O Diário de Daniela – A morte de Leonor



Um cruel assassinato…
“O Diário de Daniela” nunca foi uma novela leve. As coisas ficam bastante sérias já na segunda semana da novela, quando as crianças precisam enfrentar a dor da MORTE, e eu acho que é uma novela pesada e inovadora para o público – em primeiro lugar por se tratar de um ASSASSINATO, e não uma morte natural ou um acidente, como normalmente acontece nas produções infantis. Sim, a vilã da novela assassinou a mãe de Daniela, e nada é tratado levianamente depois disso. A dor sentida é bastante REAL, e explorada de diversos ângulos: o marido que perde a esposa, os filhos que perdem a mãe, cada um reagindo de uma maneira completamente diferente, e os amigos que não sabem bem como consolar a amiga que está sofrendo. E isso toma alguns capítulos da novela, não diminuindo o sofrimento e realmente convidando as crianças a PENSAREM sobre o assunto.
Admiro muito isso em “O Diário de Daniela”.
Tudo começa lá no Aniversário de Casamento dos Monroy, quando Enrique cai em uma “armadilha” de Helena e acaba faltando ao aniversário com a esposa, deixando passar o “presente” que Daniela tinha preparado para eles com a ajuda dos amigos: UMA APRESENTAÇÃO MUSICAL com uma música que ela mesma tinha composto! As cenas são emocionantes e tristes, com direito a Daniela e Leonor chorando pela ausência do pai. Depois disso, Daniela quer fazer algo para consertar a situação. Ele não quer magoar o pai, mas também quer que ele saiba que a mãe SOFREU sim por causa de sua ausência, então ela começa a se perguntar como pode lhe dizer que ele tem que passar mais tempo com a mãe. Quem resolve o dilema são os amigos, que fazem tudo com as melhores das intenções: existe uma fita do aniversário, em que Leonor e Daniela choram abraçadas…
Eles deixam isso em um envelope no escritório de Enrique.
A cena já é triste, mas ao menos isso o faz notar seus erros, e fazer o possível para remediá-los. Assim, ele decide colocar o trabalho em segundo plano, talvez pela primeira vez, e decide viajar com a esposa para a PRAIA, em uma espécie de “segunda lua de mel”. É claro que a Helena pensa em FAZER O POSSÍVEL para arruinar essa viagem… enquanto isso, vemos uma cena de Natalia com Eleonor na casa dos Monroy, e é um momento especial e bonito – já em tom de despedida, Eleonor agradece Natalia por tudo o que faz à sua família e pede que ela prometa sempre estar por perto… ainda nesse sinistro tom de despedida, Leonor deixa uma carta lindíssima para Daniela antes de viajar – diz que muito da felicidade daquela casa depende dela, ainda que ela seja tão pequenina, e diz que a ama muito, e que se pudesse ter escolhido como ela seria, teria escolhido exatamente como ela é.
É fofo agora.
Triste, muito triste, depois.
As cenas já emocionam, quando Daniela vai correndo abraçar a mãe depois de ler a carta e dizer que “não é tão boa quanto ela pensa”, e ainda se sente na obrigação de contar que não foi ela quem mostrou o vídeo ao pai, e então Leonor a faz notar como, sim, é tudo por causa dela – pergunta o porquê de os amigos o terem feito, e o fizeram porque ELA estava preocupada com o relacionamento dos pais. É o seu lindo coração e o fato de ela se preocupar tanto com todo mundo que a torna especial. Então, despedidas à parte, os pais saem de viagem a Cozumel, uma ilha lindíssima no México, onde compartilham poucos, mas LINDÍSSIMOS momentos. Onde podem estar juntos, onde podem se divertir, mas Helena também está lá, contratando Joel para matar Leonor, e ainda diz que, se possível, “gostaria de estar lá no momento”. Tudo, se você realmente para e pensa sobre isso, é bastante forte.
O assassinato acontece durante o MERGULHO, e é violento. Quando Enrique e Leonor mergulham e acabam se separando, Joel ataca Leonor e tira o seu oxigênio – enquanto isso, e eu acho que é esse perturbado jogo de cenas que torna tudo mais triste, Daniela mobiliza os amigos para prepararem uma festa de boas-vindas aos pais. Vê-la sonhar com isso enquanto Leonor morre embaixo da água faz meu coração se partir em mil pedaços… quando o corpo de Leonor é trazido novamente à superfície, os gritos de Enrique são ANGUSTIANTES, pedindo que ela respire, tentando fazer de tudo para que ela sobreviva, mas então já é tarde demais. A interpretação de Marcelo Buquet é pungente, e as suas lágrimas e os seus gritos estão impregnados de todo o SOFRIMENTO possível, e tudo se torna ainda mais doentio quando Joel, o assassino, consegue um emprego no teatro de Enrique Monroy…
Para se vingar de Helena, que não lhe pagou o que devia.
Agora, Enrique ainda precisa lidar com a DOR de contar para os filhos o que aconteceu…
L

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Comentários

  1. Nossa acho que vou dar uma olhada nessa novela... SEU BLOG É INCRÍVEL! Eu cheguei aqui lendo uma análise da Maria e de sua mãe em Chiquititas e agora estou lendo todos os seus posts! Você é ótimo! Você aceita sugestões? Você poderia fazer um post sobre a nova novela do Sbt As Aventuras De Poliana? Eu não dei nada pra ela no início mas estou impressionada! Eu gostaria muito de ver uma análise das situações (um pouco pesadas) apresentadas na novela.

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  2. Muito, muito obrigado pelo comentário! <3 FICO MUITO FELIZ *-*
    Sobre As Aventuras de Poliana... então, eu comentei a novela nos primeiros 100 capítulos, e desde então eu tenho visto raramente. Sei que ela continua boa e surpreendendo, minha mãe assiste regularmente, mas eu resolvi não me comprometer com a novela porque o SBT faz novelas quase sem previsão de término, e essa facilmente vai passar dos 500 capítulos, quiçá até dos 700... nesse tempo, então, estou assistindo outras novelas que adiei por bastante tempo para rever, como "O Diário de Daniela" e, agora, "Amigas e Rivais". Sinto muito, e você não é a primeira pessoa que gostaria de ler mais sobre "Poliana", mas por enquanto eu não estou podendo acompanhar... qualquer novidade, eu te aviso :P

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