Glee 3x06 – Mash Off
“I wish nothing but the best for you
too”
ALGUNS DOS MELHORES MASH-UPS DE
TODA A SÉRIE! Exibido originalmente em 15 de novembro de 2011, “Mash Off” é o sexto episódio da
terceira temporada de “Glee” e traz o
que eu considero a apresentação mais poderosa das Troubletones, ao som de um
mash-up de músicas da Adele, em um momento de carga dramática muito bem
explorada. Novamente, temos um episódio INCRÍVEL, que tenta fazer com que os
New Directions e as Troubletones compitam entre si, com a aproximação das
Seletivas, mas de uma maneira amigável, de uma maneira que incentive ambos os grupos a explorarem o que eles têm de melhor,
para fazer uma grande apresentação no palco… pelo menos essa é a ideia original
de Will Schuester e Shelby Corcoran.
Gosto de como a saída de Mercedes
e, eventualmente, de Santana e de Brittany do New Directions não significou
nenhum drama desnecessário entre os adultos… Shelby vai conversar com Will na
sala dos professores e diz que manteve sua palavra de não tentar recrutar
nenhum de seus alunos, e Will sabe que ela não tem nada a ver com isso, e que a
culpa da saída das garotas é sua, na verdade… essa parceria é ESSENCIAL para
funcionar como exemplo da relação que eles esperam que os jovens mantenham: de
respeito e de competição saudável. Assim, eles se unem para passar uma tarefa
em conjunto e instituem uma competição de mash-ups,
dando um exemplo: o mash-up de “You and I” da Lady Gaga com “You and I” do Eddie Rabbit e Crystal
Gayle é PERFEITO.
Tudo, absolutamente TUDO,
funciona perfeitamente nesse mash-up.
Facilmente um dos meus favoritos
na série.
O mash-up perfeito e a proposta interessante de competição, no
entanto, não são o suficiente – os jovens estão em guerra! Santana e Finn estão
em uma guerra declarada porque Finn aparentemente está cansado das ofensas
contínuas de Santana, e os dois convocam seus respectivos grupos para um jogo
mortal de queimada que é uma demonstração de selvageria… seria cômico, se não
fosse trágico (mas é um pouco cômico, sim). Aqui, os grupos entregam um segundo
mash-up, com “Hit Me With Your Best
Shot” e “One Way or Another”,
duas músicas que funcionam muito bem juntas e são a trilha sonora perfeita para
aquele jogo sem regras… ou com uma regra apenas: não morra. No fim, é pedido que Santana baixe a bola um pouco… até por Mercedes.
Esse cruel jogo de queimada
também tem influência na candidatura de Kurt Hummel à presidência na escola. Ao
fim do jogo, ele está horrorizado e falando sobre como essa é a maneira como os outros os tratam, não como eles
tratam uns aos outros, porque são melhores do que isso… e isso reflete
diretamente no seu discurso na quadra, naquela cena absurda (que me arrancou
risadas). As promessas e/ou propostas dos candidatos são puro caos, equivocadas
de todas as maneiras, e Kurt é o único sensato com ideias reais e que se
importa. Ele fala sobre bullying, ele
associa isso à queimada dali que parece um apedrejamento e propõe banir o jogo
do McKingley High. E é só ali que Rachel entende por completo: ela não precisa e não pode ser presidente…
Tem que ser o Kurt.
Por isso, ela retira sua
candidatura e pede votos ao Kurt. É bom
vê-los fazendo as pazes!
Em paralelo, acompanhamos o Puck
apaixonado por Shelby (“Hot For Teacher”)
depois de um único beijo que ela lhe diz que foi um erro, e eu particularmente
não me interesso muito por esse possível romance… mas acho interessante como
isso reflete nos planos frustrados de Quinn para tentar tirar Beth de Shelby, e
Puck acaba contando a verdade eventualmente, o que muda por completo a relação
de Shelby com Quinn: ela tinha lhe dado uma chance, ela queria que Quinn
fizesse parte da vida de Beth, mas não dessa maneira… a cena em que Quinn vai
toda dissimulada ao apartamento “para ver Beth” e Shelby lhe diz umas verdades
necessárias é poderosa, porque não é porque ela esteja “menos fantasiada” que
ela está “menos perdida”.
Toda a briga de Finn e Santana
acaba saindo de controle… é verdade que a Santana é bem cruel com todo mundo
(seria impossível conviver com ela, mas é maravilhosamente divertido assistir),
mas isso não dá ao Finn o direito de fazer o que ele fez, porque NINGUÉM
deveria ser retirado do armário fora do seu tempo por outra pessoa. Santana é
perversa, sim, no seu “pedido de desculpas”, que parece qualquer coisa menos um pedido de desculpas
propriamente dito, mas quando a Santana está se afastando, o Finn a chama de
volta e pergunta por que ela não sai do
armário, dizendo que ela é covarde e tem medo do que ela sente por Brittany
e medo de a Brittany não retribuir o seu sentimento. Santana fica imóvel
ouvindo.
Eu fico com raiva do Finn, sim,
mas isso não seria uma novidade. Eu não acho que a Santana não mereça, vez ou
outra, uma resposta por todas as coisas que ela diz, mas ela não merecia ter a
sua sexualidade exposta no corredor, na frente de todo mundo, porque qualquer
um pode ouvir – e é o que acontece. É doloroso o momento em que ela é chamada
para a sala de Sue, onde também estão Will e Burt, porque eles descobriram um
vídeo de campanha contra Sue Sylvester no qual, para atacar a Sue com os
conservadores que a apoiam, Santana é retirada do armário para o país inteiro: nem com a família dela ela conversou ainda.
Santana sai daquela sala arrasada e, como uma pessoa LGBTQIA+, eu me sinto também
arrasado por ela.
O mash-up do New Directions acaba sendo inexpressivo perto do que
vemos a seguir. Eles se apresentam com um mash-up
de “I Can’t Go For That (No Can Do)”
e “You Make My Dreams”, que é
competente, mas não tem toda a força do mash-up
das Troubletones, que trazem “Rumour Has
It” e “Someone Like You”. Essas
músicas da Adele são incríveis (ri tanto com a Sugar e seu “I sound just like her”), as meninas estão no auge de seu talento,
e toda a carga dramática conferida à cena pelo que acabou de acontecer com
Santana a deixam ainda mais impactante e marcante. É uma das melhores e mais
intensas cenas da terceira temporada, e Santana termina a apresentação partindo
para cima de Finn porque o vê fazendo comentários com Rachel durante a apresentação…
Uma cena fortíssima. Um episódio
fortíssimo. Um espetáculo!
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