Bad Buddy – Episode 1

“Fomos destinados a sermos rivais desde que éramos bebês”

QUE AMOR! Mais um BL, dessa vez tailandês, que eu decidi acompanhar durante sua exibição – e acho que não vou me arrepender, porque essa estreia foi incrível. “Bad Buddy” traz a história de Pran e Pat, dois jovens que “foram criados para serem inimigos” ou qualquer coisa assim… mas é isso realmente o que eles sentem um pelo outro? Além de eles estarem em cursos rivais na faculdade (?), e de seus grupos de amigos aparentemente se detestarem, eles sempre foram vizinhos e, durante toda a vida, suas famílias se odiaram. A ideia é bacana e divertida e Pran e Pat são absurdamente carismáticos – assisti a um único episódio e estou torcendo tanto por esses dois que mal sei explicar… e aquele clipe de encerramento é tão fofo que dá vontade de viver em cada uma daquelas cenas – mal posso esperar para vê-las todas na série e poder vir aqui comentar sobre como estou suspirando por esse casal!

O episódio começa no meio de uma briga. O grupo de engenharia está perseguindo um dos rapazes de arquitetura porque, aparentemente, uma briga começou em um bar na noite anterior por causa de um jogo, e então esse garoto de arquitetura, o Wai, mostrou o dedo para os meninos de engenharia. É uma rixa bastante instalada, ao que parece, e Pran e Pat estão envolvidos demais nisso tudo… Pat está ali no meio de toda a confusão, enquanto Pran está tranquilamente cuidando de seus lápis e de seu café, quando é chamado para defender o amigo, e então ele vê contra quem é toda a confusão – os primeiros olhares de Pran e Pat me arrepiaram, preciso dizer isso! O que eles sentem, de fato, é difícil de entender… só dá para perceber que é intenso e real. É como se eles se detestassem, mas, ao mesmo tempo, é como se o coração de ambos estivesse batendo mais forte porque estão prestes a se enfrentar…

É uma relação confusa.

Então, o episódio nos leva de maneira muito divertida pela história das famílias e da rivalidade de Pran e Pat – que nasceu muito antes deles, na verdade. As famílias, vizinhas, adoram acusar a outra de invejar ou copiar as coisas que eles fazem, e tudo é bastante exagerado, na verdade… as famílias brigam pela posição do lixeiro do lado de fora, ou por bênçãos aos filhos que estão para nascer mais ou menos ao mesmo tempo, e, por isso, Pran e Pat vieram ao mundo nessa rivalidade ferrenha e foram criados para se detestarem – foi divertidíssimo acompanhar os dois pequenos, brigando durante um jogo de futebol ou tentando ser melhor do que o outro na escola, porque é essa ideia de briga infantil que moldou a relação dos dois – e que tem tudo a ver com quem eles são na fase adulta. Para complicar tudo, ou não, os dois conseguem se ver das janelas dos seus quartos!

A ideia não é inovadora, mas é uma temática que sempre funciona: famílias que se detestam, mas cujos filhos acabam se apaixonando… quer dizer, não é essa a base da história romântica mais famosa da literatura, “Romeu e Julieta”? Achei bem interessante que “Bad Buddy” fez tudo com muito humor e com muito carisma, e acabou tornando essa briga sem sentido e exagerada das famílias algo cômico, e por isso não compramos a ideia de que Pran e Pat de fato se odeiam… é mais como se eles não tivessem escolha, mas, no fundo, se divertissem com isso tudo – se divertissem com cada interação que podem compartilhar. Ou vai dizer que eles não se divertiram enquanto se provocavam do lado de fora de casa, nas latas de lixo que já foi motivo de briga entre os pais? A cena é divertida e eu adorei o Pran indo embora deixando o Pat arrumar o lixo caído…

Quer dizer, foi ele quem derrubou, não?

Naquela mesma noite, Pat dá uma conferida no Pran saindo sem camisa do banho pela janela do quarto!

Outra briguinha infantil deles acontece quando o pessoal de engenharia continua caçando o Wai, e Pat segue Pran – para que ele não defenda o amigo ou até para protegê-lo, vai saber. De qualquer maneira, os dois acabam juntos atrás de um formulário para se inscrever em uma competição de música, e eles “brigam” com um tocando a guitarra e o outro a bateria, e é um momento intenso e bacana! Depois, por causa de uma confusão não planejada, o pessoal de engenharia acaba pegando Pran ao invés de Wai, e Pat faz de tudo para defender o Pran, inesperadamente… parece que “Bad Buddy” não vai demorar, então, para fazer Pran e Pat deixarem de ser “inimigos” para serem amigos ou namorados, porque se Pat já está defendendo o Pran daquela maneira no primeiro episódio. Foi eletrizante vê-lo o ajudando, o levando para longe dos amigos e tal…

Naquela noite, Pat entra no quarto de Pran pela janela (AH, EU JÁ AMO ESSES DOIS!), até com certa naturalidade, e os dois conversam sem grandes brigas dessa vez – no fim, eles se dão bem. Gosto de como o episódio, eventualmente, acaba também gerando contexto para como a rivalidade de Pran e Pat não é tão intensa quanto inicialmente pensamos: lá na infância, no meio de muitas brigas, eles já meio que se aproximaram quando Pran ajudou a irmã de Pat que estava se afogando, e quando Pran deixou para trás um relógio que Pat encontrou, Pat também entrou pela janela daquele mesmo quarto durante a noite para devolvê-lo, e disse que “devia uma” para ele, porque ele tinha ajudado a irmã… naquela época, no entanto, Pat falava sobre como não queria que Pran falasse com ele em público, porque as pessoas podiam pensar que eles eram amigos.

Agora, no entanto, não sei se ele vai ter as mesmas preocupações…

Quer dizer, acho que por um tempo… mas ele as está deixando de lado.

Tanto é que o cerne da conversa de Pran e Pat, agora, é sobre como eles não querem mais brigar um com o outro. A cena corta, então, para uma briga (?) entre o grupo de engenharia e o grupo de arquitetura, mas rapidamente entendemos o que está acontecendo, quando as cenas se intercalam: é tudo um plano de Pran e Pat para acabar com aquela briga de uma vez por todas; quer dizer, os amigos de Pat querem bater em Wai, mas Pran acha que pode resolver isso se convencer Wai a pedir desculpas, então eles encenam tudo até que Wai de fato peça desculpas, e Pran e Pat ganharam meu coração irrevogavelmente nesse momento, quando Pat dá uma piscadinha marota para Pran, porque o plano deu certo, e Pran abre um sorriso lindo, feliz e aliviado… os dois esbanjando cumplicidade. Mas as coisas não saem 100% como eles planejaram, porque alguns amigos de Pat são bem encrenqueiros.

De qualquer maneira, novamente a série consegue abusar do bom-humor e a cena, que poderia ser uma confusão desnecessária, acaba sendo algo divertido e inusitadamente fofo, porque Pran e Pat ficam “conversando” durante a encenação da luta, porque Pat não deixa que ninguém mais se aproxime de Pran, mas se eles não “brigarem”, então ninguém vai acreditar que aquilo é de verdade, e eles ficam trocando golpes, pedindo desculpas e se protegendo, e é bizarramente a coisa mais romântica que eles já fizeram na vida deles, provavelmente. Quando o alarme toca e os professores estão chegando, o grupo de dispersa, e Pran e Pat se sentam em outro lugar para conversar sobre como nem tudo deu tão certo, mas como agora a briga deve ter chegado ao fim, porque Wai já pediu desculpas e os grupos já trocaram alguns socos… deve ser o suficiente.

Destaque para a cena fofa de Pran e Pat na frente da farmácia, quando Pran compra o último frasco de pomada para machucados (!), e ele o compartilha com Pat, os dois sentados no meio-fio do lado de fora – os olhares, a maneira como pensam em como as coisas serão de agora em diante, como falam de se adicionarem nas redes sociais e como nenhum quer ser o primeiro a adicionar o outro na lista de amigos, mas Pran consegue “enganar” Pat para que ele o faça. As provocações, aqui, não se parecem em nada com provocações de quem se detesta, e estão muito mais próximas de um flerte do que de qualquer outra coisa, e a cena deixa evidente a maneira como os dois têm química. Naquela noite, Pran está tão leve, tão feliz, que o sorriso e a leveza dele nos contagiam, e eu termino o episódio me sentindo absolutamente feliz por ele e pela fofura que esses dois compartilharam já no primeiro episódio.

Mal posso esperar para vê-los descobrirem que os seus dormitórios ficam um na frente do outro.

Acho que o grande trunfo de “Bad Buddy” nesse primeiro episódio, além de os atores principais serem lindos, é que eles conseguiram captar a essência dos personagens e colocá-la em cada momento, seja o tipo de cena que for… a construção da química de que falo está em cada detalhe do episódio, muito mais na maneira como eles se olham e como respiram enquanto estão se olhando do que no que é de fato dito, pelo menos por enquanto. Essa intensidade no olhar está presente já na primeira cena, aquele momento que mostra a força do que os dois sentem, seja lá o que sentirem, enquanto eles se olham – e se o Pat me olha daquele jeito, é sério, eu fico de pernas bambas. Olhares também em flashbacks através da janela ou a mudança no teor do olhar ao fim do episódio, depois daquele momento em frente à farmácia… eles são incríveis!

Certamente, prometem muita química e muita história boa!!!

  

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