Doctor Who 13x04 – Flux, Chapter Four: Village of the Angels

“Don’t blink!”

Weeping Angels são um dos meus antagonistas favoritos de “Doctor Who”, e “Village of the Angels” vai entrar para a minha galeria de EPISÓDIOS FAVORITOS na série! Que episódio de tirar o fôlego! Com uma escrita precisa e com toda a tensão que acompanha inevitavelmente a presença de Weeping Angels nas histórias de “Doctor Who”, o quarto capítulo de “Flux” nos entrega um episódio inteligente e envolvente que, além de ser muito bom por conta própria, também traz uma série de informações novas tanto sobre os Weeping Angels quanto sobre o passado da Doctor e a Divisão e tem, possivelmente, o melhor cliffhanger da série em ANOS. Começamos em 21 de novembro de 1967, com Claire Brown, e ela tem uma visão/premonição de algo que vimos acontecer no finzinho do último episódio: um Anjo Lamentador tomando o controle da TARDIS.

Gostaria, antes de qualquer coisa, de falar como a turma da TARDIS está interessante como não estava há anos! Dan chegou para brilhar, sendo, em poucos episódios, o melhor companion que a 13th Doctor teve, mas a sua dinâmica com a Doctor e com Yaz funciona brilhantemente – adorei a Doctor tendo ideias mirabolantes para livrar a TARDIS do controle do Anjo, e ela faz algo arriscado que vai deixar a TARDIS “sem funcionar” por um tempo, o que quer dizer que eles vão ter que sair onde quer que estejam… e talvez seja justamente para onde o Anjo queria levá-los. Afinal de contas, a Doctor e os demais chegam a 1967, e encontram um casal que está procurando por uma garotinha de 10 anos desaparecida, e então a história se divide em duas: de um lado vemos Dan e Yaz ajudarem na busca por Peggy, enquanto a Doctor é atraída por uma leitura estranha na chave de fenda sônica.

Assim, a Doctor chega até o Dr. Eustacius Jericho e Claire Brown – aquela mesma mulher misteriosa que vimos há algum tempo e que parecia já conhecer a Doctor e Yaz. Claire é uma personagem interessante: uma mulher sensitiva que tem visões da TARDIS e dos Weeping Angels, e que tem “alucinações” de que está virando um Anjo Lamentador ela mesma (!) – no momento, no entanto, ela e a Doctor precisam se preocupar com o massivo ataque dos Anjos, que estão vindo em quantidade e cercando a casa. Adoro a tensão da casa cercada por Anjos, e as informações trazidas por Claire: ela chegou àquele lugar, capturado por um Anjo Lamentador, em 1965, e viveu ali esses dois últimos anos… quando começou a ter visões sobre aquele lugar, ainda no presente, ela pesquisou sobre ele na internet e descobriu que é uma vila amaldiçoada na qual todos desaparecem no dia 21 de novembro de 1967…

Justamente aquele dia.

E não é a primeira vez que isso acontece: já acontecem em 1901.

Outras cenas de Claire nos fazem pensar que ela está se transformando em um Anjo Lamentador, e é a Doctor que entende o que isso significa: ela teve uma visão de um Anjo e agora ele vive dentro de sua mente, porque tudo que assume a forma de um Anjo se torna um Anjo ele mesmo. Para entender melhor o que está acontecendo e tentar salvar a vida de Claire, a Doctor se voluntaria para entrar na sua mente, e é aqui que as coisas ficam ainda mais mirabolantes e maravilhosas, porque o Anjo Lamentador dentro da mente de Claire, usando-a para conversar com a Doctor, está ali para pedir ajuda, e eu adoro essas reviravoltas, que são a cara de “Doctor Who”. Foi nesse momento que eu senti que estava assistindo de fato um episódio de “Doctor Who”, e é uma sensação TÃO MARAVILHOSA que nem sempre eu tive nos últimos anos.

QUE EPISÓDIO BOM!

A Doctor não parece muito convencida em ajudar o Anjo Lamentador, não depois de ele ter caçado e capturado uma humana, mas o Anjo diz que não foi ele quem a caçou, nem quem a enviou para 1967, e que ele está se escondendo ali porque os outros estão vindo atrás dele… aparentemente, temos a história de um Anjo Lamentador rebelde. Além disso, no entanto, tudo fica ainda maior quando o Anjo explica que o grupo de Anjos vindo atrás dele são um “Time de Extração”… que trabalha para a Divisão. “Division uses everything and everyone. Every species, every world and every moment”. Então, o Anjo propõe um acordo: se a Doctor o ajudar a escapar do Time de Extração, o Anjo não apenas deixará Claire em paz como ainda lhe dará o que ele quer: as memórias do seu tempo trabalhando para a Divisão… a parte do seu passado sobre a qual a Doctor não se lembra de nada.

É tentador.

Yaz e Dan, enquanto isso, têm que lidar eles mesmos com alguns Anjos Lamentadores, com toda a tensão do constante “Don’t blink!”, com as lanternas falhando e a luz da lua sendo coberta por nuvens, e então eles acabam perdendo um Anjo Lamentador de vista e sendo capturados por ele – assim, Yaz e Dan são enviados de volta a 1901. Em 1901, eles encontram Peggy, a garotinha que desapareceu em 1967 e que está sendo procurada, e ela fala sobre “Extração Quântica”, e os leva para ver algo extraordinário: um penhasco até o fim do mundo. Em um ponto de uma trilha no vilarejo, o planeta simplesmente deixa de existir e tudo além dali é espaço – e o ponto onde essa divisão acontece está avançando, o que quer dizer que, em algum momento, todo o vilarejo terá deixado de existir? Eventualmente, Jean e Gerald, o casal procurando por Peggy, também é levado a 1901…

Mas, sem entender o que está acontecendo, eles são pegos por Anjos novamente e, dessa vez, não sobrevivem.

Talvez a melhor sequência do episódio, embora ele tenha sido MARAVILHOSO e IMPECÁVEL em sua totalidade, foi quando 1901 e 1967 conseguiram interagir entre si, divididos por uma barreira intransponível – dia de um lado, noite de outro. Aqui, Peggy conversa com a Sra. Hayward, que descobre ser ela mesma, e pouco depois Eustacius Jericho é transportado de um lado da divisão para o outro, de 1967 a 1901, capturado por um Anjo… assim, temos Peggy, Yaz, Dan e Jericho em 1901, de dia, observando tudo o que acontece do outro lado, uma sequência protagonizada por Claire, pela Doctor e por todos os Anjos Lamentadores que trabalham para a Divisão. A Doctor percebe que alguma coisa está errada quando ela está em um túnel cheio de Weeping Angels e precisa se virar para correr, mas não é atacada, mesmo que tire os olhos deles…

Ela só entende quando chega ao lado de fora e vê que Claire está cercada por dezenas de Anjos – uma cena aterradora e eletrizante. O diálogo dessa sequência é tenso, e a Doctor tenta negociar a liberdade de Claire, dizendo ao seu Anjo que ele precisa deixá-la livre e, então, ela conversará com o Time de Extração por ele, mas o Anjo dentro de Claire já fez um novo acordo: os outros Anjos concordaram em não levá-lo com eles, e levar a Doctor em seu lugar – e a Doctor percebe que tudo não passou de um plano dele… afinal de contas, ele se refugiou dentro de uma humana sabendo que isso chamaria sua atenção. Então, os Anjos revelam que a única coisa que a Divisão quer mais do que o Anjo dentro de Claire é a própria Doctor: ELA FOI RECONVOCADA PARA A DIVISÃO. Então, temos uma das cenas mais surpreendentes e impactantes da história de “Doctor Who”:

A Doctor virando um Anjo Lamentador.

O IMPACTO DESSA CENA NEM PODE SER DESCRITO – SÓ ME TREMI INTEIRO!

Em paralelo, timidamente acompanhamos um pouco mais de Vinder e Bel, dois personagens interessantíssimos buscando um ao outro, e que prometem ser muito importantes em algum momento da trama… Bel chega a Puzano, um planeta que deveria ser um santuário depois do Flux ter devastado o universo, mas ela acaba descobrindo que aquilo é mais uma armadilha do que qualquer coisa: a tal líder conduzindo todos a salvação, amada e idolatrada por todos os moradores do planeta, é Azura, que aparece fazendo um discurso utópico no qual todos acreditam, e então os humanos se deixam capturar pelo Passageiro, acreditando na história de que ele os está transportando para uma galáxia não afetada pelo Flux. É uma cena angustiante também e da qual Bel se salva por pouco… no fim do episódio, Vinder chega a Puzano, mas Bel não está mais lá…

Ansiando pelo reencontro deles.

 

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