Vale o Piloto? – Overcompensating (Muito Esforçado) 1x01 – Lucky
Um besteirol LGBTQIA+ delicioso!
EU NÃO SEI
NEM POR ONDE COMEÇAR, MAS ISSO AQUI ESTÁ PERFEITO! Eu fiquei interessado em “Overcompensating” desde o seu anúncio,
e ela estava na minha lista com eu contando os dias para a sua estreia há algum
tempo, mas não sei se eu estava realmente preparado para o que eu recebi nesse
Piloto. “Lucky” é um episódio
sensacional, profundamente divertido, absurdo e caótico, e uma apresentação
incrível aos personagens que acompanharemos ao longo da série… eu já estou
completamente apaixonado pelo Benny e pela Carmen, torcendo muito para o
romance do protagonista com o crush
por quem ele acabou de trocar de aulas, e babando pelo Pete (embora eu seja
meio apaixonado pelo Adam DiMarco desde “The
Magicians” e “The White Lotus”,
então…).
“Overcompensating” é uma comédia
escrachada, no melhor estilo besteirol dos anos 2000, tipo “American Pie”… mas o protagonista é um jogador de futebol
americano gay que acabou de chegar à faculdade e agora é a hora na qual ele
precisa decidir se ele vai continuar fingindo, como tem fingido há tanto tempo,
ou ele vai ser quem é e viver o que quer viver. Acho que o que torna “Overcompensating” tão bom já de cara é
o quanto ela é destemida… e não necessariamente por seus homens (gostosos)
pelados ou por seus diálogos, mas pela energia caótica e porque a série não tem
medo de ser ridícula. O “propositalmente ridículo” entrega um quê de desconforto
e constrangimento que funciona brilhantemente para a comédia, e um absurdo
delicioso.
Eu dei
tantas risadas gostosas assistindo a essa estreia!
A série
começa nos apresentando ao Benny na infância, quando ele ficou voltando
inúmeras vezes uma cena de “George, o Rei
da Floresta” só para ver o Brendan Fraser seminu, e é hilário que ele
estivesse fazendo isso na frente dos amigos entediados em uma festa do pijama,
e sua alternativa para esse filme é assistir
a clipes da Britney Spears. Quer dizer: MARAVILHOSO DEMAIS! É esse Benny
que encontramos no início da vida adulta quando ele vai para a faculdade, ainda
dentro do armário… e, ao seu redor, temos uma galeria tão fantástica de
episódios: Grace, a irmã mais velha escrota; Peter, o namorado da irmã que é um
gato e só pensa em sexo; Carmen, uma das minhas personagens favoritas; Hailee,
a colega de quarto hilária; e o crush à primeira vista.
Benny é um
bom personagem. Eu não sei como ele vai ser desenvolvido ao longo da temporada,
mas esse primeiro episódio me fez amá-lo mais do que eu podia esperar. Tem algo
de naturalmente engraçado nele, e o carisma está no ponto certo… consigo torcer
por ele. Amo pequenos detalhes como a sua interação com o grupo LGBTQIA+ da
escola, e se eu pensar demais sobre Benny eu acabo sofrendo, porque a verdade é
que a sua história é triste – há quanto tempo ele está fingindo ser quem não é
para agradar aos demais? Mas essa é justamente a história de “Overcompensating”, e eu estou bem
ansioso para ver como é que isso vai se desenvolver… e eu sei que é uma grande
comédia escrachada, mas não quer dizer que não dá para tratar bem esse
desenvolvimento.
Eu não
esperava gostar tanto de Carmen quanto eu gostei, e eu termino o primeiro
episódio dizendo que, ao lado de Benny, ela é minha personagem favorita – e tem
tanta coisa a ser desenvolvida com ela também! Na verdade, assim como Benny,
Carmen está fingindo… ela está fingindo que os pais se importam com ela, quando
eles não estão nem aí; está fingindo que ainda tem um namorado na cidade de onde
veio, quando ele claramente não liga para ela; e está fingindo que é como a
Hailee e as outras garotas que só querem transar no primeiro dia, quando ela
não sabe se é isso o que ela quer. Carmen me conquistou como audiência em um
episódio, e eu tenho certeza de que ela tem boas histórias a contar: sozinha,
com Benny, com Hailee…
Em uma série
de comédia, duas coisas são fundamentais: os personagens por si só e a dinâmica
entre eles. Se a dinâmica entre os personagens é boa, a série consegue extrair
comédia, e “Overcompensating” mostrou
que sabe fazer isso. Amei as interações entre Benny e Carmen, desde a
primeiríssima, durante a orientação do primeiro dia, na qual eles se voltam um
para o outro para fugir de “pessoas estranhas”, e acabam descobrindo alguma
sintonia. Não há nada de realmente romântico
ali, mas deve ser o começo de uma amizade importante. Mas, é claro, existe toda
a pressão de “transar no primeiro dia de faculdade”, porque, aparentemente,
isso define como serão os seus próximos anos… popular e tudo o mais, ou mais um
no clube de improvisação.
Para
facilitar esse “sexo do primeiro dia”, temos algumas festas, primeiro no quarto
de Carmen e Hailee, depois uma de veteranos para a qual Benny é convidado por
Peter… e Carmen e Benny protagonizam cenas TÃO MARAVILHOSAS juntos. O beijo
deles é absurdamente estranho, por exemplo, e eles saem da festa e roubam um
carrinho de golfe para voltar para o quarto de Benny, e esse talvez seja O
MOMENTO QUE MAIS ME FEZ RIR NO EPISÓDIO! É tão bom os dois bêbados achando que
estão em uma velocidade absurda e depois a gente vendo o carrinho numa
velocidade assombrosamente lenta passando atrás de outros estudantes… eu amo
quando a série consegue nos arrancar risadas tão sinceras com coisas tão
simples: é assim que se faz comédia!
Gosto demais
de como a série tem o estilo dos besteiróis e consegue mesclar um pouco de
sensualidade, corpos seminus deliciosos (o Benny é um grande gostoso, não é?) e
comédia. Vide a cena na qual Benny não
está conseguindo subir e corre para o banheiro, e finalmente tem sucesso,
pensando em um beijo (quase beijo?) em um carro ainda na escola, em “George, o Rei da Floresta” e no crush da faculdade reencenando uma cena de “Georgie, o Rei da Floresta”… a cena do
Benny correndo de volta para o quarto é excitante e engraçada, mas nada me
preparou para A CHEGADA DE TREY! A entrada do Trey, o colega de quarto de
Benny, é a segunda melhor cena do episódio e TUDO aqui me fez rir: a
naturalidade de Trey com aquilo tudo, a cara do Benny, os comentários depois…
Benny e
Carmen têm tudo para ser excelentes amigos. Depois de não fazerem sexo na primeira noite (mas todo mundo pensar que eles
fizeram, então fica tudo bem), eles passam a noite conversando, se conhecendo,
rindo… e é fofo. Carmen dá um passo importante deixando de seguir o agora
ex-namorado no Instagram. Benny, por sua vez, dá um passo importante no dia
seguinte, no dia da sua primeira aula. Preso na aula de Economia e no fundo
sabendo que ele não quer ficar ali pelos próximos 4 anos, Benny encara a
entrada enganada do seu crush na sala
como um sinal de que ele precisa
fazer alguma coisa, tomar uma decisão por
sua conta pela primeira vez, então ele se levanta e vai embora… E TROCA DE
AULA. Com um episódio, e eu estou rendido!
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