Club 57 – Dimensão Inventada

“Mercedes… creo que estamos en otra dimensión”

Confesso que a segunda temporada de “Club 57” me pegou de surpresa, e eu estou gostando bastante da história que estão contando! Quando começamos a temporada, eu não esperava, por exemplo, que 1987 fosse um lugar falso e cheio de clones, criado pelos Guardiões do Caos, do qual os personagens eventualmente precisariam fugir – de volta a 1957 ou de volta a 2019. E, mesmo com toda a questão de “1987 ser uma dimensão inventada”, ainda assim “Club 57” consegue fazer sua homenagem aos anos 1980, com cenários e figurinos que nos remetem à época, clipes de músicas exatamente como víamos na MTV do fim do século passado e em composições novas que nos remetem a essa época, como é o caso de “Te Digo Adiós”, a música de Mercedes. A Nickelodeon é muito cuidadosa com as suas séries e é uma delícia de acompanhá-las!

Eva notou, graças a uma série de detalhes, que as coisas estão muito estranhas em 1987 – a comida é sempre a mesma, algumas portas simplesmente não se abrem, e as pessoas parecem “se repetir” em todo lugar que ela vai… isso só pode querer dizer que eles estão em uma dimensão inventada ou qualquer coisa assim. As coisas ficam ainda mais estranhas, se é que dá para ficar “mais estranho”, quando um vento louco toma conta da pista de patinação, quase sugando todo mundo rumo a sabe-se lá o quê, e Mercedes corre para chamar o Rubén e pedir a sua ajuda para salvar Eva, JJ e Oso, que estão quase sendo sugados por uma espécie de ciclone… depois de salvos, Eva começa a investigar o que aconteceu, em busca de respostas, e é Mercedes quem a ajuda a entender que eles estavam patinando em uma direção, mas, quando o ciclone veio, estava em outra…

Pensando nisso, Eva se dá conta de que também existe outra coisa que parece estar girando “no sentido contrário”: o próprio Planeta Terra! No futuro de onde veio, a luz do sol entra pela janela da sala de manhã, mas, naquela realidade, o sol entra por aquela mesma janela à tarde e, para ela, essa é a prova científica de que eles estão em um mundo inventado. Curiosa e incentivada pelas recentes descobertas, Eva começa a fazer uma série de testes, para saber quão real é esse mundo em nível celular, e ela planeja começar estudando os animais daquele lugar – e é então que as estranhezas começam a ficar cada vez mais evidente! Desde que chegaram a 1987, eles não viram nenhum animal, por exemplo… nem cachorro, nem gato, nem pássaros. Talvez tenha sido um detalhe que as pessoas por trás desse mundo inventado esqueceram de adicionar. Bem como a grama que não tem células.

Eva também investiga um pouco do Manuel de1987 e descobre que ele não é exatamente o Manuel que ela conhece – que ele e o Manuel de 1957 ou o Manuel de 2019 não são a mesma pessoa: esse Manuel de1987, como, provavelmente, todas as demais pessoas que vivem ali, é um clone do verdadeiro Manuel, com algumas alterações. Confesso que, mesmo não sendo o verdadeiro Manuel, eu fiquei triste ao vê-lo se sentindo mal, dizendo que “é apenas uma cópia fracassada do Manuel de verdade”, e essa é uma tendência para todos que descobrirem que, no fim das contas, não são quem pensam ser. Eventualmente, no entanto, eu adoro como a Eva envolve Manuel87 nas suas pesquisas e descobertas, e ele acaba a agradecendo por ajudá-lo a se lembrar de que é um cientista… gosto muito da relação de Eva com o Manuel, em qualquer tempo!

Falando em Manuel, o JJ original, de 1957, procura Manuel e o encontra com o transmissor de anos: o equipamento que Rubén usara para viajar no tempo! É bacana acompanhar essa inusitada parceria de JJ e Manuel – o Manuel de 1957 pode não se lembrar muito sobre os seus netos do futuro ou a viagem no tempo, mas ele acredita em JJ quando ele começa a lhe contar as coisas, e tudo isso é um avanço científica interessantíssimo que ele não pode ignorar… e talvez seja a oportunidade de Manuel57 viajar no tempo de verdade pela primeira vez – até agora, ele só fez saltos muito breves, e eu adoraria vê-lo viajando para outra época e ficando um tempo por lá… será para 1987? Vero consegue roubar o transmissor de anos de Manuel, mas JJ, quando percebe que foi enganado por ela, dá um jeito de consegui-lo de volta e levá-lo para o Manuel – e ensiná-lo como funciona!

Ansioso para ver aonde essa parte da trama vai chegar!

A chegada de Sofía ao 1987 Falso traz alguma esperança de que eles possam voltar cada um para o seu tempo, e Mercedes acaba saindo para falar com Oso – porque ela decidiu que ela não quer ir embora. As coisas começam a mudar de figura, no entanto, quando Oso diz a verdade sobre o diário e mostra para ela a cópia que tirou do seu diário de 2019. Mercedes fica mal e eu fico um pouco triste por ela, mas parte de mim também fica feliz: ela precisava daquilo para se dar conta de que está farta das cópias, das mentiras e de tudo em 1987 – ela precisa querer voltar para 1957, onde pertence! Oso, no entanto, decide ameaçar mostrar a Eva que Mercedes roubou o próprio diário do futuro, e promete não fazê-lo se, em troca, Mercedes levá-lo com ela na viagem no tempo… afinal de contas, ele sempre quis conhecer os Beatles! Agora, como se livrar de Oso?

E de JJ… porque ele diz a mesma coisa a Eva: diz que não quer ficar em um mundo de cópias, agora que sabe que é isso o que aquele mundo é.

 

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