Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring – Episódio 5 (Finale)

Você está pronto?

Surpreendentemente DOLOROSO, e é com uma sensação melancólica que nos despedimos agora de “Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring”. A história de Jed Pathomkan e Bible é marcante e acredito que, em suas memórias, eterna e repleta de bons momentos… mas não é uma história duradoura, tampouco isenta de um possível gosto amargo quando surgir novamente em suas mentes. Jed e Bible se conheceram e se apaixonaram em uma situação adversa e conseguiram se tornar o motivo pelo qual o outro sorria – até o momento em que eles precisaram enfrentar a realidade ou o momento em que eles precisaram ter coragem o suficiente para assumir uma responsabilidade, mas não a tiveram.

No início desse episódio final, Jed e Bible ainda estão em um bom momento… no episódio anterior, eles compartilharam o ápice da intimidade – não só física, mas também na maneira como conversaram para se conhecerem. Agora, outros internos estão celebrando um “casamento”, e o buquê jogado ao fim da cerimônia voa diretamente para as mãos de Jed Pathomkan, como se fosse um presságio de vindoura felicidade… mas não o é, não necessariamente. Ainda assim, a felicidade e a maneira como Pathomkan se importa com Jed faz com que ele queira fazer algo especial para ele, e uma ideia inusitada surge quando ele encontra Bible na sala de música e ele comenta sobre como ele já pensou em se inscrever para o The Voice.

Agora, Jed Pathomkan tem um projeto para criar um The Voice ali na prisão… eles só precisam de uma autorização para o evento, e Jed tenta consegui-la. Ele tenta a ajuda do seu ex-namorado, que trabalha na clínica, por exemplo, mas ele teria que ficar o ajudando ali, e não é exatamente o que ele quer. Felizmente, Jed consegue uma ajuda de outra maneira, quando um dos guardas o convida para se responsabilizar por um MV que tem que ser gravado ali dentro, dizendo que, se o fizer, ele consegue a autorização para a competição musical que ele idealizara. Então, Jed precisa primeiro se dedicar à gravação de um vídeo, e ele sabe exatamente quem ele quer como a ESTRELA do vídeo: ele convida Bible para ajudar, e é um sucesso.

Ele ganha até fãs.

Todo o episódio, se pensamos com calma, é repleto de pequenas dicas do que está por vir. Pequenas informações sobre quem é Bible e como ele se sente, em relação a si mesmo e ao outro, para que possamos entender a conclusão de “Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring”. Em um momento, vemos um comentário de Bible com alguma sombra de mágoa quando ele diz que Jed “vai sair antes do que ele dali”, mostrando como ele teme a eminente separação. E quando ele se torna uma “estrela” por causa do MV produzido por Pathomkan, ele fica realmente emocionado. Achei particularmente forte a cena em que Bible se aproxima de Pathomkan para agradecê-lo por mostrar que “mesmo alguém como ele pode fazer algo bom”.

Isso diz muito não sobre quem ele é, mas quem ele pensa ser e como ele se enxerga. Como ele não se vê merecedor de verdade de felicidade, de respeito ou de admiração. View tem uma conversa maldosa com Jed a respeito de Bible, na qual ele tenta colocar coisas na cabeça de Jed que o façam duvidar de quem Bible é, e em grande parte isso parte de ciúmes… dessa sensação de que ele perdeu alguém que nunca foi seu de verdade. A relação de Bible com Jed, no entanto, é muito mais sincera e vai muito além de uma conexão física. Quando Bible está chorando ao agradecer pelo resultado do vídeo e como ele está se sentindo, Jed segura a sua mão silenciosamente, e aquela é uma atitude que diz mais do que qualquer palavra que ele pudesse ter dito.

É forte e bonito.

A reta final do episódio tem dois momentos e duas possibilidades diferentes. Primeiro, nos deparamos com uma notícia aterradora de que Bible sofreu um acidente enquanto estava indo para o seu julgamento, e isso atinge Jed com uma força compreensível e dolorosa. Ele já estava sentindo falta de Bible ali ao seu lado como em todos os dias anteriores àquele, e a notícia de que ele pode talvez não voltar o pega de surpresa. Gosto particularmente do momento em que Jed Pathomkan chuta qualquer coisa que vê pela frente, porque aquela é uma tentativa involuntária de transformar a sua dor interna em dor física, para que então ele possa gritar e possa chorar. Toda a dor que ele exala depois daquele chute não é, na verdade, por causa da dor física.

Quando percebi que Bible estava no hospital e, portanto, não estava morto, eu me permiti sorrir e sentir alívio… talvez eu não tivesse ficado aliviado se eu tivesse prestado mais atenção aos sinais que nos foram entregues durante todo o decorrer do episódio. Mas naquele momento, eu estava feliz com o Jed ao lado de Bible. Com o Bible ainda desacordado, Jed se aproxima dele e se deita ao seu lado na cama do hospital, segurando a sua mão… e sem que Pathomkan esteja olhando para ele, Bible desperta e segura a sua mão de volta. Gosto da cena aqui, gosto da interação, gosto da conexão e da sensualidade que é passada através daquele beijo por causa de um gomo de mexerica… mas é o último resquício de felicidade que encontramos no episódio.

Logo em seguida, o ex-namorado de Pathomkan fala em particular com Bible para lhe dizer como ele merece ser tratado, como ele merece alguém que o ame e que se entregue por inteiro, para fazer ele questionar se ele está preparado para ser essa pessoa. Eu não sei o que é verdade e o que não é quando Bible se afasta de Jed, quando termina tudo o que eles estavam construindo dizendo que tem uma esposa e filhos fora da prisão. Pode ser que seja verdade, e por isso ele não pode se dedicar inteiramente a Jed; mais provavelmente, no entanto, ele só não esteja preparado para toda essa responsabilidade. Há um quê de covardia, mas que só ganha força de verdade porque Bible é o tipo de pessoa que duvida de si mesmo… que não se acha o suficiente.

Quem diria, não? Não é a imagem que Bible passa no início de “Winter is not the Death of Summer but the Birth of Spring”, mas é o que a série constrói no decorrer de seus episódios. É um final que parece quase abrupto, que nos faz desejar que não fosse ainda o final, mas a verdade é que as coisas foram construídas durante essa hora do episódio final para essa conclusão, e é um final sincero… doloroso, sim, mas sincero. Tanto Jed quanto Bible terminam de corações partidos, magoados, perdendo a pouca felicidade que tinham encontrado – um deles porque não se acha merecedor dela; outro porque essa felicidade lhe foi negada. Terminei o episódio com um gosto agridoce na boca, mas gostei muito mais do que imaginei que gostaria.

Foi uma boa série!

 

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