Último Capítulo de “A Usurpadora” (24 de Julho de 1998)


“Te quiero, Paulina. Te necesito, vida mía”
Há EXATOS 20 ANOS, "La Usurpadora", a novela de grande sucesso, chegava ao fim. É tão bom saber, no entanto, que o “último capítulo” de A USURPADORA não é mesmo uma despedida da novela e dos personagens ainda, afinal temos “Mas Allá de… La Usurpadora” como uma espécie de epílogo, o que é uma ideia interessante a qual outras novelas poderiam aderir. Ainda assim, é um sentimento de que o ciclo está se fechando, e as tramas ganham resoluções, a não ser, talvez, pela pobre Estefanía, que acaba internada em um hospital psiquiátrico. No restante, o principal intuito do capítulo é que Paulina Martínez enfim supere o fantasma de Paola Bracho, que ainda estava entre ela e seu amor por Carlos Daniel, e aceite-o de uma vez por todas. E, assim como vemos em “Marimar” e em “Maria Mercedes”, ambas de Inés Rodena também, a novela termina com o CASAMENTO dos seus protagonistas… só não é o caso em “Maria do Bairro”.
Vamos falar de Estefanía… é através de Willy, que está na prisão, que ela descobre que Fidelina é sua mãe (!), e ela sai da prisão atordoada, gritando “¡Fidelina no es mi madre!”, e chora pela rua antes de obrigar-se a voltar à Mansão Bracho. Uma vez lá, ela confronta Fidelina e Vovó Piedad, e quando pergunta “Contéstame, Fidelina, ¿es verdad?”, Fidelina tenta manter o segredo consigo, mas Piedad diz que passou o momento das mentiras. O desprezo que Estefanía sente não é por Fidelina ser uma empregada na casa, mas pelo sentimento de ter sido “abandonada” por sua mãe quando precisou tanto dela em tantos momentos difíceis de sua vida. Portanto, com os desabafos feitos, as duas se abraçam de forma emocionante, mas não é um final feliz para Estefanía. Tendo em vista todos os traumas e sofrimentos que Willy infligira a ela, ela perde a razão.
Surtando, Estefanía acaba em um hospital psiquiátrico.
Um fim cruel para a personagem, se fosse realmente o seu fim.
O restante do último capítulo é focado em Paulina Martínez e Carlos Daniel. Ela começa no seu casamento com Edmundo Serrano, e então se detém e diz que não pode fazer isso: “Perdóname, Edmundo, pero… no puedo engañarte”. Ela chora, o abraça e pede que ele a perdoe, mas sabe que nunca vai amá-lo. Sem saber que o casamento está sendo cancelado nesse exato momento, Carlos Daniel sofre sozinho em sua casa, lamentando-se: “A esta hora ya debe ter se casado con Edmundo Serrano. La perdí. La perdimos todos”. Mesmo que tenha desistido desse casamento, Paulina ainda não pensa em se entregar a Carlos Daniel, ainda que sua amiga lhe diga que, nem que seja pelos filhos, ela devia fazê-lo. Paulina tem vontade de viver esse amor, não apenas por Carlitos e Lisette, mas ela ainda quer deixar que a memória de Paola Bracho a impeça.
Mas Carlos Daniel não permitirá.
Quando a Vovó Piedad lhe conta que o casamento não aconteceu (me pergunto como ela soube!), a felicidade dele está estampada em seu rosto, e ele toma uma atitude, e toca a campainha da casa de Paulina justamente quando ela estava revivendo as últimas palavras de Paola, que pediam para que ela ficasse com Carlos Daniel. Então, com a impactante trilha sonora tema da novela, ele entra na casa dela, certo de que se ela não se casou, só pode ser por um motivo. “Vine porque sé que no se casaste con Edmundo Serrano. Y se no lo hiciste fue por…” Ela, no entanto, está determinada a seguir relutante e irredutível, mas dessa vez ele está igualmente determinado, e QUER CONVERSAR. Diz coisas como “Lembra-se de quando nos vimos pela primeira vez? Que impressão lhe causei?”, e ela diz que o achou nobre, bom e que estava sendo enganado injustamente.
Ele sorri.
Paulina é quem insiste em trazer Paola para a conversa (embora Carlos Daniel afirme que “Hace mucho tiempo que deje de querer a tu hermana. Tal vez no la quise nunca”), mas Carlos Daniel quer falar sobre eles, sem nada entre eles. Diz que a ama e faz uma linda declaração de amor, e o que eu queria fazer nesse momento era gritar: “ESCUTA ELE, PAULINA!” Mas ela ainda reluta. Mesmo com falas como “Te quiero, Paulina. Te quiero, Paulina. Te necesito, vida mía”, ela reluta. Até que ela finalmente sucumbe – ele diz que lhe daria os dias que ela quisesse para estar de luto pela irmã, mas queria saber se ele podia ter esperanças, se um dia ela poderia amá-lo, e ela diz que SIM. Se entrega, diz que o AMA, e diz que só não se casou com Edmundo Serrano porque “só pode amar a ele”. FINALMENTE. A emoção da Vovó Piedad vendo os dois juntos é a mesma nossa…
Mas vamos dizer: A VOVÓ PIEDAD É UMA FOFA! A felicidade tão pura e sincera, e a maneira como ela os abraça quando Paulina diz que eles vão se casar, com um sorriso feliz no rosto… o casamento é rápido, mas esbanja em emoção. Com a trilha forte e emocionante da abertura e a Paulina LINDA, a cerimônia ainda conta com uma oração fofinha do Carlitos: “Obrigado, Deusinho, porque meu papai e minha mamãe vão estar juntos sempre. Eu vou me comportar bem, porque quero que os dois se sintam orgulhosos de mim. As crianças precisam de seu papai e sua mamãe juntos. Amém”. Então, com poucas falas, mas muita expressão, Paulina Martínez e Carlos Daniel se casam, E AQUILO É LINDO. Embora eu seja mesmo um romântico incurável. A última cena da novela é do lado de fora da igreja, com um beijo apaixonado do casal…
Que venha “Além da Usurpadora” agora!


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