American Horror Story: Red Tide 10x01 – Cape Fear

Red Tide.

EITA QUE EU GOSTEI BEM MAIS DO QUE ESPERAVA. Confesso que achei um pouco desanimador quando fiquei sabendo que “Double Feature” traria, mais uma vez, vampiros, mas a estreia da temporada me deixou bastante empolgado! O visual está incrível, tem um tom soturno, sem cor, sem vida, melancólico e sombrio. “Cape Fear” traz uma boa apresentação da atmosfera e de alguns personagens, e “American Horror Story” traz de volta nomes importantes para a série, como a Sarah Paulson e o Evan Peters, e eu estou bem empolgado. Quanto aos vampiros, eu gostei do fato de não termos uma pegada no estilo de “Hotel”, que é uma temporada da qual não gosto muito, e algo que nos lembra mais filmes de terror clássico que trazem vampiros, como “Drácula” e “Nosferatu”. Foi uma boa e instigante introdução, que institui elementos e mistérios.

A ideia de “Double Feature” ainda é inusitada, e não sabemos bem como a temporada a desenvolverá. Tudo o que sabemos é que a ação se dividirá em duas partes, como se fossem “duas histórias”, uma que se passa perto do mar e outra que se passa no deserto – de alguma maneira, acredito que as histórias estarão relacionadas uma com a outra, e eu estou curioso para ver como farão isso, pode ser algo bem interessante. Essa primeira parte, intitulada “Red Tide”, se passa na cidadezinha de Provincetown e, ao que tudo indica, trará vampiros como sua principal criatura macabra. Uma segunda parte, ainda relacionada a essa não sabemos como, se passará no deserto e se chamará “Death Valley” e, a julgar pelos principais pôsteres divulgados, trará alienígenas, algo que eu espero ser trabalhado com qualidade em “American Horror Story” há anos.

Será esse o ano?

“Cape Fear” começa com uma família se mudando de Nova York para P-Town, e a construção da atmosfera é muito boa, reforçada pelas cores utilizadas em cenários e figurinos. Tudo é pálido como as histórias de vampiros sugerem que elas sejam, e os vários tons de cinza utilizados quase nos remontam a um filme preto-e-branco, o que contribui em muito para o clima buscado. Aqui, temos Finn Wittrock interpretando Harry Gardener, um escritor com bloqueio criativo que se muda para a cidade por três meses para tentar escrever o Piloto de uma série; com ele, sua esposa Doris Gardener, interpretada por Lily Rabe, que está ali para redecorar a casa na qual a família vai ficar morando durante esses três meses; além deles, a filha violinista que parece bastante macabra. E fica evidente rapidamente que eles terão que enfrentar algumas coisas sinistras na cidade.

Gostei bastante da primeira aparição do “Nosferatu” e como ele perseguiu Doris e a filha, ou então aquela aparição de várias criaturas do lado de fora da casa numa noite, enquanto a polícia parece se fazer de desentendida e as desertas ruas da cidade tornam tudo ainda mais assustador. Também temos Sarah Paulson interpretando a “Tuberculosis Karen”, uma mulher que me lembrou a mendiga de “Sweeney Todd”, e que aparece mandando Harry e a família irem embora da cidade antes que seja tarde demais. Gosto muito das personagens de Sarah Paulson, e certamente ela terá uma boa história a ser desvendada, mal posso esperar por esse momento. Outros personagens interessantes são apresentados quando Harry convida a esposa para sair e jantar fora, mas ela acaba passando mal e escolhendo ficar em casa, então ele vai sozinho até o único restaurante da cidade…

Ali, conhecemos o garoto de programa interpretado pelo Macaulay Culkin, Mickey, além da dupla de “vampiros” no karaokê, Austin Sommers (Evan Peteres) e Belle Noir (Frances Conroy), que se aproximam de Harry Gardener e o atraem para uma armadilha, fazendo com que ele lentamente passe a confiar neles… quando as coisas ficam assustadoras de verdade para a família Gardener e a casa deles é invadida por uma das criaturas que parecem o Nosferatu, Harry acaba partindo para cima da criatura e o matando a golpeadas, e agora ele presume que seja hora de ir embora dali e encontrar uma nova casa em outro lugar no qual ele possa se sentar por três meses e escrever o seu Piloto. O problema, é claro, é que ele precisa escrever o Piloto o mais rápido possível, ele está sendo pressionado para isso, e quando Austin Sommers lhe oferece uma oportunidade…

…é tentação demais para recusar.

Enquanto Harry arruma as coisas para ir embora, Austin Sommers liga para ele o convidando para ir à sua casa, dizendo que ele tem algo que vai “curar o seu bloqueio criativo”, e a curiosidade de Harry não permite que ele vá embora sem antes ver o que Austin tem a oferecer. Assim, numa pegada meio “The Matrix” ou “Limitless”, Austin oferece uma pílula preta a Harry, falando sobre as maravilhas que ela pode fazer, mas sendo bem vago em relação aos “efeitos colaterais”. Harry parece não querer “tomar uma decisão da qual não pode recuar mais tarde”, mas Austin o deixa com a pílula, e as circunstâncias empurram Harry a experimentá-la. A finalização do episódio é muito boa, e nos deixa nos perguntando o que acontecerá a Harry Gardener depois de tomar a pílula, mas parece seguro dizer que ele vai se tornar uma criatura como essas outras da cidade…

Uma maneira inusitada de se tornar “vampiro”, mas vamos ver como isso se desenvolve…

…e como isso se une à segunda parte da temporada, com o deserto e os alienígenas.

 

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