Our Skyy: Vice Versa – Episode 1: Faded Pink?

Surpresa.

É bacana reencontrar personagens um tempo depois do fim de suas séries… o projeto “Our Skyy”, que chega à sua segunda temporada, visa trazer de volta casais de BLs que fizeram sucesso, e chegou a hora de iniciarmos o arco de “Vice Versa”, o BL de universos paralelos protagonizado por Jimmy e Sea. O BL que chegou ao fim há alguns meses, em outubro de 2022, não é necessariamente um BL de muito destaque na minha lista de favoritos, e embora eu ainda tenha algumas críticas, eu aprendi a gostar dele a partir do momento em que abaixei minhas expectativas e apenas tentei curtir o que eles tinham a oferecer… e confesso que foi gostoso poder retornar à história de Puen e Talay, enquanto eles tentam consertar a relação e encontram uma surpresa.

Cinco anos se passaram desde o fim de “Vice Versa”. Puen e Talay estão de volta ao seu universo, morando juntos, mas trabalhando exaustivamente a ponto de quase não terem tempo um para o outro… triste, mas infelizmente muito real. Puen fica particularmente magoado, no entanto, e com razão, quando Talay negligencia o seu jantar de aniversário. Acho que o fato de o Talay saber e reconhecer que é o aniversário de Puen e, ainda assim, “se distrair” com o trabalho e ficar até tarde na sua tenda no quintal ao invés de estar com o namorado/marido torna tudo ainda pior do que se ele tivesse realmente se esquecido. Ou não, não sei. O fato é que Puen fica esperando que o Talay termine o trabalho para que eles possam comemorar juntos, e isso nunca acontece.

Quando Talay finalmente olha para o celular e se dá conta da hora avançada, ele corre para fora, e encontra um Puen adormecido sobre a mesa, esperando por ele há sabe-se lá quanto tempo… e ele sabe que terá que fazer algo para compensar. Achei maduro e bonito do roteiro fazer com que eles conversem a respeito do que aconteceu, e reconheçam o problema que estão enfrentando no relacionamento atualmente, e que não tem nada a ver com falta de amor nem nada disso: mas eles não estão tendo tempo um para o outro e, embora morem na mesma casa, eles mal se veem ou fazem coisas juntas na maioria dos dias… e, eventualmente, isso vai desgastar a relação se eles não encontrarem uma maneira de reacender a chama do amor deles urgentemente.

E Talay tem uma ideia…

Acho tudo um pouco fantasioso? Talvez. É difícil mesmo, na correria do dia-a-dia, encontrar tempo para preparar e fazer tudo o que eles fazem durante o mês especial deles. Ainda assim, é uma atitude lindíssima, porque mostra o quanto eles se amam, o quanto eles se importam um com o outro, e o quanto eles estão dispostos a se dedicar para que o relacionamento deles continue sendo especial como deveria ser… e acho que a mensagem do episódio tem a ver com a ideia de que é nas pequenas atitudes e nos pequenos gestos que se mostra carinho, atenção e amor. Talay surpreende Puen com um calendário repleto de “dias especiais”, que eles vão celebrar de diferentes maneiras, e Puen embarca nessa jornada louca e romântica com o amor da sua vida.

Ganhamos, assim, uma sequência de cenas fofíssimas entre Puen e Talay. Às vezes eu sinto, no entanto, que eles não agem exatamente como um casal que está junto há cinco anos, mas eu preciso suspender a descrença se quiser curtir o episódio, e foi o que eu fiz. Curti, então, os pequenos gestos entre Puen e Talay, que envolvem abraços, beijos, sair para passear, passar um dia todo de mãos dadas (inclusive, divertido e inusitado!), alimentar o outro… é um monte de coisas que, para dar certo, eles terão que incorporar na vida cotidiana deles, sem precisar de um calendário que lhes diga quando fazer cada coisa, e esse é o primeiro passo deles. O último dos 30 dias especiais é “o Dia da Surpresa” – que termina com uma surpresa que não foi planejada por nenhum dos dois.

Embaixo de chuva, apertando a campainha da casa deles, eles encontram um menino de mais ou menos cinco anos, chamado Jigsaw, que inusitadamente os chama de “Papa”. E eles não têm muita escolha a não ser deixar que o menino entre e passe a noite na casa deles… afinal de contas, está caindo uma chuva pesada, eles vão deixar o menino na rua?! Agora, eles precisam entender quem é o menino, de onde ele veio e o que eles vão fazer! E não parece que o menino vai embora tão cedo, porque eles vão até a delegacia no dia seguinte para ver se há algum caso de criança desaparecida, mas não existe nenhum, e não parece haver telefone dos pais de Jigsaw na bolsa para eles ligarem… eles registram o caso na polícia, mas, enquanto isso, terão que cuidar do garoto.

E, assim, Talay e Puen inesperadamente GANHAM UM FILHO. E eu não sabia que isso podia ser tão absolutamente fofo – embora seja desconcertante para eles. Mais desconcertante ainda quando eles percebem o que pode significar o fato de Jigsaw chamá-los de pai – e essa é uma parte de que gostei muito no roteiro do episódio, porque traz de volta a trama de “Vice Versa”, além do casal principal: se Jigsaw tem aproximadamente 5 anos, e se ele for fruto de algum relacionamento no qual Pakorn ou Tess se envolveram enquanto estiveram nesse universo, nos seus corpos? Quer dizer, ISSO FARIA TODO O SENTIDO. É desesperador (e Talay tem que lidar com essa possibilidade), mas eles não conseguem ter certeza… e Puen parece bastante convencido de que não é o caso.

Mas pode ser… não pode?

Não sabemos exatamente que rumo essa trama surpreendente vai tomar… e eu acho que teremos algo bem místico, porque se trata de “Vice Versa”, afinal de contas. Talvez Jigsaw (que significa “quebra-cabeça”, por sinal, o que é um nome interessante e curioso para o personagem e o que ele significa) não seja realmente filho de nenhum dos dois, mas seja um instrumento mandado pelo universo para que eles possam reencontrar o amor deles e passar mais tempo juntos ou qualquer coisa assim… talvez Jigsaw, inclusive, tenha uma missão a cumprir e, mais cedo ou mais tarde, vá embora, quando o tiver feito. De um modo ou de outro, agora Puen e Talay precisam encarar a realidade de que, com ou sem planejamento e por tempo indeterminado, eles se tornaram pais.

Pode ser uma fofura, sabe? Puen e Talay já estão juntos há cinco anos e acabaram de se “reconectar” da maneira mais fofa possível, acho que eu adoraria acompanhá-los vivendo “uma aventura familiar” ou algo do tipo. É bonitinha a cena em que Jigsaw interrompe a conversa e as preocupações de “seus pais” para mostrar um desenho que ele fez, por exemplo, dos três juntos, ou quando os três estão sentados do lado de fora para uma refeição e Talay estão dando comida de aviãozinho para o Jigsaw, e o Jigsaw só quer comer se o “Papa Puen” também estiver comendo… é estranho pensar que só teremos mais um episódio com os personagens de “Vice Versa”, mas eu também gosto de tramas limitadas a poucos episódios, porque é um arco fechado, objetivo e comumente significativo.

Vamos ver como essa história termina!

 

Para review dos episódios de “Vice Versa”, clique aqui.

Para outros episódios de “Our Skyy”, clique aqui.

 

Comentários

  1. Sabe, eu ficava imaginando que nesse especial, algum dos dois iria acabar viajando para outro universo e confesso que até fiquei meio apreensivo quanto a isso. Mas fiquei contente por está enganado. Essa parte do calendário, achei bonitinha, mas bem fantasia mesmo hein. Infelizmente, rsrs. Agora o que realmente me deixou com um sorriso no rosto foi a chegada desse filho. Sabe por quê? Na terça eu finalizei um anime que conquistou meu coração, sobre dois caras e uma criança e como há apenas uma temporada eu fiquei triste quando acabou. E ver o Puen e o Talay se completando como uma família foi muito lindo. Espero que eles fiquem com a criança.. ;)

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    1. Eles "combinaram" com filho, parece, né? hahaha Eu achei bonitinho também!

      Me fala qual anime é esse aí que você viu :)

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    2. Sim, eles combinaram. Vou ver o próximo agora, mas já posso dizer que até o momento esse foi o arco mais fofo e bonito.

      Ah eu não disse o nome do anime né?! 😅 É Buddy Daddies.

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    3. Acabei de ver o segundo episódio e escrever agora :)

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    4. Sobre Buddy Daddies: eles são abertamente um casal LGBTQIA+ ou são apenas personagens que por algum motivo acabaram cuidando de uma criança? (Me interessei)

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    5. Não, eles não são um casal. A história é bem clichê, são assassinos de aluguel que acabam com uma criança no colo após um serviço. Daí figem ser um casal apenas para colocá-la na creche.

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