Power Rangers Beast Morphers – Artist Anonymous

A arte de Ravi!

Provavelmente o melhor episódio de Ravi Shaw até o momento! Tenho uma relação bem confusa com o personagem de Ravi: ele é certamente o mais lindo Ranger da temporada, o que é um ponto a seu favor, e ele é o personagem com mais história, já que tem toda a história do romance com Roxy (ainda mais ela sendo uma das “vilãs”, de certa maneira), da proibição do romance entre Rangers e a arte que ele não quer que a mãe descubra; mesmo sendo o personagem mais rico de “Beast Morphers”, durante a primeira temporada eu continuamente o critiquei pela atuação fraca de Jazz Baduwalia – e, se eu fiz isso tantas vezes, hoje venho aqui para elogiá-lo, porque eu acho que “Artist Anonymous” (exibido em 14 de março de 2020) é o episódio no qual ele se sai melhor em termos de atuação! Ele conseguiu colocar emoção no personagem e eu adorei vê-lo sorrir com sinceridade!

“Artist Anonymous” traz de volta um plot usado algumas vezes na primeira temporada de “Beast Morphers” – dessa vez com uma espécie de “conclusão”. Ravi Shaw é um artista: ele já tocou tuba, mas adora mesmo o desenho, e quando os seus colegas Rangers descobriram esse talento que ele fazia de tudo para esconder, ele pediu que eles guardassem esse segredo porque sua mãe, a Comandante Shaw, “acredita que arte é uma perda de tempo”. Isso não quer dizer, é claro, que o Ravi não continue se expressando através da arte, e ele acorda cedo, por exemplo, para pintar um mural na cidade – um mural bastante bonito, diga-se de passagem! Enquanto termina o mural e arruma as coisas para ir embora, a mãe passa fazendo exercício e quase descobre o dom secreto do filho, mas Ravi consegue inventar qualquer desculpa esfarrapada na qual ela acredita.

O mural, no entanto, SE TORNA UM FENÔMENO. A pintura de Ravi acaba na televisão, e Devon e Zoey ligam para ele para contar a novidade e parabenizá-lo, embora ele não tenha oficialmente contado que foi ele quem pintou o mural nem nada disso – mas eles conhecem o amigo. É tão bom ver a alegria tomando conta do Ravi com o reconhecimento, e é fofo vê-lo admitindo o que eles já sabiam: que tinha sido mesmo ele o artista. Nate e Steel ficam um pouco incomodados com o fato de Ravi ter mentido para eles sobre a mão suja de tinta, dizendo que era uma reforma na casa, mas é que Ravi está tão habituado a esconder isso de todo mundo que ele faz isso automaticamente. Talvez esteja chegando a hora, no entanto, de parar de mentir, porque Scrozzle e Evox (que está se passando pelo Prefeito Daniels!) descobrem o seu segredo e decidem expô-lo.

Naturalmente, os vilões fazem isso com um plano duvidoso e estranho, mas que funciona para expor o Ranger Azul – não para destruir a Grid Battleforce ou qualquer outra coisa, por outro lado. O Robotron da semana usa o disfarce de um pintor e é levado para pintar um mural na fachada da Grid Battleforce usando uma tinta roxa explosiva, e talvez os vilões tivessem até conseguido o que queriam se não tivessem mentido que “aquele era o mesmo artista do mural misterioso que ficou famoso no centro da cidade”, porque Ravi (e todos os outros Rangers, na verdade) sabe que isso não é verdade, e isso chama a atenção, não? De qualquer maneira, Ravi parece não pensar muito nas intenções por trás da atitude do “pintor misterioso, Pierre”, mas aproveita a oportunidade para dizer a verdade à mãe: que Pierre não é o pintor do mural… ele é.

Gostei bastante do episódio, porque isso tudo era algo que eu queria ver há muito tempo: o desenvolvimento de toda a trama de Ravi, a Comandante Shaw e a relação dos dois com a arte. O episódio consegue entregar boas sequências de ação com o Robotron pintor, embora a ideia toda da “tinta explosiva” não seja devidamente aproveitada, e o combate no chão fica particularmente intenso pela falta de arma dos Rangers, já que o sistema de teletransporte é danificado pelo monstro – então, a própria Comandante Shaw tem que vir trazendo pessoalmente as armas para eles, e acho que isso tudo é simbólico, para mostrar que “ela está ali para apoiar os Rangers” ou qualquer coisa assim. A luta gigante do episódio traz o Ultrazord mais uma vez (quando veremos os zords novos?) e mais uma luta sob a mesma redoma do episódio passado.

Será algo recorrente agora?

Por fim, “Artist Anonymous” precisa trabalhar a relação de mãe e filho dos Shaw – e faz isso muito bem. A Comandante Shaw fica muito chateada porque Ravi mentiu para ela durante muito tempo, e chocada por não saber que ele tem o dom para a arte, mas quando eles conversam no fim do episódio, ambos têm desculpas a pedir: ele por ter mentido, mas nunca por se dedicar à arte, porque adora isso; e ela por ter feito com que ele mentisse, o fazendo acreditar que ele não podia ser sincero com ela sobre quem ele era. É um crescimento importante para ambos e fico feliz de ver Shaw apoiando o Ravi, inclusive o levando até o mural no centro que começou isso tudo para que ele faça algo que todo artista precisa fazer: assinar a sua obra. Agora, acho que não veremos mais muito da trama do “Ravi artista” no restante da temporada.

Mas adorei a conclusão!

 

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