Mid-Century Modern 1x08 – Sour Pickleball
“5, 6, 7, 8”
Eu me
identifico PERFEITAMENTE com a criança gay que nunca foi bom em esportes! “Sour Pickleball” é o oitavo episódio
de “Mid-Century Modern” e traz esse
lado esportivo de Jerry, Arthur e
Bunny… da maneira mais divertida possível! Quer dizer, eles escolhem um esporte
que não é tão tradicional (mas tem cara de esporte de gente rica, sabe?) e agem
como se aquilo fosse uma grande apresentação – O QUE EU ACHO MARAVILHOSO! Eles
começando um ponto com “5, 6, 7, 8”
ou soltando um “Let’s take it from the
top” quando vão começar novamente e chamando tudo de “ensaio” e não de
“treino”. São preciosidades que tornam essa série tão fantástica!
Bunny segue
preocupado com a irmã… depois do divórcio dela, ele a convidou para se mudar
para a cidade e ajudar na loja da família, mas a verdade é que Jerry e Arthur
estão cansados da sua presença na casa quando ela passa alguns dias… afinal de
contas, Mindy é uma pessoa difícil de se
conviver. Gosto de como “Mid-Century
Modern” entrega diálogos maravilhosos em todos os momentos (a “inner bitch”
do Arthur, por exemplo!), e como o convite a Mindy para jogar pickleball com
eles acaba sendo um grande desastre
porque ela não dá certo com nenhuma das duplas com quem joga: primeiro com o
Jerry, depois com o Arthur e por fim com o Bunny.
Cada dupla é
um caos diferente e maravilhoso.
Em paralelo
à história de Mindy com os meninos, vemos uma história independente de Sybil, e
não pela primeira vez na série… se no outro episódio ela tinha saído com uma de
suas melhores amigas, aqui ela tem um
encontro – que não foi originalmente planejado para ser um encontro, mas
acaba se tornando um. E eu gosto de como essas tramas da Sybil conseguem trazer
comédia, mas também reflexão! Sybil acaba tocando piano e cantando em um
restaurante antes de um beijo, e os personagens têm um diálogo forte, sincero e
bonito no quarto de hotel para onde vão (!) sobre envelhecer… aquele é um
diálogo que vai muito além da ficção.
As partidas
de pickleball são uma prova do que Jerry e Arthur já estavam dizendo sobre não
quererem que Mindy more ali – ela faz o Jerry chorar no primeiro dia, deixa o
Arthur bravo no segundo e entra em uma guerra com o irmão na última partida. É
impossível! Mas Bunny e Mindy têm uma cena emotiva que conversa bem com a cena
da outra participação da irmã na série: ela fala sobre como tudo sempre foi
fácil para ele porque as pessoas gostam dele e ele faz amigos aonde quer que
vá, e Bunny fala sobre como as coisas não
foram fáceis para ele… na verdade, como uma criança gay, esse era seu instinto
de sobrevivência: fazer com que gostassem dele para que ele fosse aceito…
Para que ele não sofresse preconceito.
É tão
doloroso e tão real, sabe? Acho que, em muitos sentidos, “Mid-Century Modern” é uma série verdadeiramente significativa para
a comunidade LGBTQIA+. É uma comédia que traz representatividade em seu elenco,
para começar, mas trata com maestria alguns temas que nos são muito presentes
em nossa vida… tão doloroso se reconhecer em Bunny nessa fala de “se moldar
para se encaixar nos lugares” e sobre como isso é cansativo. Então, não, as
coisas não foram sempre “muito fáceis” para Bunny, como Mindy acha, e é bom que
eles se entendam no final… cada um com seus problemas e suas dores, mas eles se
amam e se apoiam mutuamente.
No fim, acho
que as coisas ficam bem… Mindy é até chamada para outro jogo.
Ah, mas não
é qualquer jogo… nem qualquer jogo de pôquer. É GAY POKER! E eu adorei!!!
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