos de pensar no quanto eles devem ser importantes para a trama – e, com as novas informações da Doctor, tem uma teoria interessante circulando…

E se Bel e Vinder forem os pais da Doctor?

Também acompanhamos um pouco da jornada do Grand Serpent através do tempo da Terra e a sua relação com a UNIT. Não é a minha parte favorita do episódio, mas eu gostei de acompanhar algumas informações sobre a UNIT, uma organização que foi tão importante na série clássica de “Doctor Who” e que retornou, também, no “New Who” em anos recentes – aqui, a vemos ser idealizada e criada com o intuito de detectar vidas extraterrestres e proteger a Terra, entre 1958 e 1967, e é interessante notar que a UNIT apareceu pela primeira vez na série na era do Second Doctor, em 1968. Ainda temos a ligação com o episódio anterior quando ouvimos falar sobre o “vilarejo do qual todas as pessoas desapareceram” e que está sendo transformado em uma base militar para a UNIT… inclusive, a TARDIS foi encontrada lá, mas não pôde ser aberta.

A maior parte das novas e surpreendentes informações do episódio vêm da sequência da Doctor com um Ood e uma mulher da Divisão em um lugar fora do universo – descobrimos que foi a própria Division que criou o Flux para destruir o Universo Um e a Doctor com ele, dando sequência à vida em outro universo, introduzindo não apenas a ideia de Multiverso em “Doctor Who”, mas também um pouco mais sobre o passado da Doctor quando ela pergunta “quem eles são” e a mulher fala sobre como a Doctor não se lembra, embora os seus olhos sejam os mesmos, mesmo com todas as regenerações… então, a mulher finalmente ganha um nome: TECTEUN, A MULHER QUE A DOCTOR CHAMAVA DE MÃE. Tem muita coisa vindo à tona e tudo está muito interessante de se acompanhar, certamente! E, no fim, “Flux” vai ser uma história sobre a origem da Doctor…

Uma sequência de “The Timeless Child”… história que dividiu opiniões.

Precisamos esperar o último episódio de “Flux” para entender os planos, e aonde Chris Chibnall quer chegar, mas eu acredito que as possibilidades são interessantes. Acho que Jodie Whittaker consegue se sair muito bem quando fica mais séria e emotiva, como quando mexem com a sua história e quem ela é, e encontramos um objeto com as memórias da Doctor, como foi usado em um episódio do David Tennant, que pode finalmente responder todas as perguntas que a Doctor tem sobre sua própria história – quantas vidas ela viveu antes das de que se lembra e o que fez para a Division enquanto trabalhava para ela, por exemplo. A grande novidade, talvez não tão bem-vinda assim, é a possibilidade de a Doctor não ser Gallifreyana, no fim das contas, mas ter sido apenas resgatada por uma e criada em Gallifrey – o que aumenta a possibilidade de sua mãe biológica ser a Bel!

Muitas teorias e possibilidades. Comento mais depois do capítulo final.

 

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