Reverie 1x08 – Despedida



Reverie por amor…
É engraçada a SENSAÇÃO BOA que uma música em português na trilha sonora nos causa. Tudo bem que o Reverie de Pilar Simonet se passa no Chile, em 1973, então não entendo bem o motivo da música em português na introdução, mas de todo modo é incrível. Gosto de como os reveries estão crescendo, de como conseguimos, cada vez mais, nos afeiçoar aos personagens que conhecemos apenas por uma semana, e a história de Pilar me emocionou demais. Pilar é uma senhora com câncer de pulmão, vivendo uma vidinha sem graça, internada sem família em uma clínica – de alguma maneira, ela consegue um tablet para se refugiar em um Reverie onde está de volta à sua juventude, há 45 anos, e ela parece feliz. Mas querem tirá-la de lá porque ela não está fazendo exercícios, se alimentando ou indo aos tratamentos a que deveria comparecer, e isso é prejudicial à sua saúde!
Mara acaba entrando no programa para salvá-la porque, caso ela não saia de lá nas próximas 24 horas, os responsáveis por ela a transferirão para um outro lugar do governo que é uma verdadeira prisão. Ao chegar no Reverie e vê-la dançar como uma moça jovem, Mara quase se emociona, e explica o porquê de ela precisar sair… ela, no entanto, se recusa a partir, pois VAI VIVER SUA “SEGUNDA CHANCE”. Mara Kint investiga para tentar entender qual é o seu objetivo em seu Reverie, chegando a Sacros, uma banda do Chile cujo álbum, que devia ser lançado em 1973, nunca foi lançado – duas coisas marcam o Reverie de Pilar, e são as suas relações com as pessoas: com uma garotinha em uma espécie de orfanato, e com Joaquin, que pode ter sido o amor de sua vida… mas um amor que ela nunca teve a chance de viver de verdade.
“I understand it now. You bult the Reverie because of Joaquin”
Mas as coisas não são tão simples assim – Mara é descuidada ao pular para conclusões com base em tão pouco. Depois de ver Pilar beijando Joaquin no Reverie e de descobrir, com a ajuda de Dylan, que Joaquin foi um líder revolucionário que morreu em um combate naquele mesmo ano, Mara imediatamente conclui que Joaquin era o homem que Pilar amava e com quem nunca pôde estar, por isso está buscando uma chance de viver esse amor. Assim, ela muda toda a história, traz Joaquin para Pilar, e, ao fazê-lo, ARRUINA TUDO. É a vez em que Mara atua pior, de todas as vezes, e fica muito claro o motivo no fim do episódio. Ao ver Joaquin, Pilar o expulsa, diz que ele precisa estar “liderando o movimento”, mas já é tarde demais: o governo chileno aparece, prende Pilar e leva as garotas do orfanato embora… para o desespero total de Pilar.
Ela não estava ali por Joaquin. Estava ali pelas garotas.
Na vida real, Pilar SALVOU A VIDA daquelas meninas, enquanto os soldados estavam ocupados com o protesto liderado por Joaquin, e era isso o que ela queria reviver – essa sensação de que sua vida tinha um propósito. Ela só queria salvar aquelas meninas mais uma vez, mas, graças a Mara, ela não pode mais. Assim, Mara vai visitá-la, reencontra todas as memórias do Chile 1973 em seu quarto, e decide entrar novamente no Reverie: ela precisa consertar o que estragou. Assim, Mara ajuda Pilar a salvar aquelas garotas, e é uma cena bonita, triste e emocionante – na hora de ir embora, Pilar não consegue, prefere ficar, porque nunca soube o que aconteceu com aquelas meninas, nunca pôde reencontrá-las. Mara explica que elas não são as garotas de verdade, aquelas que ela amou e salvou, mas apenas “fantasmas digitais”, ecos de uma memória…
Por isso, Pilar acaba dizendo “Exitus” e deixando o programa.
De volta à sua “vidinha chata” de antes, foi de partir o coração ver a Pilar daquela maneira – e então Mara vem visitá-la, e o episódio ganha uma CARGA EMOCIONAL ainda mais significativa. Já é lindo que Mara vá vê-la, já é lindo o sorriso de Pilar ao recebê-la, mas Mara ainda traz Elvia, uma das garotas que ela salvou há 45 anos, E QUE CENA PERFEITA! Chorei bastante assistindo, porque tudo foi tão tocante. Pilar, velhinha, chora de emoção, e Elvia ainda traz a neta, cujo nome é Pilar, em sua homenagem – ela também traz uma série de fotos de sua família, que mandou “agradecê-la”, porque nenhum deles estaria ali se não fosse por Pilar, que salvou a vida de Elvia há tantos anos. Certamente, uma das finalizações mais BONITAS das histórias semanais de “Reverie”. Entra, também, para as minhas favoritas, ao lado de Glenn e Ehmet.
Outra trama importante do episódio foi Paul preocupado com o fato de que reveries não deveriam deixar marcas no mundo real, e enquanto ele tenta entender o porquê de isso ter acontecido com Mara, ele convence Alexis a pedir a ajuda de Oliver, por mais que ela não queira falar com ele… ele tem um pequeno surto ao perceber que Alexis deu o código deles ao exército (!), mas ele tem um plano muito maior em jogo… em contrapartida, vemos Mara muito contente durante todo o episódio porque, supostamente, está de volta com Chris e tudo o mais. Mas ele não está, e o final do episódio foi SURPREENDENTE – e um tanto quanto angustiante. Aqui, “Chris” a espera em sua casa, e quando o telefone dela toca, é, também, o Chris a ligando. Assim, apenas um deles é verdadeiro. Aquele ali que está com ela na sua casa, que dormiu com ela na última noite… não é real.
Ele falha, ele vira o cunhado… e ele some.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!

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