11.22.63 1x02 – The Kill Floor


“Don’t worry. Things are about to get a whole lot better, Harry”
Após uma estréia absolutamente fantástica para 11.22.63, o segundo episódio da série deixou de lado toda a coisa do assassinato de John F. Kennedy, depois das frustrações iniciais de Jake Amberson em 1960 e as lutas empreendidas pela linha temporal para impedir que ele alterasse o passado… assim, Jake decide que a única coisa boa e útil que ele ainda pode fazer é salvar a vida de Harry Dunning, impedindo que na noite de Halloween de 1960 o seu pai mate sua mãe, seu irmão e deixe sua irmã em coma durante dois meses antes de morrer também. Assim, ele parte para Holden em uma missão incrivelmente nobre, mas tão altamente perigosa que nos deixou apreensivos do início ao fim do episódio. Com direção e fotografia fantásticas, a série nos entrega outro episódio de tirar o fôlego e nos manter presos, com um final surpreendente que nos faz correr dar play no próximo episódio – caso você tenha visto depois de o terceiro já ter sido lançado, obviamente. Mas eu não consigo afastar o meu receio imenso de que as lutas de Jake contra a Linha Temporal nesse episódio podem resultar em coisas ainda muito piores para Harry Dunning.
Espero que não. Apreensivo pelo próximo!
Inicialmente, nós tivemos uma nova caracterização do ano de 1960, e eu gostei da maneira competente como a série apresentou uma coisanas o lugar alterado, mas a própria temática, e teve uma nova narrativa pertinente e instigante que não foge realmente da trama da série, apenas embasa melhor o personagem de Jake Amberson – e isso é fantástico! Assim, conhecemos uma nova faceta de 1960, conhecemos Harry Dunning, o zelador da escola, como uma criança fofa torturada pelos outros meninos, mas que adora quadrinhos (aquela cena dos quadrinhos de super-heróis, bem anos 60, me fascinou, quase pulei aqui!) e é inteligente. Não apenas o zelador e aluno de Jake do qual ele tanto gosta, ele quer salvar aquela criança adorável que merece ser salva. Então ele fica por ali, investigando tudo, aproximando-se da família de maneira nada sutil. Ser sorrateiro teria o ajudado naquele momento. Mas ele pergunta a Bill, no bar, sobre Frank Dunning, e então ele é colocado na mira dele depressa demais, e a proximidade exagerada com aquele monstro o coloca em risco, e não é mais uma luta apenas contra a linha temporal.
Embora a linha temporal também esteja disposta a lutar.
O encaminhamento é fantástico – volto a exaltar as qualidades da série, tanto no quesito técnico quanto no roteiro, incrivelmente bem conduzido e as interpretações brilhantes. James Franco está ótimo no papel de Jake Amberson, com ênfase naquela cena em que ele lava o sangue das mãos, repetindo em estado de choque “Doris. Tugga. Ellen. They’re still alive. They’re still alive”, com os olhos vidrados, meio distantes… Frank Dunning me dava calafrios em cada momento em que ele aparecia, e eu sempre achava que ele estava prestes a fazer alguma coisa TERRÍVEL com o Jake – mas depois que o Jake aparece na casa de Doris Dunning para dizer que ela ganhou uma viagem (na tentativa desesperada de afastá-la do marido na noite de Halloween no qual ele cometia os crimes), eu sabia que aquilo não poderia dar certo. E ainda que desse, seria uma mera atitude provisória que poderia resultar em algo muito pior uma vez que eles retornassem à cidade. E então ele se vinga. Então ele bate na mulher, ele espanca Jake. E nós não sabemos mais o que está prestes a acontecer. Assim, Jake fica na porta da casa dos Dunnings, na noite de Halloween, esperando para poder agir.
Pausa: tinha um menino fantasiado do Coelho macabro de Donnie Darko, não tinha?
A linha temporal, a meu ver, começa a atacar nesse episódio através de Bill – porque ele é o grande empecilho apresentado para tentar impedir que Jake aja. No entanto, pareceu um empecilho rápido e não tão eficaz, para uma mudança gritante. E o episódio fez questão de voltar a uma conversa de Jake com Al sobre como a linha temporal revida porque o passado não quer ser mudado; e foi a linha temporal que deu câncer a Al, certo? De todo modo, Jake não se abala. “Happy fucking Halloween, Frank Dunning. I’m coming for ya”. Tudo para salvar Harry e mudar o futuro. E foi uma sequência ANGUSTIANTE quando, às 20:05, ele escuta os gritos e invade a casa, lutando contra Frank para salvar o resto da família Dunning. Cenas fortes e de violência extrema que nos chocam, nos inquietam, mas nos fazem aplaudir. Toda uma construção impressionante, mais uma. E ele consegue, ele mata Frank e precisa se convencer de que foi por uma boa causa, que foi a coisa certa a se fazer. Acredito mesmo que tenha sido. Mas eu temo a respeito do que a linha temporal vai fazer a respeito disso, que preço ela cobrará.
Agora nós temos um plot ao lado de Bill, embora o “I’m from the future” seja surreal.
Foi um cliffhanger perfeito Bill com o jornal do futuro, sobre a morte de Kennedy!
Sério, que AMOR por essa série <3

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