Além da Ilusão – O romance de Elisa e Davi

“Eu achei que o mundo fosse um só!”

O PODER DE UM AMOR JOVEM E PROIBIDO. Elisa e Davi se apaixonaram desde que se viram pela primeira vez, durante a festa de aniversário de Elisa, quando a banda teve um acidente, se atrasou, e ela precisou pensar em algo depressa que pudesse “entreter os convidados” na ausência da música… é assim que ela vai até Davi, o ilusionista que Dorinha conhecera na rua e que agora estava fazendo um bico como garçom, e pede que ele “salve a sua festa” – e ele promete fazê-lo. E o faz. Davi é um ilusionista incrível, mesmo que às vezes apresente alguns números inexplicáveis que me fizeram associá-lo ao Herculano Quintanilha, de “O Astro”, e eu o assisto quase om a mesma expressão de Elisa, que está cada vez mais apaixonada a cada segundo, enquanto Davi encanta a plateia, recebe vários aplausos e causa a ira de Matías, o pai nojento de Elisa.

Toda a sequência do show de Davi no aniversário é uma delícia de se acompanhar – um espetáculo lindíssimo com direito a muita química entre os protagonistas, apenas através de olhares e sorrisos… quando os músicos finalmente chegam, Matías, que não parava de falar sobre como “achava aquilo tudo uma bobagem”, corre para acabar com o show e tirar Davi do palco. Antes de ir embora, no entanto, Davi consegue uma dança com a aniversariante, onde eles trocam mais olhares apaixonados, o suficiente para que o amor deles floresça… Matías, no entanto, não tarda em separá-los e manda Elisa ir conversar com os convidados, enquanto manda o Davi ir embora da festa imediatamente. Matías é um personagem asqueroso, e é quase assustadora a maneira como ele mantém a sua voz baixa, mas consegue ser ameaçador e grosseiro.

Quando Elisa procura por Davi, Matías diz, como se estivesse coberto de razão, que o mandou embora porque “ele não pertence ao meio deles”, e Elisa pergunta com que direito ele fez isso, se Davi era seu convidado. Embora fique brava, Elisa precisa engolir a raiva e dançar uma valsa com o pai preconceituoso (!), e fingir que nada aconteceu, mas ela não consegue parar de pensar no mágico – destaque, também, para a Dorinha, toda inocente comentando, mais tarde, com a irmã: “Papai disse que ele não pertence ao nosso mundo… e eu achei que o mundo fosse um só”. Proibir, no entanto, parece tornar o amor ainda mais intenso e, naquela noite depois da festa de aniversário, Elisa e Davi não conseguem parar de pensar um no outro… Elisa tem a rosa que Davi lhe dera na festa, o símbolo do amor de ambos, em uma cena singela, delicada e romântica…

Um clima bom que, infelizmente, não vai durar.

No dia seguinte, Davi passa no hotel para buscar o pagamento pela sua apresentação na festa, mas tudo o que ele quer é entrar para conversar com Elisa, mas Augusta age como cúmplice da garota e manda o Davi “conferir o dinheiro”, porque sabe que, lá dentro, tem uma carta de Elisa para ele, marcando um encontro… o primeiro encontro oficial deles acontece em um parque, um cenário lindíssimo, ensolarado, colorido e perfeitamente romântico, em uma cena feita com todo o cuidado para ser bela e nos fazer suspirar! Amei os detalhes como a maneira como o Davi coloca uma fita no cabelo de Elisa, como seu presente de aniversário, e como, quando Elisa diz que “a fita é linda”, Davi se aproxima e diz, quase em seu ouvido, que “linda é ela”… foi criada toda a tensão que naturalmente leva ao primeiro beijo do casal, enquanto a Dorinha assiste a tudo, porque o pai mandou “ela ficar de olho na irmã”.

Eventualmente, Dorinha interrompe o encontro de Davi e Elisa para contar que o pai a mandou ficar de olho e que “o Davi é um perigo”, mas Elisa é firme e diz que, o pai gostando ou não, os dois estão apaixonados e vão namorar – e Dorinha não consegue evitar um sorriso nesse momento. É um romance jovem, proibido, rápido demais, mas intenso: no melhor estilo “Romeu e Julieta”, com direito ao drama juvenil, às emoções exageradas e o final dramático… quando Dorinha e Elisa voltam para o hotel e Matías pergunta onde elas estavam, Dorinha mente para proteger a irmã, o que me permitiu respirar aliviado… como eu poderia torcer pela Isadora na segunda fase se ela fosse uma traíra na infância? De qualquer maneira, ainda estou curioso pelas minhas impressões da nova fase da novela, mas prefiro não fazer muitas conjecturas por enquanto.

 

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