Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 8) – É Pra Você!

“Tarô não é sempre literal. É um rolê de simbologias. A carta da morte não significa morte. Significa uma novidade, uma mudança importante. Uma grande virada na vida! Que pode ser boa… ou ruim”

[…]

“A mudança profetizada pode ser uma morte. Não. Errado. Não é ‘pode ser’. Será uma morte!”

 

SERÁ QUE TEREMOS MESMO UMA MORTE NA TURMA?! “É Pra Você!”, de fevereiro de 2022, é a oitava publicação da terceira série da “Turma da Mônica Jovem”, e o segundo capítulo do arco iniciado na edição anterior, “Uma Luz Que Se Apaga”. Nessa nova edição, o mistério e o suspense crescem, enquanto a Morte segue rondando o Bairro do Limoeiro, com a promessa de que alguma vida chegará ao fim em breve… e essa será uma grande mudança para todos. Além da trama principal, a edição conta com outras duas histórias curtas: primeiro, “Verdade ou Consequência”, protagonizada pelas brigas entre Mônica e Denise na gravação de um podcast; depois, “Florescer do Coração”, em que Ramona e Viviane seguem tendo dificuldade para se entenderem.

O novo capítulo de “Uma Luz Que Se Apaga” já é menos introdutório e mais claro sobre os rumos que a história está tomando… todo mundo está chamando a festa de retorno às aulas de “Festa da Morte”, por causa da leitura de Ramona, mas Denise tenta tranquilizar todo mundo dizendo que a Carta da Morte não quer dizer, necessariamente, morte, mas uma grande mudança – em parte, é isso o que a narração vem dizendo desde o início do arco: uma coisa precisa morrer para que outra comece… e coisas chegam ao fim o tempo todo. A parte sinistra da trama está no fato de que a Morte em pessoa está rondando o bairro e parece certa de que vai levar alguém… inclusive, nesse capítulo, ela quase é bem-sucedida em levar com ela o Cascão.

Acontece que o Cascão está muito abalado com a distância de Maria Cascuda. Ter a namorada distante em um intercâmbio é difícil para ele, mas tê-la supostamente por perto enquanto ela o evita é ainda pior, e o retorno inesperado de Cascuda o pegou desprevenido – e ela foi extremamente fria com ele. Agora, ela não atende aos seus telefonemas nem responde às suas mensagens. Cascão está cada vez mais angustiado, e é então que ele começa a correr perigo, porque ele é provocado pelo Toni para participar de uma tal Corrida Fantasma, que é um percurso perigoso de parkour que já fez com que muitas pessoas se machucassem. Mas, sendo chamado de covarde, Cascão acaba caindo na onda – tal qual Marty McFly sendo provocado por Needles.

Toda a sequência da Corrida Fantasma é de tirar o fôlego, e gosto de como a “Turma da Mônica Jovem” inclui a ação em suas páginas! Funciona muito bem! Temos um Cascão quase fora de si, transtornado, e a Morte está ali esperando por ele no salto mais perigoso do percurso, o salto do qual ninguém conseguiu o dissuadir – até que o seu telefone toque e, do outro lado da linha, está Cascuda. É só quando Cebola lhe fala da ligação que o Cascão para, bem a tempo de não morrer, e percebe a burrice que ele estava prestes a fazer. Mas a conversa com Cascuda é profundamente desconcertante… afinal de contas, ela fala sobre como ainda está no intercâmbio, como era o planejado. E se ela está lá, quem foi que ele viu no dia anterior?

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!

Mais uma vez, respostas ficam para o futuro… com essas perguntas levantadas e tempo para teorias, a edição passa para a sua próxima história. “Verdade ou Consequência” é uma história curta na qual os alunos do Colégio do Limoeiro são convidados a criar um podcast como trabalho bimestral, e quando Mônica e Denise se juntam, as coisas podem ficar bem complicadas… afinal de contas, ambas são ótimas, mas ambas são geniosas, e elas não conseguem entrar em acordo nenhum. Magali, Cebola e Luca ficam no meio dessa confusão, e também fica pesado para cima da Magali, que acaba se estressando e dizendo umas verdades para a Mônica – mas a edição faz com que elas riam da confusão no fim das contas, peçam desculpas e se abracem…

Amizade é isso, né?

Por fim, temos “Florescer do Coração”, uma história protagonizada por Ramona, enquanto ela tenta mostrar para a mãe, mais uma vez, que ela não se interessa por magia… ainda que seja filha de Viviane, a Bruxa da Lua, Ramona se interessa muito mais por botânica, como seu pai, Acácio Félix, e é durante uma visita sua ao Jardim Botânico do Limoeiro, com o Xaveco, que esses mundos colidem. A história é breve e simples, mas talvez traga uma leitura sobre o que esse segundo arco parece querer abordar, que é essa relação entre gerações… Viviane não fez nada por mal e estava tentando impressionar a filha com algo de que ela ia gostar – não quer dizer que ela tenha feito da maneira certa, mas ela estava tentando. É uma questão de aprender a se entender…

Assim como o Cascão tem que aprender a entender os pais.

Bem típico da adolescência, não?

 

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