Doctor Who 13x03 – Flux, Chapter Three: Once, Upon Time

“Time is playing games with you all”

CARAMBA, QUE EPISÓDIO BOM! Para mim, “Once, Upon Time” é o melhor episódio de “Flux” até agora, porque ele contou uma história não linear – bem no estilo “timey wimey wibbly wobbly” –, mas que se fez entender enquanto a Doctor fazia de tudo para salvar a vida de seus amigos… de quebra, ainda conhecemos uma personagem nova que promete ser importante, vemos um pouco do passado e do futuro de personagens que já conhecemos e amamos, e ainda temos uma breve visão de uma missão protagonizada pela Fugitive Doctor, retornando ao passado do qual a Doctor não se lembra, o que nos leva de volta à trama apresentada na temporada anterior, da “Timeless Child”, e que ainda precisa ser concluída… é um episódio empolgante e construído daquele jeito confuso e apaixonante que “Doctor Who” sabe fazer tão bem!

No fim do episódio passado, a Doctor e os demais estavam no Templo de Átropos, Yaz e os demais tinham sido aparentemente convertidos em Mouri por Swarm e Azura, e agora a Doctor precisa fazer alguma coisa para salvar a vida deles – então ela salta, esperando que “a rede apareça”. É assim que vemos a Doctor no meio de uma tempestade natural, no tempo fragmentado, tentando conseguir ajuda com as Mouri, e então, um a um, seus companions vão sendo levados para algum lugar que ela não sabe qual é… e a própria Doctor é a última a cair. Assim, acompanhamos uma história protagonizada por cada um dos personagens, e é incrível como o episódio consegue trazer informações sobre cada um dos personagens, enquanto nos perguntamos quanto daquilo é real e quanto daquilo é a memória de cada um lhes pregando peças.

Dan retorna para “casa”, reencontra Diane, eles conversam sobre o encontro dela e sobre como ela dormiu no meio do encontro. Dan está confuso, levemente distraído, vendo partículas azuis no céu (não é a primeira vez que as vemos no episódio e, mais tarde, descobrimos se tratar de “Partículas da Força do Tempo”), enquanto o cenário ao redor dele parece mudar inexplicavelmente, e ele continua agindo como se nada tivesse acontecido… adoro a conversa de Dan e Diane sobre por que ele nunca casou (realmente, algo que eu não entendo, um partidão desse!), e como isso se mistura com uma conversa que parece nunca ter acontecido, quando Dan pergunta “quando eles estão”, e ela diz que “estava esperando por ele e ele não veio”. Então, ela desaparece, e a Doctor aparece para Dan, dizendo que “não consegue segurar tudo”, e desaparece antes de puxá-lo de volta.

O Dan dizendo “It’s not me, the world keeps moving” é a coisa mais FOFA do episódio… eu o amo tanto em apenas três episódios, mais do que amei qualquer companion da era de Chibnall! Não quero me despedir de Dan… enquanto as partículas azuis continuam “caçando anomalias” e Dan salta involuntariamente de lugar a lugar, vivendo histórias, inclusive, que possivelmente nem são suas, Yaz também está perdida no tempo – no seu próprio fluxo temporal, mas nem tudo parece fazer sentido para ela. Vemos Yaz de volta ao trabalho, dentro de um carro de polícia, de uniforme e provavelmente em uma missão de observação, e a Doctor está ao seu lado, falando sem parar… mas, naturalmente, não é mesmo a Doctor que fazia parte dessa cena original. Nos retrovisores, Yaz vê um Weeping Angel se aproximando, e eu adoro a tensão que Weeping Angels SEMPRE trazem a “Doctor Who”.

Uma das melhores cenas de Yaz é certamente quando ela está jogando videogame na “sua casa”, e a Doctor aparece ao seu lado – e é o momento em que a Doctor faz algumas explicações sobre o que está acontecendo: como ela e os Mouri estão escondendo Yaz e os outros em suas memórias (passado, presente e futuro, tudo ao mesmo tempo), dentro de seus próprios fluxos temporais, onde estão camuflados, escondidos… Yaz, no entanto, acha tudo muito estranho porque, ao olhar ao redor, ela não sente que aquela é sua casa, porque, como ela diz, “os detalhes estão errados”. Se isso quer dizer que aquela é uma memória do futuro ou que o Weeping Angel que a está caçando está corrompendo sua linha temporal, difícil de saber… pelo menos por enquanto. Yaz está sendo caçada por um Weeping Angel que aparece em todo lugar, e ouvir a Doctor a instruindo a não piscar me arrepiou!

“Don’t blink!”

Também acompanhamos um pouco da história de Vinder, e como ele é o personagem que menos conhecemos, sua ação é concentrada quase toda no passado, para que saibamos de onde ele veio e, quem sabe, para onde ele vai – é interessante ver Yaz como sua comandante na primeira cena, quando ainda estávamos entendendo a dinâmica do episódio e de pessoas sendo vistas onde não estão por causa da desestrutura temporal, porque eventualmente entendemos que não era, claro, Yaz – o próprio Vinder chega a ajudar a esclarecer isso: “I remember this. But it wasn’t you”. Vemos Vinder sendo escolhido para o posto no qual o vemos no começo de “Flux”, e o vemos trabalhar para um homem de índole duvidosa que o fez fazer coisas das quais ele não se orgulha e, particularmente, eu achei bastante triste o ouvi-lo dizer que “não queria reviver” algumas partes de seu passado… e só eu que fiquei pensando que aquele homem se vestia como o Swarm?

Em paralelo, acompanhamos, ainda, a história de uma personagem nova: Bel. É ao lado de Bel que iniciamos o episódio, e ela traz algumas das cenas mais interessantes e misteriosas do episódio, com participação de antigos vilões conhecidos nossos. Primeiro, ela está no Setor dos Daleks, por exemplo, mas não são os Daleks que a preocupam, mas sim as partículas azuis que “estão vindo atrás de todos os sobreviventes do Flux”. Vemos Bel avançar em busca de algo, constantemente gravando uma mensagem a alguém que ela prometeu reencontrar, e quando ela confronta aquele grupo de Cybermen e diz que a sua missão é o “amor” (“Love is the only mission, idiot!”), fiquei pensando sobre como a Doctor ficaria orgulhosa dela! Foi muito bom descobrir, no fim das contas, quem Bel está procurando: Vinder. A última cena de ambos é de arrepiar…

…já mal posso esperar pelo reencontro.

E sinto que o bebê que ela está esperando vai ser importante!

Por fim, precisamos falar sobre a história/memória vivida pela Doctor. Quando é puxada para fora da tempestade temporal, como os demais, ela se vê em uma missão do lado de fora do Templo de Átropos, onde ela deve recuperar os reféns e fazer com que o tempo volte a correr normalmente, e está acompanhada de Dan, Yaz e Vinder (supostamente), que estão comandando a missão, uniformizados (eles estavam lindos!). Eu adorei ver os quatro trabalhando juntos (que equipe!), e é interessante como todos eles parecem mais determinados e por dentro de qualquer assunto de que estejam cuidando agora do que a própria Doctor – foi isso que me chamou a atenção e, junto com tudo o mais que estamos vivendo do ponto de vista dos outros personagens, não foi difícil notar que não eram realmente Dan, Yaz e Vinder… a Doctor só os estava vendo assim porque são rostos conhecidos.

Na verdade, como eventualmente descobrimos, estamos em algum momento do passado da Doctor – uma daquelas vidas sobre as quais ela não se lembra. No espelho, reencontramos Ruth, a Fugitive Doctor, e é muito bom vê-la de volta no papel, enquanto temos um breve gostinho do tipo de coisa que ela enfrentou – há tanto tempo enfrentando Swarm e Azura, protegendo o tempo, eu adoro como a história da Doctor é cíclica. Conforme vai começando a entender o que está presenciando, a Doctor vai ficando distraída, porque ela sabe o que fez ao jogá-los todos dentro da tempestade temporal e ela sabe o que precisa fazer para salvá-los agora, mas, ao mesmo tempo, ela não quer abrir mão daquele pedaço de história sobre a qual não se lembra e que está finalmente podendo recuperar. É parte de sua história e ela quer saber como aquilo tudo termina.

Gostei de ver a 13th e a Fugitive se alternarem enquanto enfrentam o Swarm, e ele nos traz algumas pequenas explicações sobre o que está acontecendo: uma batalha entre tempo e espaço. Aparentemente, o Flux é algo que devasta o espaço, mas o tempo também está se fragmentando e, se continuar assim, o universo pode estar condenado. No passado, a Doctor consegue trazer as Mouri de volta e isso faz o tempo voltar ao normal, e ela sabe que, se estão enfrentando o mesmo problema agora, ela pode usar a mesma solução… antes de colocar o plano em prática, no entanto, a Doctor implora às Mouri na tempestade temporal para que a deixem voltar mais uma vez para a memória de Ruth/Fugitive Doctor, dizendo que É A SUA HISTÓRIA e ela tem o direito de conhecer, mas se ela fizer isso, ela não poderá voltar… e salvar o mundo agora é mais importante…

…não é?

Assim, a Doctor consegue trazer novas Mouri de volta para acabar com o plano de Swarm – ou para atrasá-lo, de qualquer maneira. De um jeito ou de outro, o tempo volta a correr normalmente, e eu acho interessante ver a Doctor brevemente perdendo o controle, dizendo que “quer voltar”, enquanto Dan tenta acalmá-la dizendo que ela salvou a vida de todos eles. De qualquer maneira, eles não estão totalmente a salvo ainda, porque as Partículas da Força do Tempo estão por aí, destruindo tudo com que entram em contato, e a Doctor tem uma longa missão pela frente, que envolve deixar Vinder em casa, resgatar Diane, descobrir quem está por trás do Flux e, mais importante do que tudo isso, o que isso tem a ver com a Doctor… o problema, é claro, é que as coisas não estão saindo como o planejado, e o episódio termina com um Weeping Angel TOMANDO CONTA DA TARDIS.

“The Angel has the TARDIS”

Mal posso esperar pelo próximo episódio!

 

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