Chilling Adventures of Sabrina 1x03 – Chapter Three: The Trial of Sabrina Spellman



“My name is Sabrina Spellman and I need a lawyer… to fight the Devil”
DEFINITIVAMENTE, O EPISÓDIO QUE ME CONQUISTOU DE VEZ! Os dois primeiros episódios de “Chilling Adventures of Sabrina” são bons, com o segundo mais macabro que o primeiro, mas foi esse terceiro episódio que realmente me conquistou – eu AMEI o julgamento de Sabrina Spellman do início ao fim, assim como amei a solução encontrada ao final de toda essa confusão. Foi um julgamento cheio de reviravoltas, um advogado mortal bastante competente, e uma conexão entre a vida bruxa de Sabrina com a vida mortal dela, quando conhecemos um pouco mais sobre Harvey e sobre Roz, tendo em vista que Susie já tinha sido devidamente introduzida nos episódios anteriores. Ah, sem contar as deliciosas cenas de Ambrose com o Luke, não? Mas Netflix, vamos focar mais nessa pegação gay aí que sabemos que vocês sabem fazer isso!
Pronto, falei.
Sabrina está sendo acusada de não cumprir uma promessa e, por isso, está sendo intimada para um julgamento na frente de todo o seu coven, o que Zelda considera uma humilhação sem tamanho – Sabrina já deixou muito claro que não quer ser batizada, não quer assinar seu nome no Livro da Besta, frequentar a Academia de Artes Ocultas ou ser julgada, mas sua família toda está sendo julgada também, e Hilda e Zelda foram privadas momentaneamente de seus poderes, o que significa que elas vão envelhecer até possivelmente apodrecer se um veredito não for alcançado – ah, e no Tribunal das Trevas, você é “culpado até que se prove inocente”. Quem ajuda Sabrina, mais uma vez, é Ambrose, falando sobre um advogado mortal que, supostamente, já venceu o Diabo uma vez e, coincidentemente, mora ali em Greendale mesmo.
Então, Sabrina vai em busca de Daniel Webster, e eu adorei essa parte da trama – Daniel, no entanto, diz que “não vai ajudar”. Assim, o julgamento começa com Sabrina sem nenhum tipo de amparo, e toda a sequência é brilhante… adorei o Trio Infernal (num estilo meio “Cidade dos Ossos”, achei) e, aparentemente, o veredito já está decidido: Sabrina será declarada culpada e não só terá que abandonar a vida mortal imediatamente, mas será, no momento de sua morte, condenada a queimar por 333 anos no Abismo, como é o desejo do Senhor das Trevas… e todos aplaudem essa decisão. E teria acabado assim, se Daniel Webster não tivesse entrado no recinto, f*da, dizendo que sua cliente se declara inocente – CHEGOU ATÉ A ARREPIAR! Mais ainda com a reação de Zelda e a cabeça erguida de Sabrina: “He’s my lawyer, aunt Zelda”. ENTÃO, O JULGAMENTO COMEÇA DE VERDADE.
Blackwood, bem como toda a Igreja da Noite, aparentemente, é nojento. Quando ele faz o seu papel de promotor e acusa Sabrina de ter “quebrado uma promessa”, seu discurso se aproxima demais ao daquele que condena as vítimas de estupro como se elas tivessem a culpa – é um discurso machista e sem fundamento, que Daniel tenta rebater dizendo que não existe prova alguma, ou documento algum (“No contract. No promise. No case”) que condene Sabrina. As coisas se complicam, então, quando Blackwood mostra o nome de Sabrina assinado no Livro da Besta, em uma data 3 DIAS APÓS O SEU NASCIMENTO. Então Zelda é chamada para depor: entendemos que Edward, o pai de Sabrina, assinou o seu nome no Livro como uma promessa dele ao Senhor das Trevas, em troca da autorização para se casar com uma mortal, e a sensação de Sabrina é DE QUE ELA FOI TRAÍDA.
E é bastante angustiante.
Outras tramas interessantes compõem o restante do episódio, como é o caso de HARVEY. Ross Lynch está interpretando um Harvey adorável e fofo, e conhecemos um pouco de seu passado nesse episódio – o vemos desenhar incrivelmente bem, e o vemos conversar com Tom (AQUELE IRMÃOZÃO MARAVILHOSO DELE!) sobre um emprego na loja de quadrinhos nos fins de semana, mas o pai não quer deixar que ele vá, obrigando-o a ir trabalhar nas minas – mas Harvey não quer ir trabalhar nas minas, e ele tem um motivo para isso. Enquanto Sabrina e Harvey caminham no bosque, ambos tristonhos, por motivos diferentes, ele se abre com Sabrina, e fala sobre a sua história nas minas: quando era criança, ele ficou perdido nas minas por horas e, lá embaixo, ELE VIU O DARK LORD. Naturalmente, ele não o chama assim, mas foi o que viu, e Sabrina sabe disso…
Agora, Harvey está apavorado com medo de voltar a encontrar o “bode” que viu lá embaixo. A sequência é um tanto quanto assustadora, e naturalmente traumatizariam uma criança sozinha e pequena como o Harvey – quem o salvou das minas na ocasião foi Tom, seu irmão, e agora ele vai fazer isso novamente. Harvey tenta obedecer ao pai e descer às minas, mas ele não consegue: o trauma é muito grande, e o pavor de voltar a encontrar o Senhor das Trevas o atormenta. Tom manda Harvey de volta para casa e, quando o pai fica furioso ao saber o que aconteceu (o pai dele é UM BABACA!), Tom o defende lindamente, dizendo que vai chamar mais homens para trabalhar e, se for o caso, ele mesmo assumirá os turnos de Harvey, mas ele não vai permitir que Harvey volte para as minas. Porque ele sabe o que isso representa para o irmão.
SÉRIO, QUE HOMEM ESSE TOM! <3
Falando em “QUE HOMEM”, Ambrose é um destaque importante do episódio e eu ESTOU APAIXONADO. No velório de Connor, conhecemos Luke, um ex-namorado bonitinho do rapaz, que faz questão de deixar clara sua sexualidade quando Ambrose se aproxima, e eu não pude deixar de me empolgar com as cenas – adorei as conversas, adorei a maneira provocante como Ambrose falou com ele, como falou da iguana de Connor, que “estava no seu quarto, se ele quisesse ver”, e Luke diz que “talvez mais tarde”. Infelizmente, é IMPOSSÍVEL confiar em Luke, mas eu estou feliz pelo fato de ele e Ambrose terem dado uns pegas gostosos um no outro antes que isso venha à tona. Mas Luke também é um feiticeiro, e está evidente que ele foi ao quarto de Ambrose em busca da iguana de Connor, que “misteriosamente” apareceu morta na manhã seguinte… Ambrose nem desconfia, porque aparentemente os familiares não conseguem viver sem seus mestres.
Quase como um dimon.
Mas a conexão não é tão intensa.
Por fim, também temos as amigas de Sabrina em uma nova luta que elas empreendem nesse episódio, quando Roz se revolta contra a proibição de um livro – então, ela recorre ao inútil do Diretor Hawthorne, além de investigar e descobrir que outros livros foram banidos da escola há alguns anos – então, ela organiza UM MOVIMENTO, entrega panfletos, revela a todos que a escola os está privando de ler grandes obras da literatura. Mais tarde, em uma cena bem emotiva, Roz revela às amigas que sua miopia degenerativa vai tomar sua visão por completo dentro de 3 meses, e por isso ela quer ler tudo o que puder antes que isso aconteça – e é claro que Madam Satan, no corpo da Sra. Wardwell, escuta isso e faz de tudo para se aproximar ainda mais de Sabrina, mas eu temo que as suas amigas estejam CORRENDO PERIGO com essa mulher ao lado.
Aquele final me deu calafrios!
Mas antes disso, falemos sobre o fim do julgamento de Sabrina – Madam Satan tenta fazer com que Sabrina desista de ser defendida por Daniel Webster ajudando-a a encontrar uma série de matérias de jornais sobre casos que Webster ganhou no passado: ele defendeu assassinos e outros tipos de monstros, “Defender of the Damned”, e Sabrina o confronta sobre isso, porque é um pouco assustador pensar que alguém como Daniel Webster a está defendendo… então, ela chega impetuosa em sua casa e diz que ELE ESTÁ DESPEDIDO, mas tudo muda quando Sabrina escuta a história dele… basicamente, ele fez um acordo com o Diabo no passado, quando era jovem, ambicioso e tolo, para se tornar um advogado reconhecido – e isso aconteceu, de um modo, mas sempre existe um “truque” quando se está fazendo um pacto demoníaco. Então, ele só recebeu esse tipo de caso, venceu todos eles, e o cara que liberou uma vez, matou sua filha logo em seguida.
É apavorante, mas são as artimanhas do Senhor das Trevas.
Sempre tem uma “pegadinha”.
Por isso, ele agora quer defender Sabrina – “But I think that I might be able to save you”, e ele realmente não parece uma má pessoa… ou no mínimo está arrependido dos erros que cometeu no passado. Por isso, Sabrina aceita a sua ajuda, e eu adoro a próxima jogada dele no Tribunal: ele usa a carta de Sabrina ser meio bruxa e meio mortal, e então exige um júri mortal, rejeitando a autoridade daquele tribunal sobre sua cliente. Infelizmente, assim como o Senhor das Trevas, Faustus Blackwood tem suas artimanhas e oferece apenas duas alternativas, com base nas “leis humanas sobre bruxaria”: que Sabrina seja julgada pela água ou por uma marca de bruxa. Antes que ela faça sua escolha, no entanto, o Senhor das Trevas oferece um acordo, no qual ele anula a sua punição no Abismo por 333 anos, permite visitas anuais aos seus amigos mortais (!), mas ela precisa abandonar a escola agora, assinar o nome e ir para a Academia das Artes Ocultas.
Como Daniel diz, eles não podem aceitar. SEMPRE TEM UM TRUQUE.
Então, Sabrina pede a ajuda de Harvey, que é a pessoa em quem ela mais confia no momento, E ELES COMPARTILHAM O MOMENTO MAIS LINDO DO EPISÓDIO NO BOSQUE! Ela pede que ele a ajude a identificar uma “marca de nascença” em seu corpo (“I can do crazy and important”), e Harvey aceita, absolutamente fofo, delicado e respeitoso – ela confia nele totalmente, ele está nervoso quando ela começa a se despir em sua frente, mas faz o mesmo, porque “o que é justo é justo”, e se ela vai estar vulnerável assim em frente a ele, ele quer estar do mesmo modo – então, cuidadosa e carinhosamente, com uma trilha sonora lindíssima, Harvey se aproxima de Sabrina. ADOREI a delicadeza da cena, da mão dele sobre o corpo dela, o arrepio que toma conta do corpo de Sabrina… é uma cena absolutamente linda e tocante, no meio de tanta confusão.
Cada vez mais apaixonado por Harvey!
E pelo seu irmão, não posso me esquecer disso.
Assim, Sabrina anuncia que vai se submeter ao teste da marca, mas antes que ela faça isso no Tribunal, Hilda interrompe o julgamento, trazendo novas evidências. E ELA ARRASA NAQUELE MOMENTO! Assim como Edward entregou a alma de Sabrina ao Senhor das Trevas, sob a testemunha de Zelda, três dias após o nascimento, Diana, a mãe de Sabrina, a batizou na Igreja Católica, sob a testemunha de Hilda, DOIS dias após o nascimento – isso, segundo Webster, anula a assinatura de Edward no Livro da Besta. CARA, ELE É UM ÓTIMO ADVOGADO, PRECISAMOS RECONHECER! Então, um alçapão para o “Inferno” se abre, e um novo acordo se anuncia: Sabrina pode manter sua vida mortal, desde que também frequente a Academia e a missa negra semanalmente e, por ora, é um acordo muito bom. “Think of it as dual citizenship”. Então, Sabrina aceita.
E agradece a Daniel, que lhe dá uns últimos conselhos… que ela aproveite isso para APRENDER sobre seu inimigo.
“No one has beaten the Devil, but you just might”

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