Foundation 1x07 – Mysteries and Martyrs

“I think I can feel the future”

OUTRO EXCELENTE EPISÓDIO DE “FOUNDATION” – a série, já renovada para sua segunda temporada, se aproxima do fim do seu primeiro ano com uma temporada consistente, criativa, carismática, além de ter um visual impressionante… está uma delícia acompanhar a história dos Imperadores (tanto a de Cleon XIV, por quem eu já estou completamente apaixonado quanto do Cleon XIII, que foi novamente massacrado por Zafira Halima, e eu adorei), e eu estou bastante intrigado com a história de Gaal e Hari Seldon, que está se desenvolvendo mais lentamente, mas que pode vir à tona com força no próximo episódio, depois daquele final eletrizante… o que menos me interessa, por ora, é a trama de Terminus que, nesse episódio, não acontece no planeta propriamente dito, mas a caminho de Invictus, a nave destruidora de mundos do Império que Phara quer para si.

Cleon XIII, o atual Brother Day, está se mordendo de raiva desde o episódio anterior naquela sequência maravilhosa em que Halima falou sobre a necessidade de renovação, claramente atacando a Dinastia Genética, e o fato de Demerzel ter “se ajoelhado perante a Mãe” não lhe agradou nem um pouco… Halima declarou guerra ao Império ao defender aquilo em que acredita, e o que incomoda o Imperador é o fato de que ele sabe que existem pessoas ouvindo – muitas pessoas. Halima volta a falar sobre ele e é uma sequência de arrepiar na qual ele fala sobre como ele é um ser sem alma, apenas uma projeção do ego de um homem de séculos atrás… e, no fundo, ele teme que isso seja o começo da “profecia” que o matemático Hari Seldon trouxe à tona há alguns anos. Ele está determinado a provar a Halima e Seldon que os dois estão errados sobre ele.

É interessante pensar nessa conexão da trama do Brother Day e do Brother Dawn – eu estou do lado de Halima quase que 100%, e eu acho ela uma pessoa fantástica, inteligente e que fala com muita propriedade… o episódio, no entanto, nos faz titubear quando traz a discussão de que “o Imperador é incapaz de crescer, de mudar”, porque embora isso tenha sido verdade para 13 outros Cleons, isso não é verdade para o mais novo deles, Cleon XIV, o Brother Dawn… o personagem se tornou, atualmente, o meu personagem favorito da série, e assisto a todas as suas cenas fascinado, esperando por mais um pouquinho dele a qualquer momento. Desde a sua estreia, o vemos agir diferente dos demais irmãos em pequenos detalhes, mas que chamam a atenção por causa da sincronicidade que os três Cleons sempre apresentaram até então… e descobrimos que ele tem consciência disso.

A relação de Cleon XIV com Azura é uma delícia de se acompanhar – e se foi minha parte favorita no episódio anterior, continua sendo minha parte favorita nesse. Os dois se conectam lindamente, e temos uma sequência brilhante quando ela lhe dá de presente adesivos corretores que podem ajudá-lo a enxergar as cores, já que ele falou de seu daltonismo no episódio anterior, mas Brother Dawn explica que ele não pode usá-los, ou isso chamará a atenção dos irmãos e eles podem começar a notar outras coisas que ele faz diferente deles, como o fato de seu polegar ser diferente, como o fato de ele começar a colocar os sapatos na ordem inversa dos irmãos, ou fato de ele não gostar tanto assim da mesma comida que os outros gostam. São pequenas coisas que ele sempre notou e que o incomodam – deve ser angustiante para ele.

Uma das melhores cenas do episódio acontece quando Brother Dawn leva Azura para conhecer um lugar do Palácio que outros civis provavelmente nunca visitaram: um lugar cheio de outros Cleons. Azura pergunta sobre qual o grande problema de os irmãos notarem que ele é diferente, e ele fala sobre como ele tem que ser uma réplica perfeita, e sobre como existem outros três Cleons “guardados”, sendo alimentados com informações do que está acontecendo, ali para o caso de algo acontecer a qualquer um dos três irmãos – são substitutos para o caso de ataques, mortes ou “defeitos”, como ele. Se descobrirem que ele não é a cópia perfeita que deveria ser, eles vão matá-lo e trocá-lo pelo outro Brother Dawn adormecido e “guardado”. A cena é forte, o fato de Cleon XIV se mostrar vulnerável o suficiente para chorar me pegou desprevenido, e eu queria abraçá-lo e protegê-lo.

Eu não queria gostar tanto assim do Imperador, mas adoro o Cleon XIV e torço por ele.

“I have to blend in. Or I die”

Por fim, tivemos um pouquinho mais de Gaal, que demorou para fazer sua aparição no episódio, lá onde a vimos pela última vez, quando ela encontrou Hari Seldon à beira da morte na nave – poderia ser apenas uma projeção, uma repetição de sua morte, mas é mais do que isso: é a sua memória/consciência que foi armazenada na nave e com quem Gaal pode interagir. As cenas dos dois, como sempre foram desde o início da série, são ótimas de se acompanhar, eu adoro a dinâmica deles. Gosto das acusações de Gaal, gosto da explicação de Hari Seldon sobre a “necessidade” de sua morte, e gosto de como ele a provoca no final, perguntando por que ela quebrou sua rotina e estava lá quando Raych o matou, o que fez com que ela não estivesse em Terminus agora construindo a Fundação como era o plano… e então, em flashes incríveis, Gaal faz uma descoberta sobre si mesma: ela pode sentir o futuro.

ANSIOSO PARA VER AONDE ISSO NOS LEVARÁ!

 

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