Tengo Que Morir Todas las Noches 1x06 – Londres
Resultado.
Com pequenos
momentos de alegria, conexões sinceras e, eventualmente, melancolia, “Londres” é o sexto episódio de “Tengo Que Morir Todas las Noches” e
começa nos enganando brevemente: vimos Arti ser esfaqueado pelas costas por uma
pessoa misteriosa no fim do episódio anterior, e esse episódio começa como se
fosse o funeral do Arti no El Nueve, o que nos enfurece e nos angustia, mas,
felizmente, ARTI NÃO ESTÁ MORTO. Descobrimos Arti no hospital, se recuperando
da facada, enquanto diferentes pessoas começam a tentar descobrir quem está por trás desse ataque… Memo
confronta o irmão, por exemplo, mas Rogelio garante que não tem nada a ver com
isso, e ele realmente não tem: até então, ele não sabia do ataque…
E até ele
começa a investigar.
Elena, a
melhor amiga de Carlo com quem ele se casou há muitos anos e com quem tem dois
filhos, em um “acordo” que eles têm, está com medo… parte dela gostaria de ir
embora com Carlo para algum lugar distante, antes que ele seja o próximo a ser
atacado – talvez seja a hora de fechar o El Nueve e abrir um restaurante em
outro lugar. Mas não é o que Carlo quer, nem o que ele vai fazer… o El Nueve é
mais do que um bar, ele é UMA CASA, e nem Carlo nem Arti vão deixá-lo para
trás. É um alívio ver o Arti voltando para casa, ainda que ele não esteja
inteiramente recuperado, e é bom saber que o El Nueve vai sobreviver. Por
enquanto, apenas para festas particulares porque não estão autorizados a abrir
para o público, mas em breve estarão.
Não é
realmente tão difícil assim descobrir quem está por trás do ataque… Sandoval
está tentando abafar o caso como pode e acusar alguém: um bode expiatório que
leve toda a culpa e tire qualquer suspeita sobre ele, e ele quer que Rogelio o
ajude nisso, alegando que Rogelio também poderia estar ferrado porque foi ele
quem plantou a droga no El Nueve no outro dia. Também descobrimos que Sandoval
buscou Nova oferecendo dinheiro em troca de ela colocar cocaína no bar, e ela
aceitou porque descobriu um médico que pode fazer a sua transição e, por isso,
ela precisa de dinheiro… muito dinheiro. Em uma cena forte e surpreendente do
episódio, vemos Carlo e Nova enfrentarem Sandoval no meio da rua, com uma
pequena surra e ameaças.
A mensagem
está clara.
Minha parte
favorita do episódio fica para o refúgio no qual Mauro ajuda, e no qual Alonso
também ajudava antes de sua morte… é sobre esse refúgio que o Memo quer
escrever em sua próxima crônica – carreira essa de cronista que o seu professor
na faculdade o incentiva a seguir. Eu gosto muito de ver que Sara está se
permitindo despir-se de seus preconceitos desde a doença e a morte do filho, e
é boa a cena na qual ela entrega para Mauro as roupas que ela queria doar e a
igreja não quis aceitar, mas que certamente serão de grande ajuda no refúgio…
Mauro diz, inclusive, que ele pode levá-la lá um dia se ela quiser, e ela
realmente aparece… quando o Mauro está mostrando o lugar para Memo em sua
primeira visita, Sara também chega.
Curiosamente,
amo o desenvolvimento dessa personagem!
Sinto que há
um tom inegável de despedida entre Memo e Blas durante grande parte do
episódio. Há algo de íntimo e romântico na maneira como Blas diz a Memo que não
precisava ler a sua crônica para saber que ele não estava envolvido na batida
no El Nueve, e os dois compartilham um beijo no lugar de revelação de fotos da
faculdade, onde eles se conheceram há algum tempo. Mas é um beijo íntimo e
romântico que dura pouco. Blas sabe que está indo embora, e ele eventualmente
conta isso para Memo: ele vai para Londres dentro de duas semanas, e ele não
planeja voltar. Mas ele entrega para Memo uma fita que gravara de presente para
ele, em que cada música faz com que ele se lembre de um momento diferente
deles.
Tão bonito
como Blas diz que o ama… não da maneira como Memo queria que ele o amasse, mas
ele garante que o ama à sua maneira. E de fato o ama. Aquele tom de despedida e
de pesar pela partida de Blas para Londres é quase uma brincadeira perversa se
pensamos na conclusão do episódio e do que deve vir pela frente, porque ele
finalmente vai ao hospital buscar os resultados dos exames que fizera, e então
ele descobre que o seu resultado é
positivo. A última cena do episódio não precisa de diálogos: toda a força
da cena está na expressão de Blas, na maneira como ele entrega o resultado para
Glória e então desaba em lágrimas e, também sem dizer nada e com a cabeça a
mil, Glória o abraça. UMA CENA TÃO REAL E TÃO DOLOROSA.
Para mais
postagens de “Tengo Que Morir Todas las
Noches”, clique
aqui.
Visite também nossa página: Produções
LGBTQIA+
Comentários
Postar um comentário