Mid-Century Modern 1x07 – Love Thy Neighbor
“She fucked
him, right?”
Eu sei que a
frase “love thy neighbor” é uma
citação bíblica usada ironicamente para falar de uma vizinha literal nesse episódio de “Mid-Century Modern”, mas eu não posso
negar que parte de mim ainda assim queria uma referência que fosse a “The Prom” – quer dizer, os personagens
cantaram “Cell Block Tango”, de “Chicago”, no episódio passado, então
eles são gays fãs de musicais… eles certamente conhecem “The Prom”. “Love Thy
Neighbor” é o sétimo episódio da primeira temporada de “Mid-Century Modern” e traz uma novidade
para dentro da casa que Bunny e a mãe agora dividem com Jerry e Arthur: contato com os vizinhos… mesmo com
vizinhos que não são necessariamente bem-vindos ali.
Jerry é mais
comunicativo do que Bunny jamais foi (confesso que eu sou exatamente como o
Bunny, eu não sei nem o nome dos meus vizinhos), então ele começa a conversar
com os vizinhos e até mesmo convida uma delas para vir à casa em algum momento,
mas ele não sabe que Penny Newton Breene é uma deputada bastante problemática.
O Bunny pode até não saber listar as suas péssimas decisões políticas e
posicionamentos equivocados, mas eles existem! Penny é uma mulher conservadora,
daquelas que votam contra direitos básicos para qualquer minoria, mas ela é
muito mais perigosa do que parece, porque ela consegue manipular as pessoas com facilidade…
Quer dizer,
Bunny e Arthur não a querem na casa e gostariam de confrontá-la, mas ela nem
lhes dá a oportunidade, agindo de maneira inesperada e fazendo com que cada um
deles goste dela por um motivo – um cachorrinho fofo chamado Reagan (!) para o
Arthur e nudes de senadores para o Bunny, por exemplo. A noite é uma confusão
regada a muita bebedeira, dança e algumas decisões estranhas de Jerry que podem
ser atribuídas ao álcool bem como ao poder de convencimento de Penny, e por um
momento Arthur e Bunny quase se esquecem de quem é a mulher que esteve ali… até
eles a assistirem na televisão dando um depoimento extremamente preconceito e
prejudicial à comunidade…
É um
episódio curioso, que eu imagino que deve ter dividido opiniões… eu mesmo
fiquei dividido. Gosto muito de como o Bunny acaba confrontando Penny sobre
como suas decisões os afetam e afetam a pessoas de sua comunidade, e fiquei
incomodado com o Jerry tentando ser “um ser humano evoluído” falando de
compaixão e querendo dar apoio a Penny em um momento difícil apesar de tudo… eu
não consigo fazer o mesmo. Mas eu gosto de como o episódio não tem uma solução
utópica de “Penny mudou seu voto em uma decisão importante por causa do que
Jerry falara”. Quer dizer, ela muda o voto, mas porque Arthur tinha o celular
de Jerry com fotos da Penny com cintaralho e, portanto, material para chantagem…
Sinto muito,
mas é a única maneira de lidar com gente como a Penny.
Eu AMO o
quanto o Arthur pode ser ICÔNICO.
Em paralelo,
temos uma história muito boa para Sybil que está saindo para comer com a sua
melhor amiga. Eu gosto de como “Mid-Century
Modern” explora o humor de pequenos momentos como uma sitcom clássica, e Sybil e a amiga entregam cenas maravilhosas,
tanto se provocando em diálogo ou se desafiando naquela sequência em silêncio
que culmina em uma mostrando o dedo para a outra de modos criativos… e a trama
ainda fecha com um quê de sentimentalismo muito bonito, quando elas reforçam a
amizade e entendem “por que estão brigando tanto”, bem como valorizam os seus
filhos gays, que sempre estão ali para cuidar delas, apesar de tudo. É
curiosamente bonito, e muito bem-vindo!
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