Control Z 2x07 – Control Z

Flashbacks de Luis!

Aqui estou eu, surpreendentemente, para dizer: QUE EPISÓDIO BOM! Até agora, a segunda temporada de “Control Z” não tinha me empolgado de verdade, e eu não sei se a minha expectativa baixou tanto desde a última vez em que vi a série, ou se esse foi, de fato, o melhor episódio da temporada – mas o episódio é bem-escrito e traz ótimos momentos para alguns personagens e, a meu ver, deixa claro qual é o principal problema da série: que o roteiro não tem mais história para alguns personagens e não sabe o que fazer com eles; quando “Control Z” resolve voltar a focar em Luis, por exemplo, entendemos tantas coisas e as histórias que movimentavam a primeira temporada ganham detalhes e profundidade, e é evidente o potencial que a série tem. Só precisamos deixar de lado “plots” (nem chega a ser um plot isso) como “o Pablo querendo bater no Raúl”.

Existem histórias a serem contadas em “Control Z”!

No último episódio, Sofía descobrira, no quarto de Luis, desenhos pesados que ele tinha feito dos colegas e que agora estão sendo usados pelo vingador para cumprir uma vingança em seu nome: desenhos como o de Alex toda amarrada, como de Dario e Ernesto enterrados vivos e tudo o mais… no início desse sétimo episódio, retornamos ao passado, e eu preciso dizer: É TÃO BOM VER O LUIS DE VOLTA. E, mais surpreendentemente ainda, é bom ver o Luis em uma época anterior ao bullying que ele sofria por Gerry e os amigos dele, o que quer dizer que conhecemos um Luis mais leve, que chega a sorrir enquanto faz os seus desenhos, que não tem nada de macabro como os desenhos que descobrimos recentemente… e então o vemos trocar olhares com Gerry e ele sorri, e é ali que nasce o seu crush – e, sinceramente, aquilo me doeu muito, sabendo o que vinha a seguir.

Toda a sequência de Luis e Gerry no flashback foi de partir o coração, na verdade, porque percebemos que as coisas podiam ter caminhado de forma muito diferente – principalmente sem a intromissão do pai homofóbico de Gerry. As atitudes de Gerry não são justificadas e/ou perdoadas, mas foi interessante conferir a elas um background, porque é inevitável, agora, olhá-las com outros olhos. Luis desenha Gerry e é incentivado por Alex a mostrar o desenho a ele, e Luis, em toda sua timidez e fofura, acaba se aproximando de Gerry para fazê-lo, em uma cena bem bacana entre eles na máquina de refrigerantes, e percebemos que Gerry GOSTOU do desenho. Ele estava todo orgulhoso e feliz mostrando o desenho para a mãe, então o pai solta algum comentário homofóbico sugerindo que Luis seja gay e que “é melhor ele se manter afastado”.

Dali em diante, as coisas desandam – e eu sofri como sofria na primeira temporada assistindo às cenas de Luis, ou talvez ainda mais, porque não precisava ter sido daquele jeito. Eu acho que Gerry podia ter guardado o desenho e pronto, mas ele vai devolvê-lo a Luis, o que já acaba com ele, que fica sem entender nada, e quando Dario e Ernesto chegam, descobrem o desenho e começam a provocá-lo, Gerry acaba caindo na onda do pai e dos amigos homofóbicos e se volta contra Luis, e é ali que todo o tormento começa. Ver a expressão de Luis mudar durante a cena e vê-lo sendo empurrado por Gerry quando tenta falar com ele e entender o que está acontecendo me destruíram. Talvez daí venha o título “Control Z” para o episódio, porque Ctrl + Z é o atalho para “desfazer” as coisas no computador – e queríamos ter “desfeito” aquele comentário do pai de Gerry e descoberto como as coisas fluiriam sem aquilo.

Luis poderia estar vivo ainda.

No presente, Gerry tem, também, algumas cenas importantes, e é muito difícil acompanhá-lo sabendo de tudo o que ele fez contra o Luis – por mais que agora saibamos de mais detalhes da história dele, ainda é difícil não se sentir traído quando ele vai sozinho ao cemitério para visitar o túmulo de Luis, por exemplo, embora parte de mim acredite que ele está verdadeiramente arrependido do que fez… o que, nesse momento, não é nem perto de o suficiente. Gerry também tem uma cena importante com a mãe de Luis – ele a procura e, então, conta que vai se entregar à polícia, e eu acho que é o mínimo que ele pode fazer nesse momento. Foram as melhores cenas de se acompanhar no presente, ainda mais quando o episódio nos entrega sequências inteiras do Pablo buscando o Raúl pela 87459ª vez, e depois o espancando quando o encontra…

Felizmente, Gerry chega a tempo de salvar a vida de Raúl.

Outras histórias paralelas que se desenvolvem são a de Sofía e a mãe descobrindo sobre a traição de Quintanilla, a Rosita pouco se importando com o fato de, aparentemente, ser a próxima na lista do vingador, e a Natalia e a Maria tentando filmar o pai de Javier para denunciá-lo, mas tudo sai errado: a gravação para e Javier ainda chega e vê toda a situação sem entender nada. A cena é fortíssima, e certamente o melhor plot do episódio sem ser o que está diretamente ligado a Luis. Por fim, temos Sofía errando uma predição porque, ao que tudo indica, não era Rosita a próxima vítima: mas ela mesma. Enquanto a droga começa a fazer efeito e ela está prestes a desmaiar no meio de um restaurante, ela tem vários flashes que devem ter lhe proporcionado uma epifania que, sinceramente, eu ainda não fui capaz de entender… vamos para o último episódio.

Lá, teremos algumas respostas.

 

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